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atualizado: 07 de setembro de 2008
[Programação do GT
Hegel na página 52]
[Programação da
temática Hegel página 32]
Textos inscritos para as
mesas-redondas especiais da próxima reunião do GT -Hegel
no XIII Encontro
Nacional de Filosofia da ANPOF em 2008
Resultados da votação nos textos inscritos – Clique
nos nomes para obter informações sobre o texto e a composição da mesa redonda
E-mail: leonarva@terra.com.br |
TÍTULO DO TRABALHO [*]:Synanaireĩsthai e Aufheben. Alguns aspectos da
dialética platônica e hegeliana |
TÍTULO DO LIVRO OU REVISTA ONDE O TRABALHO FOI PUBLICADO:Eidam, H., Hermenau, F. Und Souza, D. (Org.). Metafísica e
hermenêutica. Festschrift em homenagem a Hans-Georg Flickinger. |
DATA, (EDITORA ou No. REVISTA) E LOCAL DA
PUBLICAÇÃO: Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006. [versão alemã: Kassel: Kassel University Press, 2004.
ISBN 3-89958-102-4] |
PÁGINAS OU LINK DO TRABALHO PUBLICADO: p. 167-187
[versão alemã: p. 15-34]; Texto integral para baixar |
RESUMO DO TRABALHO PUBLICADO (em no mínimo de 300
e em no máximo 500 palavras): Tendo em vista
sua compreensão, a concepção hegeliana da
dialética pode ser colocada no contexto de toda a história da própria
dialética, dentro da qual sua interpretação particular deste objeto,
justamente em virtude do confronto com interpretações alternativas, adquire
contornos definidos. Também interessante e fecundo é o acompanhamento da
discussão de Hegel com a dialética clássica. Uma outra variante consiste em
empreender uma investigação da Lógica hegeliana,
a fim de levar a cabo, a partir de dentro, i.e. partindo do próprio movimento
da idéia, um confronto semelhante ao que acima foi citado, o qual
anteriormente, no entanto, foi produzido a partir de fora do movimento da
idéia. Todos estas
alternativas são válidas e têm seus méritos e deméritos. Pretendo, no
entanto, tomar um outro caminho, porque tenho, em parte, um outro propósito.
Em primeiro lugar, não quero ocupar-me com uma discussão sobre a totalidade
da Lógica hegeliana. Diferentemente,
concentro-me antes na avaliação hegeliana da
dialética platônica. Em segundo lugar, lido, dentro da complexa temática das
dialéticas platônica e hegeliana, com os
significados de synanaireĩsthai e Aufheben.
Em terceiro lugar, não quero repetir uma simples reprodução da crítica de
Hegel à dialética platônica. Faço uso, portanto, dos resultados disponíveis
do novo paradigma de pesquisa sobre a filosofia de Platão - o qual leva em
conta seu ensinamento oral e afirma a não-autonomia dos escritos, mas já
rejeitada por Hegel - a fim de também avaliar a interpretação hegeliana da dialética platônica. Esta
interpretação não deixa, portanto, de ser uma reflexão de Hegel sobre alguns
aspectos de sua própria idéia de dialética. Em razão disso,
procuro, primeiramente, lançando mão de textos de Platão e Sexto Empírico,
esclarecer o sentido de synanaireĩsthai
(ser-cosuprassumido). Neste contexto,
levando em conta as observações de Gaiser, o
texto de Aristóteles De anima
servirá de mediação entre Platão e Sexto empírico, pois ele relaciona as
dimensões do espaço e as faculdades de conhecimento, propiciando, com isso,
entender a articulação entre mundo sensível e mundo supra-sensível ao longo
de todos os níveis que perpassam e constituem estes mundos. Em segundo
lugar, passo, então, ao comentário de Hegel sobre a dialética platônica em
suas Preleções sobre a história da
filosofia. Pretendo mostrar (a) incapacidade de Hegel para ter uma visão
sistemática do pensamento de Platão em razão de não ter tido acesso ao
material de seu ensinamento oral e descartado a não-autonomia dos escritos de
Platão e (b) as diferenças entre as dialéticas
platônica e hegeliana, principalmente
a tese de que a interpretação hegeliana da
dialética platônica expressa antes um desenvolvimento do pensamento de Platão
já ocorrido dentro da Academia do que o pensamento do próprio Platão. Por aprofundar
em posteriores trabalhos (ou em um eventual debate no próximo encontro da
ANPOF, caso este trabalho seja escolhido para integrar uma das mesas-redondas
especiais), restam, além de outros aspectos das dialéticas
platônica e hegeliana não
contemplados neste estudo, as conseqüências das diferenças de suas
interpretações da dialética nos âmbitos da filosofia do espírito e filosofia
da natureza. início |
E-mail: mmdsilva@yahoo.com.br |
TÍTULO DO TRABALHO [*]:A natureza especulativa da Objetividade no
Idealismo absoluto da Subjetividade e o formalismo do Idealismo objetivo da
Intersubjetividade |
TÍTULO DO LIVRO OU REVISTA ONDE O TRABALHO FOI
PUBLICADO: In: Revista Eletrônica
Estudos Hegelianos. |
DATA, (EDITORA ou No. REVISTA) E LOCAL DA
PUBLICAÇÃO: Recife, PE, Brasil. Ano 1º - N.º 01 - Dezembro de 2004, ISSN 1980-8372. |
PÁGINAS OU LINK DO TRABALHO PUBLICADO: Texto integral para baixar |
RESUMO DO TRABALHO PUBLICADO (em no mínimo de 300
e em no máximo 500 palavras): Trata-se de uma
consideração especulativa em torno da natureza, do lugar e da função da
Objetividade no Sistema da Filosofia. Mais precisamente, do modo como o
conceito da Objetividade se instaura no Sistema de Hegel e tal como ele é
pressuposto, contra Hegel, na chamada “reconstrução racional” do Idealismo
objetivo, propugnada por Vittorio Hösle.
O que está em jogo aqui, em primeiro lugar, é justamente o problema da
validade ou do âmbito de valência do princípio fundamental disso que Hegel
designa como Idealismo absoluto; que consiste na unidade de Sujeito e Objeto
ou a unidade da Subjetividade e da Objetividade. Enquanto Hegel considera, já
desde Aristóteles, que um tal princípio é o que há de mais elevado e que
acima dele não pode haver nenhum outro, Hösle
tem que o mesmo não pode ser a determinação máxima possível do Absoluto; o
que ele justifica em afirmando que a unidade aí em questão é assimétrica,
pois embora o sujeito pense o objeto, ele não é pensado por este, não
havendo, portanto, verdadeira identidade entre ambos. Na verdade, Hösle parece tomar os dois termos da relação
Sujeito-Objeto como simples categorias que se limitam reciprocamente e que,
por isso, não podem constituir uma verdadeira unidade; assim, ele reduz o
pensamento de si ou “a concordância do conteúdo consigo mesmo”, que exprimem
o elemento especulativo como tal, a uma estrutura meramente formal, ainda que
se lhe postule valência ontológica, que, como tal, tem agora que se fundar em
um tipo de relação puramente exterior, a relação Sujeito-Sujeito. Sua
crítica, ao fim e ao cabo, não leva em conta o patamar alcançado pela
consciência no que tange ao seu próprio Si, o âmbito da consciência-de-si,
não saindo, pois, dos marcos da consciência em geral e do formalismo do
entendimento em particular; por isso, não é surpresa que Hösle considere ambivalente o princípio hegeliano; cabe-nos, portanto, refutá-lo. Para isso, há
que se estabelecer ou retomar os parâmetros a partir dos quais possamos
determinar e desenvolver o que Hegel denominara “o ponto de vista especulativo”.
O que se apresentará aqui sob a forma de uma tentativa de delineamento do
próprio especulativo em confronto com a renovação idealístico-objetiva
do Sistema de Hegel, propugnada por Vittorio Hösle.
De início, apresentaremos o ponto de vista de Vittorio Hösle no que tange ao problema da Objetividade no
Sistema da Filosofia, no âmbito da constituição do que ele designa “Idealismo
objetivo”, de modo a explicitar (1) os fundamentos de sua interpretação do
Sistema hegeliano e (2) as principais
críticas que faz ao Sistema de Hegel. Depois disso, retomando e desenvolvendo
o conceito hegeliano da Objetividade,
sobretudo no que concerne ao mundo do espírito, bem como os elementos que
constituem o cerne da oposição de Hösle à
sua tematização em Hegel, delinearemos o processo mesmo da suprassunção dessa oposição na esfera do Idealismo
especulativo propriamente dito. Enfim, mostraremos que o Sistema de Hegel, ao
incluir o Idealismo objetivo como um de seus momentos, por isso mesmo, não se
limita a ele. início |
E-mail: silami@terra.com.br |
TÍTULO DO TRABALHO [*]: Liberdade e economia na
filosofia do direito de Hegel |
TÍTULO DO LIVRO OU REVISTA ONDE O TRABALHO FOI
PUBLICADO: Síntese – Revista de Filosofia [ISSN 0103-4332]. |
DATA, (EDITORA ou No. REVISTA) E LOCAL DA
PUBLICAÇÃO: setembro-dezembro de 2006 / volume 33 – nº 107 / Belo Horizonte |
PÁGINAS OU LINK DO TRABALHO PUBLICADO: 413-434; Texto integral para baixar |
RESUMO DO TRABALHO PUBLICADO (em no mínimo de 300
e em no máximo 500 palavras): Este artigo
trata da concepção hegeliana de liberdade na
sociedade civil. Destaca a crítica à liberdade de mercado na qual
ficam caracterizados os limites intransponíveis ao exercício da eticidade – e, conseqüentemente, a combinação real
entre Ética e Economia – numa sociedade organizada sob o primado do
mercado. Na relação
temática entre liberdade e sociedade civil, Hegel formulou de maneira
precursora e, por assim dizer, ainda inexcedível, a Teoria Social de caráter
alternativo à experiência de traço liberal. O papel dessa teoria é formular,
de maneira integrada, os temas econômico,
político e do direito de uma nova ordem social verdadeiramente humanista. Pela primeira
vez, uma concepção de liberdade refuta, de maneira cabal, a acepção
liberal e sua gama de derivações, porque ultrapassa o paradigma da liberdade
de escolha ou do livre-arbítrio no qual as teorias liberais são construídas. O princípio da
liberdade de mercado é o alicerce sobre o qual a teoria econômica burguesa
edificou sua ciência. Entretanto, a liberdade que se evoca ao mercado para
lhe servir de fundamento humanista não é liberdade como Hegel demonstrou. Por
isso, o paradigma hegeliano de liberdade
instituirá o contraponto radical à concepção de liberdade de mercado ou
princípio do modelo neoliberal da atual ordem econômica dita globalizada. Hegel permanece
a fonte mais fecunda para pensar teorias cujo princípio, raiz ou fundamento
seja a liberdade porque, antes e depois dele, nenhum saber a terá tomado como
núcleo de um sistema conceptual. A liberdade
contém a especulação que é, para Hegel, único procedimento
gnosiológico reservado à filosofia. Eis, pois, a invenção hegeliana : liberdade como procedimento conhecedor
em si mesmo, por isso, capaz de anular outros procedimentos que a
reduzem a valor abstrato de livre-arbítrio, a exemplo da concepção liberal
clássica e do sucedâneo, no âmbito econômico, a liberdade de mercado.
As concepções hegelianas de liberdade
e sociedade civil e eticidade marcam
a diferença da liberdade em relação aos procedimentos gnosiológicos e morais
do liberalismo econômico. Hegel considera
liberdade o núcleo espiritual onde germina toda racionalidade ética. A
sociedade civil é um momento nas relações sociais quando
predominam interesses individuais. Analisar a crítica hegeliana à acepção liberal de liberdade é compreender
a limitada condição racional e livre que um valor abstrato como
o livre-arbítrio pode exercer tomando o lugar da liberdade concreta no
interior de um momento como o da sociedade civil marcado pelo predomínio do
interesse individual, na lógica da convivência. No momento sociedade
civil, o exercício da autonomia do livre-arbítrio fica reduzido ao
interesse particular previsto no mundo empírico e finito das possibilidades
de escolha individual. Não se efetiva com o livre-arbítrio, portanto, o
exercício de autonomia da liberdade individual prevista no universo ilimitado
de possibilidades coletivas e societárias no momento eticidade ou momento Estado ético. Daí,
conforme afirma Hegel, a enorme dificuldade de se identificar no Estado
liberal o que é direito público e direito privado devido à precedência da
natureza privada na sociedade civil. O Estado liberal, por priorizar a ordem
do interesse particular, torna-se, então, anti-Estado em sentido público
porque sucumbe à dinâmica privada da sociedade civil. É o que se
extrai da concepção hegeliana de liberdade
e sociedade civil, expostas nos Princípios da filosofia do direito. início |
Trabalho Inscrito para debater o texto de Arnaldo Drummond
AUTOR:Marly Carvalho
Soares |
E-mail:m.carvalho.soares@uol.com.br
|
TITULAÇÃO [Doutora]: |
VÍNCULO
INSTITUCIONAL:Universidade Estadual do Ceará |
TÍTULO DO TRABALHO A
SER DISCUTIDO:Liberdade e Economia na Filosofia do Direito de Hegel DRUMMOND, Arnaldo. Liberdade
e economia na filosofia do direito de Hegel. In: Síntese – Revista de
Filosofia. Belo Horizonte, v. 33, nº 107, setembro-dezembro (2006):
413-434. |
TÍTULO DO COMENTÁRIO
AO TRABALHO A SER DISCUTIDO: A Dialética da
Liberdade na Sociedade Civil |
RESUMO (em no mínimo
de 300 e em no máximo 500 palavras): O
presente artigo tece algumas considerações a respeito da concepção hegeliana
da liberdade na sociedade civil no contexto da eticidade na Filosofia do
Direito de Hegel elaborado pelo Prof. Dr. Arnaldo que nos apresenta o
paradigma hegeliano de liberdade como “um contraponto radical à concepção de
liberdade de mercado com a qual o liberalismo econômico construiu a sua
teoria capitalista”. Em parte concordo com a tese acima proposta, porém gostaria
de assinalar alguns pontos. O primeiro seria lembrar que a sociedade civil na
sua estrutura liberal já faz parte do exercício da eticidade. É o germe
liberal da organização da sociedade que na sua essência é louvável. Porém
elevada ao seu egoísmo unilateral alimentaria o germe da dominação. Eu não
posso permanecer nesse contexto, o que implica a sua superação e,
conseqüentemente é possível “a combinação real entre Ética e Economia”, só
que a prioridade não seria o mercado, mas o ser humano. A liberdade passa
também pelo econômico, justificando assim a relação eficácia versus justiça
social. A segunda consideração é que a liberdade no sentido hegeliano
suprassume todos os níveis da esfera psicológica (livre-arbítrio, decisão,
escolha) e também a esfera econômica da liberdade. O ser humano nesse
espaço é trabalhador, produtor, consumidor, mas ainda não é o homem
propriamente racional e portanto não real- efetivo Só concretizando todas as
dimensões do Espírito: a moral, o econômico, o jurídico, o político e o ético
é que se efetiva o império da liberdade realizada, cuja idéia é o
Direito. O pecado é ficarmos cristalizado na particularidade, em um só
desses aspectos, acarretando prejuízos ao todo. O Direito não é só o jurídico
no contexto da sociedade civil mas, envolve toda a passagem do espírito
subjetivo ao espírito objetivo, culminando no direito internacional na
história universal. A terceira consideração diz respeito ao paradoxo na
sociedade civil perdida nos seus extremos: particularidade e universalidade,
em que a universalidade se mantém como meio para satisfazer a
particularidade. O nós nunca pode ser meio para satisfazer o eu e sempre fim.
Nessa dialética do egoísmo econômico é impossível uma verdadeira eticidade o
que exige a saída para o ético real. E finalmente a consideração a
respeito do duplo sentido de cultura: enquanto ‘sistema de carências” que
sedimenta o Estado do entendimento e a Cultura enquanto manifestação do
Espírito, ser-aí objetivo do Estado. A exigência atual e o cuidado que devemos
ter é impedir que a cultura enquanto “produção material” não ofusque e
destrua a cultura simbólica que contempla o ser humano em toda a sua
estrutura e relações: os nossos valores éticos, políticos, artísticos,
religiosos e espirituais, além do econômico. A função da Economia Política é
viabilizar a relação entre Ética e Economia tal como foi refletida e
criticada por Hegel. Palavras-chave:
Liberdade, ética, economia, cultura, sociedade início |
Trabalho Inscrito para debater o texto de Arnaldo Drummond
AUTOR: José Pinheiro Pertille |
E-mail [**]: jose.pertille@ig.com.br
/ 00006366@ufrgs.br / jose.pertille@terra.com.br |
TITULAÇÃO [***]: Doutor |
VÍNCULO INSTITUCIONAL: Professor Dep. de Filosofia e PPG Filosofia UFRGS |
TÍTULO DO TRABALHO A SER DISCUTIDO: DRUMMOND, Arnaldo. Liberdade e economia na
filosofia do direito de |
TÍTULO DO COMENTÁRIO AO TRABALHO A SER DISCUTIDO:
|
RESUMO (em no
mínimo de 300 e em no máximo 500 palavras):
|
E-mail: isacon@gmx.net |
TÍTULO DO TRABALHO [*]:O método dialético de Hegel |
TÍTULO DO LIVRO OU REVISTA ONDE O TRABALHO FOI PUBLICADO:Revista “Véritas”, 51/1 |
DATA, (EDITORA ou No. REVISTA) E LOCAL DA PUBLICAÇÃO:2005 (51/1),
Porto Alegre |
PÁGINAS OU LINK DO TRABALHO PUBLICADO: 165-185; texto integral para baixar |
RESUMO DO TRABALHO PUBLICADO (em no mínimo de 300
e em no máximo 500 palavras): A questão do método na Ciência da Lógica
(CL) é uma das mais controvertidas na discussão sobre Hegel. O artigo defende
a opinião segundo a qual o método absoluto, de fato, apresenta uma
estrutura formal definida e distinta que se põe como princípio geral de todo
o desenvolvimento do sistema hegeliano (maduro). O artigo também defende essa
interpretação contra certos mal-entendimentos, sobretudo contra aquele que
afirma que tal método geral transformaria a CL num formalismo vazio. Desse
modo, aqui, o método hegeliano é apresentado como método do determinar; não
sendo a CL, por seu turno, fundamentalmente e originariamente, outra coisa
que uma teoria de determinações aprióricas do pensar, i.é. de categorias,
regras e formas lógicas. O artigo argumenta em favor da pretensão à
universalidade e incondicionalidade que Hegel atribui a seu método. Objetiva mostrar
que é exatamente essa incondicionalidade do método, e nada mais, que sustenta
a necessidade e a imanência do proceder do pensar puro e, com isso, toda a
pretensão hegeliana à “coerência absoluta” e ao “idealismo absoluto”. Para
isso, o artigo apresenta primeiro uma interpretação do projeto geral da Ciência
da Lógica de Hegel. Depois entra numa discussão detalhada do capítulo
sobre a Idéia Absoluta, no qual o próprio Hegel explica seu método
dialético-especulativo. No final, porém, o artigo apresenta uma crítica
interna desse método, a qual modifica decisivamente a pretensão de Hegel;
ainda que, fundamentalmente, não a destrua. Assim, pelo fato de que o próprio
método contém um momento de indeterminação ou contingência, essa crítica
conduz ao conceito de “acaso” como princípio originário e intransponível de
toda dialética e, com isso, de todo determinar-se. Por essa razão a
determinação se realiza no acaso da dialética e o acaso dialético é o
princípio de toda realidade. O artigo apresenta, de forma abreviada,
partes do livro “Die Notwendigkeit des Zufalls. Hegels spekulative Dialektik in der Wissenschaft der Logik“ [A necessidade do acaso. A
dialética especulativa de Hegel na Ciência da Lógica.], por enquanto
publicado apenas em alemão. Neste, o método hegeliano é interpretado a partir
de uma base textual muito mais ampla. Além disso, a crítica indicada acima é
sustentada por vários argumentos dos quais o artigo apresenta apenas um. início |
E-mail: helfer@unisinos.br |
TÍTULO DO TRABALHO [*]:La vie de l'esprit
et l'histoire
chez Hegel |
TÍTULO DO LIVRO OU REVISTA ONDE O TRABALHO FOI
PUBLICADO: Hegel-Jahrbuch 2006 -Das Leben denken |
DATA, (EDITORA ou No. REVISTA) E LOCAL DA
PUBLICAÇÃO: 2006, Akademie
Verlag, Berlim, ISBN
3-05-004191-9 |
PÁGINAS OU LINK DO TRABALHO PUBLICADO: 378- 384 |
Il nous paraît approprié d'aborder la philosophie
de l'histoire de Hegel par une affirmation générale qui situe les fondements
sur lesquels toute sa réflexion va s'étayer. D'après l'Encyclopédie:
"L'absolu est esprit - c'est là la définition la plus haute de l'absolu.
- Trouver cette définition et concevoir son sens et contenu, telle fut -
peut-on-dire - la tendance absolue de toute culture et philosophie, [et]
c'est sur ce point que se sont concentrées toute religion et toute science;
c'est à partir de cette concentration uniquement que l'histoire mondiale peut
être conçue." Ce registre de l'absolu nous semble clair: l'histoire
mondiale, la Weltgeschichte, mais aussi tout le savoir élaboré par la
religion et la science, ne peuvent être pensés que comme ayant pour fondement
une conception qui privilégie l'absolu en tant qu'esprit, c'est-à-dire, si
l'on se rapporte à l'économie du système hégélien, en prenant l'unité
irréductible de l'Idée - de l'absolu en tant qu'Idée logique - non pas comme
une abstraction formelle, une identité vide, mais comme une unité qui est
essentiellement spirituelle, et donc en tant qu'un "différencier"
qui, dans sa distinction, demeure auprès de soi-même - l'esprit. Expliquons-nous: d'après l'Encyclopédie, l'absolu
peut être saisi fondamentalement en ses trois parties constitutives que sont
l'Idée logique, la nature et l'esprit. Dans ces trois moments, il s'agit
toujours de l'absolu, qui est conçu soit dans sa formule la plus abstraite et
identique à soi, l'Idée, soit comme son autre qui est opposé à soi, la
nature, soit encore comme l'autre en tant qu'il fait le retour à soi,
l'esprit. En
effet, selon l'affirmation ci-dessus, "la définition la plus haute de
l'absolu", se situe dans ce dernier mouvement de son devenir, ce qui
signifie, précisément, la présentation la plus complète de son explicitation
dans cette figure. Mais pourquoi en est-il ainsi? N'est-ce pas le schéma de
l'Encyclopédie qui nous enseigne que la détermination une de l'absolu en tant
qu'Idée est la principale, que "le Tout de la science est l'exposition
de l'Idée", que "sa division ne peut par suite être conçue qu'à
partir de celle-ci", que "les différences des sciences
particulières ne sont que des déterminations de l'Idée elle-même", que
"dans la Nature, ce n'est pas quelque chose d'autre que l'Idée qui
serait connu, mais elle y est dans la forme de l'aliénation; tout comme dans
l'Esprit c'est la même Idée qui est en tant qu'étant pour soi et que devenant
en et pour soi"? Il nous semble plutôt que cette compréhension
souligne le monisme de l'Idée, au détriment de l'esprit! início |
E-mail: m.carvalho.soares@uol.com.br |
TÍTULO DO TRABALHO [*]:A emergência do espírito livre |
TÍTULO DO LIVRO OU REVISTA ONDE O TRABALHO FOI
PUBLICADO [**]:in:
KALAGATOS – Revista de Filosofia do Mestrado Acadêmico em Filosofia da
Universidade Estadual do Ceará – Uece |
DATA, (EDITORA ou No. REVISTA) E LOCAL DA PUBLICAÇÃO:
Ed. Uece,V. 2, nº 3,
2005 – ISSN: 1808´197X |
PÁGINAS OU LINK DO TRABALHO PUBLICADO:p.155 -193 |
RESUMO DO TRABALHO PUBLICADO (em no mínimo de 300
e em no máximo 500 palavras): Neste texto, pretendo explicitar o itinerário
lógico interno da emergência do espírito livre no pensamento hegeliano. A questão gira em torno da categoria da
Totalidade que se constitui através dos momentos dialéticos da consciência,
da razão e do espírito. A consciência singular eleva-se à consciência de si
universal, como independente de sua oposição, ou
seja o espírito possui a si mesmo como totalidade. A consciência, ao
ultrapassar a sua particularidade, encontra o caminho que lhe possibilita ir
além de seus limites, no sentido da universalidade onde encontra a sua
liberdade. De modo que partindo da formação da consciência chegaremos ao
conhecimento verdadeiro do ser humano. Por isso mesmo ela não é uma pesquisa
do que é particular, mas do que é universal – o Espírito. O Espírito é que faz com que o homem seja
verdadeiramente pessoa humana, e é uma realidade que engloba todos os
elementos constitutivos do homem: corpo - psíquico – espírito.Tais elementos
são objetos da Antropologia onde o espírito apresenta-se como alma que é a
vida imediata do próprio corpo;, avançando
em seu desenvolvimento, o espírito mostra-se como consciência, objeto da
Fenomenologia do Espírito, onde se dá a passagem da certeza sensível à
ciência e finalmente a Psicologia onde Hegel concebe o Espírito como uma atividade, tanto ao nível
do teórico como do prático. Hegel não está com isto pretendendo fazer uma
Psicologia Racional, nem uma Psicologia Empírica. Além do mais, opõe- se a toda dissociação da unidade vivente do
homem em faculdades, atividades e a
oposições estáticas do entendimento (alma- corpo; liberdade - determinidade
). Ela é identidade sujeito - objeto (conceito) e, enquanto tal, é
negatividade, absoluta. Por fim, será mostrada como no domínio do Espírito se
dá exatamente a superação da relação de exterioridade da idéia (natureza). A
idéia que no domínio da natureza estava impossibilitada de ser totalmente ela
mesma, no domínio do Espírito alcança o seu ser – para – si. O estudo
concentra-se na filosofia do espírito subjetivo da Enciclopédia das
Ciências Filosóficas. início |
E-mail: marciacfgoncalves@gmail.com |
TÍTULO DO TRABALHO [*]: Uma
concepção dialética da arte a partir da gênese do conceito de trabalho na Fenomenologia do Espírito de Hegel |
TÍTULO DO LIVRO OU REVISTA ONDE O TRABALHO FOI
PUBLICADO [**]: Kriterion: Revista de
Filosofia (ISSN 0100-512X) |
DATA, (EDITORA ou No. REVISTA) E LOCAL DA
PUBLICAÇÃO: Dezembro de 2005, vol. 46, no. 112, Ed. UFMG, Belo Horizonte |
PÁGINAS OU LINK DO TRABALHO PUBLICADO: páginas:
260-272 texto no formato pdf e na internet |
RESUMO DO TRABALHO PUBLICADO (em no mínimo de 300
e em no máximo 500 palavras): Este artigo parte da análise do conceito de arte
presente na Fenomenologia do
Espírito de Hegel, com o objetivo de reconhecer nesta obra de 1807 os
aspectos convergentes e divergentes relativos à sua concepção madura de uma
filosofia da arte tal como exposta nas Lições
sobre a Estética. Se considerarmos a Fenomenologia como uma introdução ao sistema hegeliano, poderíamos facilmente concluir que nele
não estava prevista uma filosofia da arte propriamente dita. Nesta obra, a
arte é reduzida a uma subcategoria do conceito de religião: denominada por
Hegel de Kunstreligion (religião da arte ou
religião-arte). Esse termo - desenvolvido a partir da designação
"religião bela" adotada por Hegel em seus primeiros escritos, na
década de 1790 - faz referência explícita à religião praticada na Grécia
Antiga - o mesmo período histórico apontado na Estética como paradigma da realização do belo artístico ou
ideal. Mas este não é o único ponto de contato entre o conceito ainda pouco
desenvolvido de arte presente no capítulo sobre a religião da Fenomenologia e a concepção filosófica
da arte apresentada por Hegel em suas Vorlesungen über die Ästhetik a partir de 1818 e ao longo de
toda a década de 1820. Este artigo pretende sistematizar alguns dos pontos
comuns, a fim de identificar a gênese de certos conceitos e teses
fundamentais da Estética de
Hegel. Destacaremos em nossa interpretação basicamente três diferentes, mas
complementares, teses: 1a. A Fenomenologia do Espírito - por ser o contexto no qual Hegel
desenvolve pela primeira vez de modo sistemático a dialética do trabalho como
momento fundamental para o reconhecimento do espírito - possibilita a
compreensão da concepção de obra de arte, exposta no sub-capítulo Kunstreligion, como produto ideal do trabalho do
espírito e antecipa a tese da Estética
do auto-reconhecimento do espírito através da obra de arte; 2a. A questão levantada na Fenomenologia sobre o simbolismo da religião natural
como produto do trabalho do artesão antecipa a crítica à hegeliana à
arte simbólica desenvolvida na Estética
como sendo uma Vorkunst (uma pré-arte ou um estágio
preliminar da história da arte); 3a. A descrição da Fenomenologia sobre o fenômeno
histórico do oráculo grego representa a gênese da compreensão estética do mesmo
como momento inicial e negativo do desenvolvimento de uma linguagem poética e
de uma subjetividade autônoma, cuja apresentação estética culminará na figura
do ator de teatro. O artigo pretende ainda mostrar que, enquanto obra
filosófica, a F enomenologia do Espírito possui aproxima-se da
arte literária, tanto sob o aspecto formal de sua linguagem muitas vezes
poética e de sua estrutura circular e rapsódica,
quanto nas recorrentes referências que Hegel faz a obras historicamente
concretas de arte (a começar pela própria Odisséia de Homero) como recurso
didático para compreensão do movimento circular e infinito da experiência do
espírito em direção ao saber de si mesmo. início |
E-mail: abavaresco@terra.com.br |
TÍTULO DO TRABALHO [*]: Reconhecimento
intersubjetivo no viés intersubjetivo jusfilosófico de Hegel e Kojève |
TÍTULO DO LIVRO OU REVISTA ONDE O TRABALHO FOI
PUBLICADO [**]: Filosofia, reconhecimento e direito |
DATA, (EDITORA ou No. REVISTA) E LOCAL DA
PUBLICAÇÃO: 2006, EDUCAT, Pelotas, ISBN: 85-7590-077-3 |
PÁGINAS OU LINK DO TRABALHO PUBLICADO:
67-116; texto no formato .doc |
RESUMO DO TRABALHO PUBLICADO (em no mínimo de 300
e em no máximo 500 palavras): Resumo O tema do reconhecimento
na obra de G. W. F. Hegel é central. Situa-se, classicamente, este tema na
figura da luta entre o senhor e o escravo na Fenomenologia do
Espírito. A intersubjetividade, e
portanto, o reconhecimento, na obra hegeliana,
coloca o problema: Como é possível construir uma interpretação que supere o
conceito de subjetividade moderna, positivado pela prática jusfilosófica, garantindo um novo paradigma,
fundado na intersubjetividade, portanto, pressupondo a teoria hegeliana do reconhecimento? Em primeiro lugar,
analisa-se o desejo antropológico de reconhecimento como fonte da idéia de
justiça em A. Kojève. Em seguida,
apresenta-se a fenomenologia da justiça, segundo o mesmo autor, que
parte do princípio que o desejo, conforme Hegel, quer o reconhecimento, sendo
este a fonte última da idéia de justiça. Kojève
expõe, fenomenologicamente, a idéia de justiça em três momentos: a justiça
aristocrática ou a igualdade, a justiça burguesa ou a equivalência e a
justiça cidadã ou a eqüidade. Enfim, conclui-se que o reconhecimento
intersubjetivo dá-se em vários níveis de mediação
sócio-jurídico-político. Assim, produzir na complexidade da sociedade mundializada uma hermenêutica jusfilosófica de viés intersubjetivo, encontra na
teoria do reconhecimento hegeliano um
pressuposto epistemológico fundamental. Palavras-Chave: Filosofia do Direito, reconhecimento,
intersubjetividade, fenomenologia da justiça, igualdade, equivalência e
eqüidade. ABSTRACT: The theme of the recognition in the work of
G.W.F.Hegel is central. It is classically situated in the image of the fight between
the master and the slave in the Phenomenology of the Spirit. The
intersubjectivity and, therefore, the recognition in Hegel’s work sets the
problem: How is it possible to build an interpretation which overcomes the
concept of modern subjectivity, made real by the jusphilosophic practice,
assuring a new paradigm, founded in the intersubjectivity, therefore
presupposing Hegel’s theory of recognition? First, the anthropological desire
of recognition is analyzed as source of the idea of justice in A.Kojève.
Afterwards, it is presented the phenomenology of justice, according to the
same author, that starts from the principle that the desire, according to
Hegel, wants the recognition, being this one the last source of the idea of
justice. Phenomenologically, Kojève exposes the idea of justice in three
moments: aristocratic justice or equality, bourgeois justice or equivalence,
and citizen justice or equity. Ultimately, it is concluded that the
intersubjective recognition happens in several levels of social, juridical,
and political mediation. Thus, in the complexity of the world-wide society,
to produce a jusphilosophic hermeneutics with an intersubjective tendency
meets the fundamental epistemologic presupposition in Hegel’s recognition
theory. KEYWORDS: Law
Philosophy, recognition, intersubjectivity, phenomenology of justice,
equality, equivalence and equity. início |