Janeira, A.L. (2006). Primórdios do coleccionismo moderno em espaços de produção do saber e do gosto. Memorandum, 10, 65-70. Retirado em / / , do World Wide Web: http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a10/janeira01.htm

Primórdios do coleccionismo moderno em espaços de produção do saber e do gosto

Beginnings of modern collectionism in spaces of production of knowledge and taste

Ana Luísa Janeira
Universidade de Lisboa

Portugal
 

Resumo
O trabalho propõe uma análise arqueológica do coleccionismo moderno, definido como a tendência para coligir e manter conjuntos de objetos em torno de um tema. Aponta suas origens na época do Renascimento e dos descobrimentos geográficos com o surgimento dos Gabinetes de curiosidades; e posteriormente na criação das coleções produzidas pelas ciências modernas. Essas comportavam conjuntos reunidos com intuitos de recolha, manutenção e conservação, em espaços concretos, como Observatórios Astronômicos, Gabinetes de Física, Laboratórios de Química, Gabinetes de História Natural, Jardins Botânicos. Se nos Gabinetes de Curiosidades, cada presença individualizada era-o por ser bela ou útil, nesses novos espaços a marca de utilidade, visando a observação, a elaboração de hipóteses de trabalho, a verificação de uma teoria – impõe-se. Os conjuntos organizados em redor do bom gosto passaram a ocupar instituições e sítios diferenciados: os Museus de Arte. Aborda-se o exemplo histórico da grande coleção do Imperador Rudolfo II (1556-1612).

Palavras-chave: colecionismo; museologia; história da ciência

Abstract
The study proposes an archeological analysis of modern collectionism, defined as a tendency to keep together the objects around a theme. It points its origins in the age of Renaissance and the geographic discoveries with the rise of the Cabinets of Curiosities; and, later, the creation of collections produced by modern sciences. These contained sets kept together aiming at collecting, maintaining and conserving, in concrete spaces, such as the Astronomic Observatories, Cabinet of Physics, Chemistry Laboratory, Cabinets of Natural History, Botanical Gardens. If in the Cabinet of Curiosities each individualized presence was such for being beautiful or useful, in these new spaces the mark of usefulness, aiming at observation, the elaboration of hypotheses of work, the verification of a theory – imposes itself. The sets organized around the concept of good taste started to occupy the Art Museums. It is approached, as historical example, the collection of Emperor Rudolph II (1556-1612).

 Keywords: collectionism; museology; history of science

 

A arqueologia - genealogia do coleccionismo contemporâneo permite identificar gestos com história: nas atitudes por parte dos coleccionadores e nos efeitos transmitidos às colecções.

 

Trata-se, pois, de um fenómeno percorrido por emergências, condensações e mudanças, ao longo da Modernidade e Pós-Modernidade. Em cujo período inicial teve particular importância o intercâmbio que nasceu a partir do encontro entre o Velho Mundo e os Novos Mundos.

 

Entretanto, de lá até cá, quantas coisas mudaram!

 

Os Gabinetes de Curiosidades

 

A tendência para coligir e para manter conjuntos de objectos em torno de um tema é qualquer coisa que se diria ligada a uma carga imediatista, facilitada por uma tendência espontânea.

Na verdade, seja por afecto estético, seja por saber mais consolidado, começam-se a compilar exemplares remissíveis a um universo, que baliza entre uma comunidade de semelhanças com sinais de diferença.

Na Europa, esta tendência individualizada teve um surto especial num momento bem preciso: por um lado, através do gosto requintado associado à riqueza artística do Renascimento; e, por outro lado, através da moda de espécimes exóticos, multiplicadores de uma Natureza cheia de surpresas, chegados pelos Descobrimentos. Intercâmbio que começa com colheitas gananciosas, roubos desmesurados e pilhagens sem escrúpulos, entre impérios e colónias.

Facto que o associa ao mecenato, com maior incidência na viragem que vai ocorrer por via das tendências humanistas - renascentistas, como também por força do conhecimento à procura de si mesmo, por via do empirismo - racionalismo.

Historicamente é aí mesmo que foram definidas duas grandes áreas do coleccionismo: a área da História de Arte e a área da História Natural. Neste particular, são áreas indissociáveis, porquanto ambas estavam unidas em espaços especiais: os Gabinetes de Curiosidades. Fascinantes, eram eles, pela mistura, um tanto indisciplinada e pouco organizada, de quadros, conchas, armas, relíquias, estatuetas, aparelhos, etc.

Mistura? Talvez para nós, pelo que o uso desta palavra pode ser traiçoeiro, se for entendido com tom depreciativo; de facto, corresponde a aproximações que se fazem com grande pertinência e prazer, antes da influência que a nomenclatura e classificação científicas iriam a impor muito proximamente.

Indisciplinada e desorganizada? Só à distância, mas não para eles, seguramente, que ainda saboreavam o conhecimento sem o espartilho das disciplinas.

A disposição articulada – em paredes, em prateleiras e em mesas – insere uma forma de viver e de pensar que privilegia a novidade do formato, a raridade da cor, a utilidade da técnica ou a excentricidade do volume. Em suma, tudo aquilo que o gosto (saber e sabor) da época considera digno de ser identificado com curiosidade(s): porque é uma curiosidade (cosmológico, tecnológico) e porque desperta a curiosidade (psicológico).

Além disso e por um largo tempo, uma mesma configuração epistemológica marcou a estrutura construtiva que distribuía os recheios de bibliotecas, de gabinetes e até, calcule-se, de boticas. Pelo que a Biblioteca da Universidade de Salamanca se aproximava do Gabinete de Curiosidades de um qualquer príncipe da Europa Central ou da Botica da Faculdade de Medicina da Universidade de Montpellier.

Assim sendo, nota-se que estes espaços correspondem não só a uma visão - do - mundo, ao serviço do modo como a elite o reconstrói dentro das paredes dos seus palácios ou instituições, como aquilo que entende dever ser a matriz maior do conhecimento e o modelo primordial do gosto.

As colecções científicas e seus espaços

Como conseqüência, mas com mudanças obviamente, o mundo das colecções produzido pelas ciências modernas comporta conjuntos, de muita e variada origem, reunidos com intuitos de recolha, de manutenção e de conservação. Para isso, estes gestos fazem nascer espaços concretos, cujo início está intimamente ligado a descontinuidades epistemológicas, consignadas em termos de objectos e de perspectivas, no estudo. São eles: Observatórios Astronómicos, Gabinetes de Física, Laboratórios de Química, Gabinetes de História Natural, Jardins Botânicos.

Algumas das atitudes estavam marcadas por uma tradição longínqua movida pelo desejo de guardar, as quais comportavam dinâmicas várias e demonstravam capacidade para desbloquear seqüências anteriores, com relevo para a dualidade do ouvir - ler, pelo que a transmissão do conhecimento se fazia entre quem lia e quem ouvia, do pregador ao fiel numa catedral, do lente ao aluno na cátedra universitária.

O sistema propiciado pelo olhar - ver, inerente à descoberta daquilo que «os mares nunca dantes navegados» ofereciam pela primeira vez, como horizonte de possíveis, criou espantos, choques e perplexidades que tiveram de ser assimilados de vagar, e nem sempre com a qualidade na resposta merecida.

Por superação progressiva do paradigma anterior, as ciências introduziram o observar - experimentar - comparar, nunca por demais relevados, e com elas bases para a inovação, dinamizada pelo mundo teórico - experimental.

Com efeito, as metodologias e as atitudes emergentes exigiam espacialidades novas, destinadas a novos hábitos de trabalho, como determinavam lugares próprios, entenda-se novo equipamento. Os quais vêm ocupar uma posição concreta, geradora de processos que acrescentam impulsos inovadores ao coleccionismo.

Em sentido lato, o equipamento científico comporta objectos distribuídos por um grande leque de significados – animal embalsamado ou pipeta, planta de herbário ou telescópio, mineral ou balança –, mas diferentemente do que acontecia em períodos anteriores, as opções que os delimitam (apesar destes não serem freqüentemente destituídos de beleza, longe disso), fazem prevalecer o critério de uso sobre o critério estético.

Quer isto dizer que se estas colecções podem manter a capacidade de motivar impressões de beleza, não o fazem, contudo, ao mesmo título que as curiosidades anteriores.

Na verdade, nos Gabinetes de Curiosidades, cada presença individualizada era-o por ser bela ou por ser útil. Agora a marca de utilidade – para o prosseguimento de uma observação, para a elaboração de uma hipótese de trabalho, para testar uma teoria – impõe-se sobre tudo o mais.

A ruptura começou aí.

E sendo assim, os conjuntos organizados em redor do bom gosto passaram a ocupar instituições e sítios diferenciados, os Museus de Arte. Tão diferentes, pensa-se hoje, que poucos estão conscientes do modo como as coisas aconteceram, a séculos de distância.

Razão ainda porque será de acrescentar como é lamentável que certas colecções, onde há Ciência e Arte, sejam apresentadas dando mais relevo a esta, em desprimor daquela.

Ou então, sem um percurso dando visibilidade nítida à sequência, porquanto, não raras vezes, a nível individual, isto é, nos caminhos percorridos pela vida de cada um, a colecta (natural) precedeu a compra ou a troca (artístico) (1).

Depois… Exposições Agrícolas, Exposições Industriais, Exposições Universais ou Exposições Internacionais. Logo, várias novidades a acrescentar, desde o século XVIII em diante.

Entretanto, houve ainda outras mudanças que só foram possíveis mais recentemente, por meio de museologias e de museografias ligadas ao mundo conceptual do património científico e técnico.

A paixão de Rudolfo II

Outra relação comumente referida em casos similares é a relação entre saber e poder. Na verdade, para se coleccionar são precisos dispositivos financeiros que permitam mecanismos de aquisição (colecta, compra, troca) e conservação, ambos requerendo conhecimentos que facultem as opções de escolha, os requisitos de manutenção e a disponibilidade de apropriação dos objectos.

A par de tudo isso, a vontade de mostrar. E do coleccionador se mostrar, também. A vontade de mostrar move-se desde os ciclos de intimidade – familiares, amigos – aos circuitos mais alargados – visitantes, público –, e comporta alvos que desdobram objectivos informativos e objectivos educativos. Daí, ter sempre em mira um qualquer público, imaginário ou real, e uma qualquer literacia, imediata ou a longo prazo.

Ou seja, a colecção é para ser (ad)mirada, do possuidor aos demais, e inscreve as margens de um(a) aprendiz(agem): é esperado que a colecção potencialize um ensino, quando ultrapassa os universos ausentes e distantes, mundos passados e outros mundos desconhecidos. Pela presença actualizada e, hoje, pela proximidade virtual.

A abordagem pela paixão do coleccionador e a abordagem pela consistência da colecção permitem delimitações teóricas visando uma seqüência de lógicas epistemológicas, mediante descrições e reflexões orientadas para processos alargados de inovação - tradição - globalização.

 

Tome-se, agora, o caso histórico de uma grande colecção, ou também, a paixão desmesurada e empreendedora de um grande coleccionador: o Imperador do Sacro Império, Rei da Boémia e da Hungria, Rudolfo II (1556-1612).

 

Originariamente estava concentrada em Praga, capital desde 1583. O destino marcou-a por uma grande dispersão, para todo o sempre.

Apesar de estar repartida por Praga, Viena ou Estocolmo (cf. Prague Castle Gallery, 1998) o património existente permite vislumbrar como era grandioso o acervo primitivo, que chegou a ter 3.000 telas.

Na verdade, a situação inicial do conjunto teria poucos émulos, como continuam extensos e valiosos os subconjuntos remanescendo nas três capitais. A propagação tentacular e milenar da família Habsburg, o xadrez político minado por querelas sucessórias, conflitos religiosos e várias guerras à mistura estiveram na origem da dispersão. Quando gera um fenómeno deste tipo, também o património vive um desfasamento de destinos: o mal de uns é o bem de outros.

Perspectivada a partir do sujeito, a colecção foi constituída por um espírito artístico e uma personalidade com cariz universal. Esta tónica era alimentada por contrastes de vida: genealogia paterna e materna infiltrada em grande parte da realeza europeia; nascimento em Viena, mas sete anos na corte do tio materno, Filipe II de Espanha, etc.. Percurso que proporcionou outras tantas aberturas, como seja, a sua actuação em favor dos protestantes, apesar de uma educação católica cerrada.

Na época e ao longo dos tempos, foi representado como um homem depressivo, com ar carregado e entristecido. O que não o impediu de uma certa sociabilidade cultural marcante e muito frutífera: acolheu pintores (ex: Pieter Bruegel o Velho, Giuseppe Arcimboldo) que interceptava, dizem, nos ateliers do Palácio Imperial, conversando sobre as obras em curso; favoreceu cientistas (ex: Johannes Kepler, Tycho Brahe), e alquimistas (ex: os residentes da Golden Line), revelando-lhes a sua sedução pelos avanços do conhecimento.

A partir destas circunstâncias, criou uma conjectura favorável a quadros únicos ou aparelhos singulares concebidos in loco, a que se juntaram, obviamente, espécies com outras proveniências, encomendas compradas longe e adquiridas através de redes internacionais bem articuladas e sobejamente especializadas. Assim, muitos o serviram como conselheiros profissionais, tendo consigo vendedores de arte (Jakob König), antiquários e curadores reputados (Ottavio Strada). Muitos o serviram ainda neste comércio cultural, enquanto agentes bem colocados e actuando em pontos estratégicos: Espanha (Hans Khevenhüller, Itália (Rudolf Coraduz), Alemanha (Giuseppe Arcimboldo).

Perspectivados na interface entre sujeito - objecto, os objectos correspondiam a diferentes naturezas, sendo escolhidos no interior de uma configuração que possibilitava uma atitude e uma época anterior à especialização. Misturas feitas de grandeza, de luxo e de bom gosto.

Lado a lado, instrumentos astronómicos, a colecção zoológica com vários esqueletos, pedras preciosas, estatuetas, telas.

A Galeria Imperial e a Kuntskammer acolhiam um conjunto de esplendores: muitos, e entre os melhores, de Dürer, Tintoretto, Hieronymus Boch, Hubert Van Eyck, Veronese, Correggio, etc., etc. No que respeita a pintura, supõe-se, aliás, que esta terá sido a primeira colecção a ser disposta na parede e em salas de exposição de tipo modern (cf. Prague Castle Gallery, 1998, p. 24). A diferença a assinalar demarcará, pois, dois momentos: telas com lugar próprio e permanente na parede, onde passam a ser olhadas, e telas em cima umas das outras, que só podem ser apreciadas se forem suportadas nas mãos.

O desgaste do património natural (2)

Tenha-se ainda presente quanto a arqueologia - genealogia do coleccionismo encontra, de permeio, a arqueologia - genealogia do consumismo, porquanto ambas pertencem à mesma configuração epistémica.

E quanto, em última análise, este tema pode traduzir-se por esta forma sintética e actual: as relações desejáveis e possíveis entre Ciências da Natureza, Economia e Ecologia.

Historicamente, estas relações têm-se revelado complexas, pois, apesar das duas últimas palavras terem em comum o primeiro termo - eco = casa (3) - têm estado ao serviço de conteúdos e percursos, senão opostos, pelo menos dissemelhantes.

Assim sendo, a diferença também teve incidências no caso das colecções naturais, expostas em Museus de História Natural, com as suas montras, e em Jardins Botânicos, com os seus herbários. A maioria das quais nasceu e cresceu com base em atitudes marcadas e mobilizadas por intuitos ligados à exploração dos recursos naturais do reino e das colónias. Atitudes fisiocráticas e mercantilistas, num primeiro tempo, e economicistas, logo depois (cf. Thouin, 1860; Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, 1989).

A relação Homem-Natureza na Modernidade foi agudizando estigmas de supremacia e domínio. A que as Ciências concederam critérios de justificação e argumentos de persuasão.

Por isso, do mito do progresso, servido pelas teses positivistas, ter ganho foros de cidadania, entre uma «ordem e progresso» e um «saber, prever e poder».

Vale a pena recordar como o despertar deste «sono» aconteceu, para muitos, com um pesadelo e um sequente mal-estar: a publicação de The Limits to Growth (Meadows, 1972) (4), um ano antes da crise do petróleo. Este best-seller ousava falar pela primeira vez, imagine-se!, da água, do ar etc. como valores. O que faz um valor é a sua necessidade, raridade, e por isso preciosidade, logo este tipo de discurso foi perturbador.

Neste sentido, desde sempre muito sustentada pelo capitalismo, nomeadamente pela economia de mercado, a lógica da abundância começara a ser questionada. Tratava-se de implementar processos para ultrapassar o comportamento do explorar, trocando-o pelo comportamento do gerir. O que não era, e não é, nada fácil.

Por isso mesmo, é que, apesar de ter nascido de preocupações que criaram o primeiro Parque Natural, o Yellowstone National Park nos Estados Unidos da América, e de ter conseguido o estatuto de disciplina, na Harvard University, nos finais do século XIX, a Ecologia levou anos a vingar.

Por isso ter lucrado com o suporte político - o Ecologismo surgido por 1960 e Os Verdes seqüentemente - para poder ser mais imperativa e mais eficaz no questionamento de hábitos e de idéias, a nível de mais vastos sectores da sociedade.

Ora, é precisamente enquanto se mostram capazes de serem reconvertidos por este olhar, que o recolher, o guardar e o manter da flora, endémica e exótica, prosseguidos pelas colecções dos Jardins Botânicos, ao longo de séculos, redescobrem o seu papel actual, e mostram a sua utilidade futura, em prol da Educação Ambiental, da Biodiversidade e dos Bancos de Genes. Gerir os bens naturais para melhor sobreviver, sustentadamente.

Concluindo

Sendo imenso o tema, de que só afloramos alguns aspectos, não surpreenderá, portanto, como os trabalhos que constituem o «Projecto O Mundo nas Colecções dos Nossos Encantos» (no prelo) o tenham estudado, perspectivado no contexto de uma investigação sobre museus, literacia científica e públicos.

Aspecto que foi enriquecido, complementarmente, por testemunhos pessoais e afectivos, pronunciados por quem lida ou tem colecções, e fala da sua paixão.

Além disso, o conjunto destas abordagens tenderam para delimitações teóricas, visando uma seqüência de lógicas epistemológicas, mediante descrições e reflexões orientadas para processos alargados de inovação - tradição – globalização.

Referências bibliográficas

Associação Ibero-macaronésica de Jardins Botânicos (1988). Simpósio Jardins botânicos: estratégias para educação embiental e conservação de recursos naturais: resumos. Vidago: Vila Real.

Fundação das Casas de Fronteira e Alorna (1989). Encontro sobre o jardim português (sécs. XV a XIX). Lisboa: Palácio Fronteira.

Janeira, A. L. (1998). Lógos e nómos. Em Actas do 1º Congresso Nacional de Arquitectura Paisagista. (pp. 25-30). Lisboa: Associação Portuguesa de Arquitectura Paisagista.

Janeira, A. L. (2003, 20 de dezembro). Recursos naturais, colecções e ambiente. Montemorense, 5. Retirado em 10/07/2004, do World Wide Web: http://alemmonte.no.sapo.pt/frameslayout/recursos_naturais.htm.

Meadows, D. H. (Ed.). (1972). The limits to growth: a report for the club of Rome’s Project on the predicament of mankind. New York: Universe Books.

Prague Castle Gallery (1998). A Guide to the Collections. Praha: Prague Castle Administration.

Thouin, A. (1860). Instructions pour les voyageurs et les employés dans les colonies sur la manière de recueillir, de conserver et d’envoyer les objets d’Histoire Naturelle. Redigées sur l’invitation de M. le Ministre de la marine et des colonies par l’administration du Muséum Impérial d’Histoire Naturelle. 5 ed. Paris: Imprimerie de L. Martinet.

Notas

 

(1) Facto, a que não se lhe dá o devido destaque, por exemplo, no, a muitos títulos surpreendente, Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Na verdade, guarda um belíssimo recheio, que começou por ser de espécimes naturais, complementada depois por exemplares históricos e artísticos. O que acontece com o sistema expositivo? Destaca estes últimos e quase esconde totalmente o científico. Mais ainda, esquece-se de evidenciar, desde as salas iniciais, a origem naturalística da actividade coleccionista do seu criador. [volta]

 

(2) Esta parte do texto corresponde ao desenvolvimento de idéias publicadas anteriormente em Janeira, 2003. [volta]

 

(3) Nómos significa lei, norma. Lógos significa razão, discurso. Cf. Janeira, 1998. [volta]

 

(4) A origem do livro The Limits to Growth: A Report for the Club of Rome’s Project on the Predicament of Mankind, organizado por Donella H. Meadows (1972), situava-se numa encomenda curiosa: a FIAT pediu ao Club de Roma para delinear as características dos tempos futuros, pois pretendia que esses critérios presidissem à concepção dos seus carros, sendo conseqüentemente incorporados às suas dimensões, formas e mecânicas. [volta]

 

Nota sobre a autora

Ana Luísa Janeira é Professora Associada com Agregação em Filosofia das Ciências do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Co-fundadora, primeira coordenadora e actualmente investigadora do Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa (CICTSUL). Contato: janeira@fc.ul.pt.

 

Data de recebimento: 30/08/2004
Data de aceite: 30/03/2006

 

Memorandum 10, abr/2006
Belo Horizonte: UFMG; Ribeirão Preto: USP
ISSN 1676-1669
http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a10/janeira01.htm

 

 

 

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