Massimi, M. (2006). Um importante corpo documentário para a reconstrução da história da cultura no Brasil colonial: Os acervos da oratória sagrada. Memorandum, 10, 45-64. Retirado em   /  /  , do World Wide Web http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a10/massimi04.htm

Um importante corpo documentário para a reconstrução da história da cultura no Brasil colonial: os acervos da oratória sagrada

An important documentary collection for the reconstruction of the culture of colonial Brazil: the sacred oratory collections

Marina Massimi
Universidade de São Paulo
Brasil

 

Resumo
O artigo constitui-se num relato da experiência de pesquisa conduzida nos acervos de cidades históricas do Brasil, visando levantar e reproduzir documentos de oratória sagrada, especificamente sermões pregados no Brasil do século XVI ao fim do XVIII e posteriormente transcritos e impressos. Tais documentos são fontes preciosas para a reconstrução da história da cultura da época, ainda mais importantes pelo seu teor de recursos elaborados visando a transmissão oral dos conhecimentos e a persuasão dos ouvintes. A pesquisa documental nesta área aponta para uma situação muito grave no que diz respeito ao estado de conservação de grande parte destas fontes, bem como evidencia uma freqüente dispersão quanto às condições de preservação e de disponibilização das mesmas. Será proposta uma descrição destes documentos e do estado dos acervos.

Palavras-chave: oratória sagrada; história cultural do Brasil colônia; história religiosa do Brasil colônia

Abstract
This article reports a research experience of the documentary collections of Brazilian historical cities, with the aim of finding and reproducing sacred oratory documents, more specifically of sermons preached in Brazil from the 16th to the late 18th century, which were later transcribed and printed. Such documents are precious sources for the reconstruction of the history of the culture of that period, and even more important due to the content of the resources created with a view to the oral transmission of knowledge and the persuasion of listeners. Documentary research in this field points at a very serious situation in terms of the conservation of most of these sources and evidences a frequent dispersion in terms of the documents’ preservation and availability. A description of such documents and of their preservation conditions is proposed.

Keywords: sacred oratory; cultural history of colonial Brazil; religious history of colonial Brazil

 

Introdução

Este trabalho é fruto de algumas pesquisas conduzidas a partir do ano de 2000, junto aos acervos de cidades históricas do Brasil, visando levantar e reproduzir documentos de oratória sagrada, especificamente sermões pregados no Brasil do século XVI ao fim do XVIII e posteriormente transcritos e impressos (1).

Tais documentos são fontes preciosas para a reconstrução da história da cultura da época colonial, ainda mais importantes pelo seu teor de recursos elaborados visando a transmissão oral dos conhecimentos e a persuasão dos ouvintes (2). Com efeito, a pregação constitui-se numa atividade de grande importância cultural e religiosa no Brasil da Idade Moderna:na Bibliografia Brasileira do período colonial (1969) de Rubens Borba de Morais, a grande maioria das obras listadas é composta por sermões ou sermonários, de autores brasileiros. Fomos movido a empreender a investigação aqui relatada pela consulta deste texto, onde assinala-se a importância e a urgência de um trabalho de coleta, listagem e catalogação desses documentos, indispensável para conhecer a extensão do fenômeno da pregação e para realizar investigações acerca de cada autor.

A pesquisa documental por nós conduzida nesta área, se por um lado proporcionou uma visão da grande riqueza de fontes deste gênero presentes na culturas brasileira da Idade Moderna, por outro alertou-nos para uma situação muito grave no que diz respeito ao estado de conservação de grande parte destas fontes, bem como evidenciou uma freqüente dispersão quanto às condições de localização e de disponibilização das mesmas. Boa parte destes documentos não pertencem mais aos acervos das instituições ou comunidades religiosas em cujo âmbito foram produzidos: por expropriações devidas às circunstâncias políticas da história luso-brasileira, ou perdas devidas ao descaso, e mais freqüentemente pela impossibilidade de garantir a preservação por falta de recursos econômicos. Este fator dificulta a localização dos documentos e mesmo quando esses forem achados, o pesquisador depara-se com o precário estado de conservação ou a impossibilidade de reprodução. Propomos a seguir uma descrição destes documentos e dos acervos onde podem ser encontrados.

Os Acervos documentários significativos para a história da oratória sagrada no Brasil

Os acervos do Rio de Janeiro

Entre os acervos que guardam os documentos referentes à oratória sagrada no período colonial, em primeiro lugar, destacamos a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, especialmente a Seção de Obras Raras, onde é possível achar sermões impressos, bem como sermonários, ou seja, coleções de sermões, tais como as dos jesuítas Antônio Vieira (1608-1697) e Antônio de Sá (1620-1678), dos carmelitas Eusébio de Mattos (1629-1692) e Manoel Madre de Deus Bulhões (1673-1738), do franciscano frei Jabotão (s.d.). Na mesma seção encontram-se também as coleções dos sermões referentes à vida e à morte da realeza portuguesa organizados pelo cônego português Diogo Barbosa Machado (1682-1772), membro da Academia Real, incluindo as peças pregadas no Brasil ou pregadas por oradores brasileiros em Portugal (Barbosa Machado, 1741, 1747, 1752,1758). O levantamento documentário pode ser feito a partir do catálogo da seção e das indicações fornecidas pela obra já citada Bibliografia Brasileira do Período colonial de Rubens Borba de Moraes. Infelizmente, vários textos encontram-se em estado de conservação muito precário; alguns em fase de restauro; outros ainda não.

A Seção de Manuscritos da Biblioteca possui dois tipos de catálogos: o catálogo antigo e a base de dados informatizada. Na consulta, foram localizados sermões e coletâneas de sermões manuscritos, de incerta proveniência. Com efeito, na maior parte dos casos, apenas aos sermões pronunciados no Brasil no século XIX foram atribuídas data, local e autoria. No que diz respeito aos sermões do período de nosso interesse (do século XVI ao XVIII), poucos puderam ser descritos e reconhecidos como referentes ao contexto brasileiro, por não constar datas, autoria e local de proveniência. Este corpo documentário é rico, mas requer estudos especializados de paleografia e mesmo assim - em muitos casos - é mínima a possibilidade de identificar as origens dos documentos.

Outro acervo significativo do Rio de Janeiro é o Gabinete Português de Leitura, que possui uma base de dados, onde se pode levantar títulos de vários sermonários, na maioria dos casos referentes a Portugal. Alguns destes, porém, referem-se ao Brasil, como, por exemplo, os cinco volumes dos sermões de frei Bento da Trindade (1768-1841), importante pregador português atuante também no Brasil.

A Biblioteca do Mosteiro beneditino do Rio de Janeiro é um acervo riquíssimo para a história da pregação no Brasil pelo fato do mosteiro ter abrigado grandes pregadores ao longo de sua história. Dentre os pregadores beneditinos que foram também escritores de textos de sermões e, portanto, de alguma forma, contribuíram com a difusão de determinados modelos de retórica sagrada, destacamos frei Mateus da Encarnação Pinna (1687-1764), autor do Viridiario Evangélico, conjunto de volumes de sermões por ele pregados, de posse da referida biblioteca.

Os acervos de São Paulo

Na cidade de São Paulo, destaca-se a Biblioteca particular do Doutor José Mindlin, uma verdadeira pérola preciosa do mundo bibliotecário brasileiro, cuja contribuição à preservação da memória cultural no Brasil é inestimável. O acervo particular, aberto ao acesso dos investigadores, será posteriormente doado à Universidade de São Paulo e gerenciado por uma Fundação. Neste, pode ser localizada grande quantidade de sermões impressos, parte deles pertencente à antiga coleção de Rubem Borba de Moraes – adquirida por José Mindlin –, todos em ótimo estado de conservação. Existe também uma significativa coleção de sermões manuscritos.

Outro acervo significativo em São Paulo é a do Instituto de Estudos Brasileiros (USP; SP). Aqui se encontram vários sermões e sermonários, dentre eles a obra oratória de padre Ângelo Sequeira (?-1776), pregador e músico, natural da cidade de São Paulo. O material referente à sua pregação encontra-se num volume único coletando vários discursos proferidos em diversas localidades mas transcritos e reelaborados como texto escrito. O mesmo Instituto possui um rico Arquivo, em cujos catálogos foram achados conjuntos de sermões (por exemplo, Inventário de Manuscritos da Coleção Lamego e Coleção Almeida Prado), o que demanda ulteriores investigações acerca deste corpo documental.

Os acervos de Minas Gerais

 

No que diz respeito aos acervos localizados em Minas Gerais, uma orientação importante para o levantamento de documentos do período colonial, incluindo-se peças de oratória sagrada, é fornecida pela Bibliografia Mineiriana - Período Colonial 1711-1753, elaborada por Hélio Gravatá (1972).

Um primeiro local de investigação importante é o Arquivo Público Mineiro, em Belo Horizonte. Neste, um instrumento importante é a própria Revista do Arquivo onde há transcrição de muitos documentos do acervo, por exemplo, os textos narrativos acerca de duas importantes celebrações religiosas ocorridas em Minas no século XVIII com informações acerca das atividades de pregação acontecidas naquela ocasião: o Áureo Trono Episcopal (Andrade e Moraes, 1902) relato da festa de entronização do primeiro bispo de Mariana (incluindo os textos dos sermões proferidos naquela ocasião); e o Triunfo Eucarístico (Machado, 1989), relato da solenidade do translado processional do Corpo Eucarístico realizada na cidade de Ouro Preto. No mesmo periódico, encontra-se também um documento de 1773 que se refere ao bispado de Mariana abordando inclusive a questão da pregação. No Arquivo, acham-se o Códice Costa Matoso contendo informações várias acerca de pregação; e obras raras de oratória sagrada (Figueiredo e Campos, 1999).

Afonso Ávila (1994) - ao narrar sua própria história de pesquisador - relata que deparou-se com os textos dos sermões mineiros, a partir de uma pesquisa feita no Arquivo Público Mineiro. Na perspectiva de estudo histórico que Ávila persegue, pela análise desses textos, é possível “esboçar uma imagem crítica da nossa idade barroca não mais como um tecido algo paradoxal de manifestações isoladas, porém como uma totalidade cultural e estética” e “como a expressão de um singular estilo de vida, assim entendido, como um modo peculiar de ver, de sentir, de formar”. (1994, p. 224).

Fora da Capital do Estado de Minas, os acervos das cidades históricas proporcionam documentação rica acerca da história da pregação no Brasil. Em primeiro lugar, destaca-se a Biblioteca e Museu dos Bispos de Mariana: um levantamento completo de todas as obras de oratória sagrada presentes na Biblioteca – impressas até o fim do século XVIII – obras essas de pertença dos Bispos e do Seminário de Mariana, permite reconstruir a “biblioteca” disponível para a formação do pregador, no Brasil desta época. Com efeito, a existência de rico acervo no Museu do Livro do Bispado de Mariana, que contém todos os livros do antigo Seminário e da Casa dos Bispos de Mariana, possibilita a reconstrução da Biblioteca do Pregador no Brasil (Anexo A). Infelizmente, porém, o estado de preservação do material é péssimo: o prédio do acervo, de recente construção, não possui condições adequadas para abrigar documentos de papel, de modo que a maioria dos livros que vimos foram parcialmente destruídos por bichos e por umidade. Sem um cuidado imediato para o restauro destas obras, receamos que em breve muita documentação preciosíssima para os estudos históricos irá perder-se. No Arquivo da Cúria de Mariana, existem documentos históricos referentes à pregação na diocese de Mariana (Pastorais, listas de livros sobre pregação de posse do bispado, cartas, etc...) até o fim do século XVIII. Dentre outros, na Lista de Livros de Frei Domingos da Encarnação Pontenevel, Bispo de Mariana entre 1779 a 1793, anexa ao testamento do prelado, comparecem várias obras de oratória sagrada que nos permitem ter notícias acerca das leituras necessárias para a formação de um pregador da época (Anexo B).

Em Ouro Preto, o Arquivo da Casa dos Contos possui documentos de irmandades e  documentos pastorais, especialmente as primeiras Constituições do Arcebispado da Bahia (1720) contendo a legislação referente à pregação no Brasil. Não encontram-se sermões de autores brasileiros e sim um livro de sermões de autor português possuído por uma irmandade, que certamente serviu de fonte inspiradora para os pregadores locais elaborarem seus discursos. Na mesma cidade, o Arquivo da Matriz do Pilar guarda documentos de irmandades, sobretudo dos “Termos de acerto”, alguns dos quais contêm contratos com pregadores, nomes de pregadores e custo dos sermões.

Noutra cidade mineira, São João del Rey, o Museu Regional contem documentos elaborados por historiadores locais que informam acerca dos pregadores e das atividades de pregação na cidade; neste acervo, existe o testamento e inventário de um famoso pregador da cidade, padre Villas Boas. O Museu de Arte Sacra e o Arquivo da Casa Paroquial da Igreja Nossa Senhora do Pilar guardam os Livros de Compromissos e Termos de diversas Irmandades atuantes em São João del Rey, Tiradentes e cidades próximas. Ditos documentos dão notícia acerca de atividades de oratória sagrada desenvolvidas durante as cerimônias litúrgicas mais importantes, sendo as despesas do honorário do pregador assumidas pelas Irmandades.

O acesso ao Acervo de Livros Raros da Biblioteca da Universidade Federal de São João-del-Rey soma bibliotecas particulares da cidade, anteriormente alojadas na Biblioteca Municipal e atualmente restauradas e reacondicionadas pelos pesquisadores da Universidade. O acervo contém obras dedicadas à oratória sagrada.

Outro importante centro urbano onde no período colonial realizavam-se com uma certa freqüência atividades de oratória sagrada é Sabará. Conforme observa Ávila, “a vida religiosa em Sabará, no decurso do século XVIII, nada ficava a dever, no cuidado devoto ou na exterioridade ritual, a das outras principais vilas mineiras, excepção talvez de Mariana.” (1994, p. 226), sendo que “sobre Sabará, sua região e a vida religiosa local ou da comarca do Rio das Velhas, que estendia até muito longe a jurisdição da Vila Real, vamos encontrar referências já nas primeiras obras que fazem menção a Minas na bibliografia portuguesa das décadas iniciais do século XVIII” (1994, p. 227). Afirma Ávila que

ao longo do século do ouro muitos terão sido as festividades de relevo religioso promovidas pela gente de Sabará, em que a participação dos sermonistas constituía aspecto saliente. Os livros de termos das associações religiosas sabarenses, a exemplo da Ordem do Carmo ou da Irmandade do Amparo, registram não só a ocorrência dessas solenidades, mas também decisões e despesas relacionadas com o contrato dos pregadores. (1994, p. 228).

Ávila alerta que, apesar de saber, com base nas anotações nos Livros de Termos das Irmandades da cidade, que diversos foram os pregadores atuantes nas solenidades sabarenses do século XVIII, logrou-se localizar apenas textos de dois desses, correspondentes a sermões que tiveram como sua motivação específica as exéquias de personalidades eminentes ligadas à história da igreja na Capitania de Ouro. Trata-se do sermão de Manoel Freire Batalha contendo o elogio fúnebre do bispo Antônio de Guadalupe de 1741 e o de Luís Vieira da Silva, lente de filosofia do Seminário de Mariana, o ideólogo da Inconfidência mineira, sermão pronunciado em 1784 por ocasião da morte do aludido padre Loureço José de Queiroz Coimbra.

No Arquivo Municipal Casa Borba Gato de Sabará, encontram-se os livros de compromissos e de termos das irmandades, onde se notifica a realização de pregações ocorridas na ocasião das mais importantes festas religiosas. Semelhantes notícias também se acham nos textos de historiadores da cidade, contendo inclusive transcrição de documentos antigos, os quais podem ser localizados no mesmo acervo. O referido Arquivo conserva a Biblioteca do Hospício da Terra Santa, que fora destinado a hospedagem dos sacerdotes, especialmente dos idosos. O hospício existira desde 1712, com o nome de Capelinha do Hospício erguida em 1712, em evocação a Nossa Senhora do Pilar. Entre os volumes da Biblioteca, consta a Palestra de Oratoria Sagrada onde se discutem os fundamentos dos differentes methodos e diversos estylos de pregar, theorica em reflexões analyticas criticas e apologeticas practica em sermoes respectivos aos methodos examinados de Frei Manoel de Figueiredo, Augustiniano (1762). O Arquivo da Venerável Ordem Terceira do Carmo de Sabará, constituída em 1761, contém farta documentação cuidadosamente conservada pela irmandade ainda hoje muito atuante na cidade, possibilitando ao visitante conhecer a presença e a relevância da pregação na vida da irmandade. Na visita do Arquivo, pode-se contar com a assistência cordial e competente do Prior da Irmandade, o historiador professor José Bouzas, o qual colabora com os pesquisadores visitantes, fornecendo notícias acerca das notícias sobre atividades de pregação realizadas pela Irmandade. A consulta do Estatuto da Irmandade do Carmo de Sabará, é importante no que diz respeito à compreensão da ordenação das atividades de pregação no contexto das liturgias e procissões. No mesmo Arquivo encontram-se o Compromisso Da Irmandade Do Rosário dos Pretos, (Sabará, 1784); e o Compromisso Irmandade N.S. Do Amparo de 1748. O acervo representa um exemplo muito significativo do fato de que os grupos ou comunidades que possuam uma consistente dimensão cultural são sujeitos mantenedores e gerenciadores de sua própria memória histórica.

A dispersão da documentação referente à prática da oratória sagrada em Salvador

Apesar de grande parte das atividades de pregação terem ocorrido na cidade de  Salvador, os documentos não mais se encontram em acervos desta cidade. De fato, para todas as ordens religiosas nessa atuantes, a repressão pombalina, na segunda metade do século XVIII, acarretou o fechamento de noviciados e de conventos, ou a expulsão dos religiosos e, juntamente com isto, a expropriação do patrimônio incluindo-se livros e documentos contendo a memória histórica das referidas comunidades. Narraremos a seguir com mais pormenores a história das comunidades que atuaram no campo da pregação religiosa nessa cidade no período colonial, para melhor evidenciar à luz da consideração da riqueza e diversidade das atividades então desenvolvidas, a grave carência de documentação a respeito que caracteriza hoje os acervos baianos.

Os jesuítas, por sua presença difusa e por sua incidência destacaram-se no contexto da Bahia. No que diz respeito à difusão da prática da oratória sagrada e aos seus agentes no Brasil colonial, os jesuítas, especialmente na figura de Padre Antônio Vieira, foram a Ordem mais atuante. A Companhia chegou na Terra de Santa Cruz em 1549, junto com o primeiro Governador Geral Tomé de Sousa, dedicando-se principalmente à catequese dos índios e ao acompanhamento religioso dos colonos: desde os inícios, o ministério da palavra absorveu grande parte de suas atividades missionárias, iniciando-se na cidade de Salvador e nas aldeias indígenas do sertão baiano e posteriormente estendendo-se a outras regiões do país: São Vicente, Espírito Santo, Pernambuco, Maranhão, Amazônia, Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul. Após a expulsão e extinção da Ordem, a documentação toda foi confiscada, em parte destruída e dispersa e em parte preservada, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Esta ocorrência explica o motivo de encontrar-se na referida Biblioteca, grande parte dos documentos referentes à oratória sagrada jesuítica, impressos e manuscritos. De qualquer forma, a mais ampla documentação acerca da presença jesuítica no Brasil encontra-se no Arquivo da Cúria Geral de Roma.

Processo análogo aconteceu com os documentos da história da pregação da Ordem Beneditina no Brasil. Com efeito, muito limitada é a documentação que se encontra no Arquivo e na Biblioteca do Mosteiro São Bento de Salvador. Os beneditinos chegaram a Bahia em 1581, fundando uma abadia em 1584; em 1586 no Rio de Janeiro; em 1592 em Olinda; em 1596 em Salvador; posteriormente em São Vicente e Parnaíba (1643), Santos e Sorocaba (1660), Jundiaí (1668). Ao longo da invasão holandesa, suas abadias de Olinda e Paraíba foram destruídas. As atividades dos monges no Brasil, além do serviço litúrgico, envolviam pregação urbana e também o exercício do ministério da palavra junto aos índios, conforme pregam suas primeiras Constituições:

Mandamos aos Prelados que são ou forem nas Partes do Brasil trabalhem com toda a diligencia que em todas as casas haja um Monge, ou mais se puder ser que saiba a língua da terra, para poder confessar e doutrinar a gente dela, pelo muito fruto espiritual que disso se espera, que haja nas ditas partes por ser esse nosso principal intento de salvar as almas dos tais. (Documento da Junta de Pombeiro de 22 a 26 de agosto de 1596, onde se redigiram as primeiras Constituições da Província do Brasil, capitulo 9, p. 124: citado em Lohr, 1980, p.125).

O historiador Edres Lhor relata que os monges enviados em missão moravam nas aldeias indígenas (Lohr, 1980). O Dietario das vidas e mortes dos monges, que falecerão neste Mosteiro de São Sebastião da Bahia da Ordem do Príncipe dos Patriarchas S. Bento – crônica manuscrita redigida pelos monges desde os inícios da casa religiosa, a partir do ano de 1591 até o ano de 1815 - fornece notícias acerca das práticas de oratória sagrada e da biografia dos monges pregadores. Além disto, cita os textos de um grande número de sermões pregados e escritos pelos monges residentes em Salvador, parte dos quais, porém, não puderam ser localizados nos acervos. O Catalogo dos Bispos Gerais Provinciais Abades e mais cargos da Ordem de São Bento do Brasil, 1582-1975, guardado no Arquivo do Mosteiro, fornece também notícias biográficas e bibliográficas acerca de importantes pregadores desta Ordem atuantes em Salvador e em outras cidades brasileiras. Em 1764, Pombal proibiu a recepção de noviços nas corporações monásticas de Portugal e Brasil: a perda da documentação histórica da Ordem beneditina no período colonial é, portanto, mais uma conseqüência da política pombalina. Alguns historiadores (Lohr, 1980: Rocha, Amoroso, Valladares, Rego, 1982) relatam que a documentação permaneceu por um tempo nos arquivos da casa mãe em Portugal (Mosteiro de Tibães, perto de Braga), mas que posteriormente foi dispersa e destruída pelo movimento de secularização e anticlericalismo do poder político que assolou o reino lusitano no ano de 1834:

Então essa abundante documentação passou para mãos alheias (...) Todos os religiosos, sem exceção foram expulsos de seus conventos e fechados seus mosteiros. (...) Assim é que hoje nos encontramos diante do triste fato de ver espalhados pelas diversas bibliotecas de Portugal, os restos da documentação de todos os mosteiros que outrora existiam no Reino (Endres Lohr, 1980, p. 15).

O Convento de São Francisco em Salvador hospedava os frades de São Francisco, que chegaram ao Brasil em 1585, quando da criação da “Custódia de Santo Antônio”, em Olinda, fundando a seguir conventos em Paraíba, Igaraçu (Pernambuco), Salvador, Espírito Santo, Maranhão. A partir de 1659, dividiram-se em duas Províncias: a Província de Santo Antônio do norte e nordeste e a Custódia da Imaculada Conceição do Sul. A formação dos religiosos acontecia inicialmente no seminário de Olinda e, após a invasão holandesa, na Bahia. Seu curso de Artes abrangia lógica, física, metafísica, ética e matemática, ao passo que o curso de teologia dividia-se em teologia especulativa e moral. O modelo de pregação desta família religiosa baseava-se principalmente nos tratados sobre pregação do franciscano Francesco Panigarola, inspirados nos decretos tridentinos. No referido Convento de São Francisco não conseguimos encontrar a documentação das atividades sermonísticas desenvolvidas.

O Convento da Piedade era sede dos frades capuchinhos: esses estão entre os grandes protagonistas da pregação popular na Europa da Idade Moderna e também atuaram no Brasil, mesmo que de forma esporádica. Os primeiros capuchinhos franceses chegaram ao Brasil em 1612 e dependiam da Congregação romana Propaganda Fide, fundada em 1622. A partir de 1646 fixaram-se em Pernambuco, no Rio de Janeiro e no sertão do rio São Francisco. Em 1705 os capuchinhos italianos instalaram-se na Bahia, onde permaneceram até a expulsão em 1831, por decreto imperial. No Convento da Piedade, ainda hoje sede da comunidade, não conseguimos possibilidade de acesso à documentação, que parece não mais estar no dito local. (3)

Infelizmente, a documentação do Convento do Carmo, antiga sede dos carmelitas em Salvador, recentemente fechado e transformado em hotel, foi dispersa e em parte vendida a particulares, em parte transferida no Arquivo da Ordem no Brasil, em Belo Horizonte, onde porém não encontrou-se nenhum tipo de documentação sermonística, do período colonial. Os carmelitas chegaram com a armada de Frutuoso Barbosa, em 1580, e instalaram-se em Olinda, ali, em seu convento, a partir de 1596, havia cursos de teologia em língua brasílica. Fundaram residências em Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Pará e Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, Santos, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. Em 1641, foi instituída a Província brasileira de Santo Elias, que se dividiu em duas sub-províncias: a do Estado do Brasil e a do Maranhão. Dentre os carmelitas, encontram-se grandes pregadores tais como frei Antônio da Piedade, frei Eusebio de Mattos e frei Manoel Madre de Deus Bulhões, todos atuantes na Bahia.

A precária situação dos acervos baianos, no que diz respeito à história da oratória sagrada, evidencia que, dentre doutras circunstâncias como clima, tempo, falta de recursos, a perda ou o descuido com a documentação significativa para a história social, cultural e religiosa do Brasil, deve-se também à opressão e dispersão praticada ao longo do tempo pelas políticas estatais contra comunidades que desta história foram sujeitos, como também deve-se em alguns casos ao descuido e escassa consciência acerca do valor cultural e político da preservação de sua própria memória das instituições que atualmente representam essas comunidades.

Conclusão

Manter viva uma identidade cultural e preservar sua memória abre caminhos também para reconstruir sua história. Gostaríamos de concluir nosso percurso por alguns acervos históricos brasileiros, propondo considerações mais gerais sobre a importância da preservação da memória para a construção de uma história útil e expressiva de uma realidade de povo, ou de comunidade (de qualquer natureza esta comunidade seja: étnica, social, cultural, religiosa, etc...).

Existem relações profundas entre a identidade cultural de um povo, ou de uma comunidade, a preservação de sua memória e a elaboração da investigação histórica, expressão da busca da verdade que norteia cada sujeito historicamente atuante com una efetiva expressividade cultural e social, pois, como afirma Ricoeur, a “memória submetida à prova crítica da história não pode mais visar à fidelidade sem ter passado pelo crivo da verdade” (Ricoeur, 1998, p. 31).

Por um lado, a possibilidade do trabalho do historiador depende da existência de sujeitos com clara identidade cultural e do respeito e cuidado quanto às condições (internas e externas) de preservação da memória das experiências vivenciadas. Por outro lado, a reconstrução histórica proporciona uma possibilidade de aprofundamento das experiências vividas e preservadas, buscando atingir sua verdade histórica.

Esta colaboração entre história e memória é profundamente realizadora do humano e atua-se num cuidado cotidiano que brota da atenção e valorização de aspectos as vezes ínfimos da realidade: marcos da memória e sinais da história. A falta deste cuidado, que é responsabilidade de cada pessoa e de cada instituição, impossibilita a elaboração da história e, portanto, a indagação plenamente humana acerca do significado do caminho percorrido.

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Ricoeur, P. (1998). La marque du passé. Revue de métaphysique et de morale, 17 (1), 7-31.

Rocha, P., OSB; Amoroso, T., OSB; Valladares, C.; Rego, W. (1982). 400 anos do Mosteiro de São Bento da Bahia. Salvador: Edição do Mosteiro.

Sá, A., SI. (1750). Sermões Varios de Padre Antonio de Saa da Companhia de Jesus Offerecidos ao Illustrissimo e Excellentissimo Senhor Marques De Marialva por Manoel da Conceição. Lisboa: Officina de Miguel Rodrigues, Impressor do Excellentissimo Senhor Patriarcha.

Sequeira, A. (1758). Livro do vinde e vede e do sermam do dia do juizo universal em que se chama a todos os viventes para virem e verem humas leves sombras do último dia o mais tremendo, e rigoroso do mundo. offerecido ao serenissimo senhor D. Pedro Infante de Portugal pelo seu mais humilde criado Angelo de Sequeira pobre Missionário Apostolico e Prothonotario de Sua Santidade, do Habito de S. Pedro e Natural da Cidade de São Paulo. Lisboa: Officina de Antonio Vicente da Silva.

Trindade, B. (1841). Orações Sagradas offerecidas ao Serenissimo Senhor Dom João Príncipe Regente por Frei Bento da Trindade religioso agostiniano descalço, chronista da congregação, mestre jubilado e doutor na sagrada theologia pela universidade de Coimbra, missionário apostólico, qualificador do santo officio, examinador das três ordens militares, synodal do Arcebispo da Bahia, e Pregador da Real Capella de Bemposta. 3 v.. Lisboa: Typografia Rollandiana.

 

Vide, S.M. (1720). Constituições Primeyras do Arcebispado da Bahia feytas e ordenadas pelo Illustrissimo e Reverendissimo Senhor D. Sebastião Monteyro Da Vide, Arcebispo do dito Arcebispado e do Concelho de Sua Magestade, em o Synodo Diocesano que o dito Senhor celebrou em 12 de junho de 1707. Coimbra: Real Colegio das Artes da Companhia de Jesus.

Vieira, A. (1993). Sermões (G. Alves, Org.). Porto: Lello e irmão editores. 5 v. (Original de 1710).

Documentos de Arquivo

Catalogo Dos Bispos Gerais Provinciais Abades E Mais Cargos Da Ordem De São Bento Do Brasil, 1582-1975, Arquivo do Mosteiro Beneditino de Salvador.

Compromisso Da Irmandade Do Rosário Dos Pretos, Sabará, 1784, Erecta no Arrajal de Santa Rita Da Freguesia De Santo Antonio do Rio Assuna na Comarca de Sabará. Arquivo Ordem Terceira do Carmo de Sabará.

Compromisso Irmandade N.S. Do Amparo erecta na Igreja Matriz de N.S. Da Conceição de Villa Real do Sabará, Ordenarão e fizerão para o seu Governo no anno de 1748. Arquivo Ordem Terceira do Carmo de Sabará.

Dietario das vidas e mortes dos monges, que falecerão neste mosteiro de São Sebastião Da Bahia da ordem do principe dos patriarchas S. Bento, Pasta 425, Arquivo do Mosteiro Beneditino de Salvador.

Inventário de Manuscritos da Coleção Lamego e Coleção Almeida Prado, Arquivo Instituto de Estudos Brasileiros, Universidade de São Paulo.

Livro de Termos, 1788. Arquivo Ordem Terceira do Carmo de Sabará.

Livro dos Compromissos - Arquivo Ordem Terceira do Carmo de Sabará.

Livro dos Termos que ha de servir nesta Irmandade de Nossa Senhora do Amparo sita nesta Matriz de Nossa Senhora de Concepção de Sabará numerado e rubricado com a mais costumada rubrica, Vila Real, 9 de Agosto de 1740. (Assinado por Moutenço José De Queiroz Coimbra). Arquivo Ordem Terceira do Carmo de Sabará.

Anexo A - A Biblioteca do Pregador em Mariana

Angers (1771). Conférences Ecclésiastiques du Diocese D’Angers. Paris: Delatour. Cinco Tomos.

Anônimo. (1722). Idea de hum paroco instruido nas suas obrigações e instruindo as suas ovelhas na solida piedade. Tomo primeiro e terceiro. Lisboa: Regia Officina Typografica.

Anônimo. (1762). Conversações familiares sobre a eloquencia do pulpito onde segundo as doutrinas dos santos padres e melhores mestres se instrue em os principaes preceitos da oratoria cristã qualquer ecclesiastico que pretender ser perfeito ministro da palavra por hum religioso da p. de s. m. dada a luz por um amigo do autor. Lisboa: Manoel Manescal.

Barcia y Zembrana, J. (1748). Despertador Christiano de sermones doctrinales sobre particulares assumptos dispuesto para que buelva en su acuerdo el pecador, y venza el peligroso letargo de sus culpas, animandose à la penitencia, Cinco Tomos, su autor el illustrissimo e reverendissimo senhor dom Joseph De Barcia Y Zembrana, O Bispo De Cadiz, Y Algeciras. Madrid: Blas Roman.

Barcia y Zembrana, J. (1758). Despertador Christiano quadragesimal de sermones doctrinales para todos los dias de la quaresma com remissiones copiosas al despertador christiano de sermones enteros para los mismos dias, su autor el illustrissimo e reverendissimo senhor dom Joseph De Barcia Y Zembrana, O Bispo De Cadiz, Y Algeciras. Tomo Primero e Tomo Segundo. Madrid:Roman.

Beryerlinck, L. (1671). Magnum Theatrum Vitae Humana, Vol.s 3.

Bossuet, B. (1765). Oeuvres De Messier Jaques Benigne Bossuet Eveque De Demeaux. 22 Volumes. Liege: Les Libraries Associes (Contém anotação: “as obras de famoso Bossuet que se contem em 22 volumes em 8 edição são de uso de Francisco Cipriano De São José. generoza offerta que lhe fizeram os filhos do thesoureiro mor sr João Henrique De Sousa”).

Bossuet, J. B. (1768). Defensio Declarationis Conventus Clari Gallicani De Acclesiastica Potestate, Auctore Jacobo Benigno Bossuet, Episcopo Meldensi, Leodici Sumptibus Societatis. 21 Tomos; Cartaghena.

Bourdaloue SI (1726). Sermons du pere Bourdaloue, de la Compagnie de Jesus, pour les dimanches. Três tomos. Paris: Rigaud.

Bourdaloue, SI (1726). Sermons du pere Bourdaloue de la Companhie De Jesus, pour les dimanches. Paris: Rigaud.

Bourdaloue, SI (1757). Sermons du pere Bourdaloue de la Compagnie de Jesus, pour l’Avent. Lyon: Bruyset.

Bourdalue, L. (1779). Tomo primeiro de las dominicas del padre Luis Burdalue de la extinguida compania llamada de Jesus nuevamente traduzidas del frances al castellano segunda edicion. Tomo Quinto. Madrid: Blas Roman.

Breteville, Ab. (1749). Saggi di discorsi per ciaschedun giorno: Quaresima, Abbade Di Breteville recati novellamente dall’idioma francese nell’italiano. Tomos dois. Pádua: Stamparia del Seminario.

Breteville, Ab. (1753). Orditure e sermoni per tutte le domeniche dell’anno con le sentenze della Scrittura e de i Padri pertinenti a cada un argumento e moti discorsi interi sopra d’alcune domeniche del sig. Abade Di Breteville recate nuovamente dall’idioma francese all’italiano. Pádua: Stamperia Del Seminario. (Contém anotação: “Pertence Ao Bispo De Mariana Antonio Correa”).

Breteville, Ab. (1754). Orditure e sermoni, per l’Avvento, con le sentenze della Scrittura e de i Padri pertinenti a ciascun argumento, Sig. Abade Di Breteville, recate nuovamente dall’idioma francese all’italiano. Pádua: Stamperia del Seminario.

Breteville, Ab. (1756). Orditure e panegirici dei santi di tutto l’anno con le sentenze della Scrittura e dei Padri partenenti a ciascun panegirico del sig. Abade Di Breteville, recate nuovamente dal francese nell’italiano. Tomo um. Padua: Stamparia del Seminario.

Bretonneau SI (1749). Sermons du pere Bretonneau de la Compagnie de Jesus. Paris: Guerin.

Casini, F. M. (1746). Prediche dette nel Palazzo Apostolico Da Fra. Francesco Maria Casini D’ Arezzo Cappuccino Cardinale Del Titolo De Santa Prisca divise in tre tomi. edizione seconda correttissima. Veneza: Baglioni. (Contém nota: “Da Livraria Do Seminario Episcopal De Marianna”).

Chagas, A (1687). Escolas de penitencia e flagelos. Lisboa: Deslandes.

Chapelain (1768). Sermons ou discours sur differentes sujeits, p. Le Chapelain, pregador de leurs Mayestes Imperial. Paris: Sailant.

Cheminas, SI (1741). Sermons Du Pere Cheminas Dela Compagnie De Jesus. Dois tomos. Paris: Compagnie De Livraries.

Claus, I.I. (1750). Spicilegium Catechetico Concionatorum. Veneza: Baleoniana.

Clement, Ab. (1771). Panegyriques et orationes funebres par m L’abbe Clement. Três tomos. Paris: Veuve Desaints Librarie.

Clement, Ab. (1771). Sermons de m. l’abbe Clement, Mysteres. Dois Tomo. Paris: Chez La Veuve Desaint.

Clement, Ab. (1771). Panegyriques Des Saints Par M L’abbe Clement. Quatro tomos. Paris: Veuve Desaints Librarie.

Columbiere, C. SI. (1757). Sermons et preches devant son altesse royale, madame la duchesse de’ York par le r. p. Claude de la Columbiere, de la Companhie de Jesus. Cinco tomos. Lyon: Bruyset.

Crisostomo, J. (1693). Homilies Ou Sermons De S Joan Crysosotome.

Cristostomo J. (1741). Homelies De Saint Chrysostome Patriarche De Constantinople Sur L’evangile de S. Joao. Pari: Rouet.

Cruz, C. (1764). Pieces de l’eloquence, qui ont remporté le prix de l’academie française, depuis de 1751 jusque 1763, Três tomos. Paris: Reignard.

Dijon, N.D. (1740). Prediche per l’avvento, del m. r. p. Niccolo Di Dijon, Diffinitor Generale Capuchino tradotte dalla lingua francese nell’italiano ai Reverendi Padri Don Gaetano Travasa celebre oratore dei Teatini.Veneza: Storti.

Dijon, N.D. (1740). Prediche Quaresimali Tomo primo Del M. R. P. Niccolo Di Dijon Diffinitor Generale Capuchino. tradotte dalla lingua francese, nell’italiano ao Reverendi Padri Don Gaetano Travasa celebre oratore dei Teatini. Veneza: Storti.

Dolera, A. (1752). Quaresimale dedicado a Sua Excelencia Agostino Maria Della Rovere. Venezia: Stamparia Baglioni. (Contém a notação: “Livraria Do Bispo De Mariana”).

Feo, F. A (1612). Tratados quadragesimais e da paschoa, autor padre Francisco Antonio Feo da ordem dos pregadores da provincia de Portugal pregador geral examinados por sua Magestade das tres ordens militares, dividido em duas partes. Lisboa: Rodrigues. (Contém anotação “Livraria Episcopal De Mariana”).

Flechier, E.E. (1775). Panegyriques, sermons, discourses et oraisons funebres, de Essier Esprit Flechier; Eveque De Nimes. Três tomos. Lyon: Brusset.

Flexier M. (data ilegível). Compendio das orações funebres de M. Flexier, bispo de Nimes, vertidos de frances em portugues por José Manoel Ribeiro Pereyro. Lisboa: Manoel Rodriguez.

Freitas, M.J. (1777). Arte de pregar ou verdadeiro modo de pregar, segundo o espírito do evangelho, traduzido da francez em portuguez, por Miguel Joaquino De Freitas, nova edicção correta emendada e augmentada de hum discurso preliminar sobre a eloquencia. Lisboa: Typografia Rollandiana. (Contém anotação: “Dom Silverio Gomes Pimenta”).

Fromentiere, G. L. (1740). Panegirici, sermoni, discorsi, ed orazioni di Monsignore Giovani Luigi De Fromentiere, Vescovo De Ayre, e predicatore ordinario della maestá cristianissima di Luigi XIV, tradotte dal francese. Dois Tomos. Veneza:Baglioni.

Granada L. OP. (1766). Quartus Tomus Concionum de Tempore quae a Pascha Dominicae Resurrectionis ad Sextum usque Sanctissimi Corporis Christi habentur Auctore Rpf Ludovico Granatensi Sac. Theol, Prof. Monaco Dominicano. Valença: Officina Viduae Josephi De Orga.

Granada L. OP. (1766). Secundus Tomus Concionum de Tempore quae ab initio Quadragesimae usque ad Quartam Eius Dominicam haberi solent Auctore Rpf Ludovico Granatensi Sac. Theol, Prof. Monaco Dominicano. Valença: Officina Viduae Josephi De Orga 1766.

Granada L. OP. (1766). Tertius Tomus Concionum de Tempore quae A Dominica IV Quadragesimae ad ejus usque finem haberi solent quibus accedunt quinque de poenitentia Conciones quae diebus Dominicis in Quadragesima horis pomeridianis habitae sunt Auctore Rpf Ludovico Granatensi Sac. Theol, Prof. Monaco Dominicano. Valença: Officina Viduae Josephi De Orga 1766.

Granada L. OP. (1768). Sextus Tomus Concionum De Tempore Quae A Dominga Xvi Post Pentecostem Usque Ad Initium Dominici Adventus In Ecclesia Habentur Adjectae Sunt Duas Conciones Quarum Altera Ad Mortuorum Funera, Altera Ad Communes, Quae In Vita Accidunt, Calamitates Deservit Deinde Explicatio Copiosior Concionis De Officio Et Moribus Episcoporum, Aliorumque Praelatorum Auctore Rpf Ludovico Granatensi Sac. Theol, Prof. Monaco Dominicano. Valença: Officina Viduae Josephi De Orga.

Granada L. OP. (1769). Rpf Ludovici Granatensis Dominicani, Sc. Theol Prof, Concionum De Praecipuis Sanctorum Festis Tomus Primus E Tomus Segundus Curante Joh. Baptista Munnozio Valentino Doctore Theologo. Valença: Officina Viduae Josephi De Orga.

Granada L. OP. (1769). Rpf Ludovici Granatensis Dominicani, Sc. Theol Prof., Concionum De Praecipuis Sanctorum Festis, Tomus Tertius Accedit F. Ludovici Galianae Eiusdem Instituti Sac. Theol. Prof.; Commentarius De Scriptis Eiusdem Granatensi Curante Jph. Baptista Munnozio, Valentino Doctore Theologo. Valença: Officina Viduae Josephi De Orga.

Granada L. OP., (1766). Primus Tomus Concionum de Tempore que a Primeira Dominica Adventus usque ad Quadragesima initium in Ecclesia haberi solent. Auctore Rpf Ludovico Granatensi Sac. Theol, Prof. Monaco Dominicano. Valença: Officina Viduae Josephi De Orga. (contém a seguinte nota: “Da Livraria dos Bispos de Marianna”).

Granada, L. (1757). Obras Del Padre Luis De Granada, Dezesseis tomos.

Gratch, V. (1764). Panegyrico Do Beato Idesbaldo, Vander Gratch Ministro De Estado De Thierry, Ordem Cister Pregado Em 1764 Na Abbadia De Sauchois.

Griffet, H. (1776). Sermons pour l’avent, le careme et les principales fetes; de l’année par le r. p. H. Griffet de la Compagnie de Jesus, predicateur ordinaire de sa Majesté. Quatro Tomos. Paris: Rouet.

Groust SI (1742). Sermons du pere Groust, de la Compagnie de Jesus. Dois Tomos. Bruxelles: Eugene Henrick.

Houdry, V. SI. (1767). Bibliotheca Concionatoria Complectens Panegyricas Orationes Sanctorum Tomus Tertius in quo continentur panegyrici sanctorum diversis ordinis e characteris e gallico sermone in latinum translati. Veneza: Typographia Balleoniana. (Contém nota manuscrita: “Da Livraria Episcopis De Marianna”. Várias Cópias (3).

Houdry, V. SI. (1772). Bibliotheca Concionatoria Complectens Mysteria Domini Nostri Et B. Virgini insuper caeremonias, consuetudines et Ecclesiae Placita e gallico sermone in latinum translati, Tomus Primus In Quo Continetur Mysteria Domini Nostri Ab Incarnatione Ad Passionem Inclusive Editio Novissima. Veneza: Typographia Balleoniana.

Ioannis, F. (1622). Homiliae Sacrae cum Catholicae. Veneza: Typographia Balleoniana.

Jard (1768). Sermons por l’avvent, le caresme et les principales festes de l’anne, par le p. jard, Quatro tomos. Paris: Saillant.

Jard, P. (1768). Sermons pour l’ avent, le careme et les principales fetes de l‘année, par le pere P. Jard, Doutrinarie. Cinco tomos. Paris: Saillant.

Jerome, M. (1765). Sermons et homelies sur les mysteres de Notre Seigneur E De La St. Vierge et sur d’autres sujeits, M. Jerome De Paris. Três tomos. Paris: Didot (Nyon: 1742).

Lafiteau, M. (1754). Sermones De M. Lafiteau, o bispo de Sisterons, traduzidos del idioma frances ao espanhol, por dom Francisco Jacinto de Narva., Quatro tomos. Valencia: Dolz. (Contém anotação: “Biblioteca Do Bispo”).

Latourdupin, R. (1764). Sermons De Messier Jaques Françoise René De Latourdupin. Dois tomos. Paris: Regnard.

Lohner R. T. (1738). Instructiones Biblioteca Concionator. 5 Vol.

Marcantio, J.Horts Pastorum Sacrae Doctrinae. Veneza: Typographia Balleoniana.

Massillon, M. (1744-1775). Sermons de M. Massillon Évêque de Clermont ci-devant prêtre de l’Oratoire. Paris: Les Frères Estienne et Delalain. (1.Caresme: dois tomos, 1744; 2. Advente, 1770; 3 Mysteres Et Fetes, 1744).

Massillon, M. (1770). Sermons de M .Massillon, Eveque de Clermont ex Oratorio. Paris: Herissant-Etienne.

Massillon,. M. (1750; 1755). Prediche de Maria Massillon, Vescovo Di Clermont, Fu Prete Dell’oratorio, Tomos: 1.Avvento 1755 e 2. Quaresimale 1750. Dois Tomos. Veneza: Simone Occhi.

Massillon,. M. (1753). Prediche di Maria Massillon Vescovo De Clermont sopra i principali doveri degli Ecclesiastici. Veneza: Simone Occhi.

Mere M. (org.,1741). Homilies De Saint J Chrysostome. Quatro Volumes.

Montargon J. (1752-1768). Dicionarie Apostolique a l’usage de Mem les Curates. Doze Volumes.

Mureti, M. A .(1777). Orationes et epistolae, necnon praefationes, que extan in Jacob Thomasius editionibus, in usum scholarum selectae tomus 1, orationes eiusdem continens. Veneza: Pazzana. (Contém a nota: “Da Livraria Do Padre Luis Antonio dos Santos”).

Neuville, Ch. F. (1776). Sermons Du Pere Charles Frey De Neuville. Paris: Merigot.

Neuville, Ch. F. (1776). Sermons du Pere Charles Frey de Neuville, Tomos 8, (Advent, 1776, Careme, 1776, Mysteres, 1776, Panegyriques, 1776, Retraite Spirituale Et Exhortations, 1776). Paris: Merigot. (Conté anotação: “Joao Paulo Ferreira,Padre Joao Paulo Ferreira De Sousa, Do Cenaculo De Caraça”).

Pacis, J. V. (1729). Elucubrationes Diversae Tribus Voluminibus Distinctae. Colonia, Allubrugum et Lugduni: Apud Fratres de Tournes.

Paoletti, A (1724). Quadragesimalae sive discursus praedicabiles, in omnes totius quadragesima dominicas et ferias. Opera et Studio Augustini Paoletti Ss Theologia Doctoris Eximii, Ordines Eremitanos Augustini Provinciae Senensi Prioris Provincialis, Colonia: Agrippina Collen. (Contém a nota: “Livraria Episcopal De Mariana”).

Paoletti, A (1724). Sanctuarium hoc est sermones utilissimi, in omni conceptum genere refertissimi, panegirici sanctorum omnium corum memoriam sive solemnitate per totius anni de cursum celebrati opera et studio Augustini Paoletti, Ss. Theologia Doctoris Eximii Ordines Eremitanos Augustini Provinciae Senesni Prioris Provincialis. Colonia: Agrippina Collen. (Contém a nota: “Livraria Episcopal De Mariana”).

Pauli, S. (1751). Orazione del molto reverendo Padre Sebastiano Pauli della Conversazione della Madre di Dio. Storico Del Sacro Militar Ordine Gerosolimitano, edizione sesta accresciuta e da molti errori corretta. Veneza: Bettinelli. (Contém anotação: “Livraria Do Bispo De Mariana”).

Rapin, Ab. (1725). Oeuvres Do P. Rapin qui continennet reflections sur l’eloquence, la poetique, l’histoire, et la filosofie. Nouvelles Editions. Dois Tomos. La Haye: Gessu.

Recurti, G.B. (1750). Prediche Quaresimali scritte e dette sotto la protezione di San Tommaso D’Aquino Angelico Inclito Dottore di S. Chiesa, e nel pubblicare umiliati con profondissimo ossequio alla sacra maestá di Carlo Emmanuele Re di Sardegna ecc...Carlo Francesco Badia, Sacerdote Secolare Patricio Anconitano e dell’inclita abbazia della Novalesa di niuma diocesi, Abbade Commendatario. Turin e Veneza: Andrea Poletti. (Contém a anotação: “De Joan Annibali”).

Regnier, B. (1761). Sermons de Dom Regnier Benedicti, de la Congregation des Exempts, Tomos. Lyon: Jbr Guilliat. (Contém anotação: “Livraria Episcopal Mariana”).

Salles, Fr. (1754). Sermones Familiares compuestos por são Francisco De Salles, o bispo e principe de Ginebra, traduzidos del idioma frances ao espanhol por dom Floriano De Anison, dedicados ao mesmo glorioso santo. Madri: Roman.

Segaud, SI (1750). Sermons Du Pere De Segaud Dela Companhia De Jesus, Avent. Três tomos. Paris: Jp. Coignard.

Segneri, P., SI. (1717). Quaresma del Padre Paolo Segneri dela Companhia de Jesu Predicator de nuestro Santissimo Padre Innocencio XII e su Theologo. (traduzida de la lingua toscana en la castella por el Dotor Antonio de Las Casas). Dois Tomos. Madri: Imprensa Real.

Segneri, P., SI. (1724). Quaresma del Padre Paolo Segneri dela Companhia de Jesu Predicator.(Traduzida por El Doctor Antonio De Las Casas). Dois Tomos. Barcelona: Ferrer.

Segneri, P., SI. (1742). Quaresimale del Padre Paolo Segneri della Compagnia di Gesú. Veneza Baglioni.

Segneri, P., SI. (1758). Opere del Padre Paolo Segneri della Compagnia di Gesú istruite in quattro tomi  come nella seguente pagina si dimostra con breve ragguaglio della di lui vita. aggiuntesi in questa seconda edizione le lettere sulla materia del probabile. Tomos dois. Venezia: Baglioni. (Contém a anotação: “Dom Silverio Gomes Pimenta”).

Segneri, P., SI. (1777). La Manna dell’anima, 5 Volúmes. Veneza: Baglioni.

Sermoes De Pascoa, Pregados Em Lisboa, Seculo XVI. (manuscritos)

Soler, A. L., OFM. (1763). Prompta Bibliotheca Canonica Juridica Moralis Theologica Ascetica, Polemica Rubricistica Historica. Bolonha e Veneza: Storti. Quatro volúmes.

Spanner, A., SI.(1709) Polyanthea sacra, ex universi sacri escritori utrusque testamenti figuris symbolis, testimonis nec nona et selectis autoris patrum aliorumque authorum et copiosis exquisitisque materii moralibus, de virtutibus et viciis pro concionibus efformandis adornata atque ad communem sacrorum prasertim oratorium utilitatem in lucem aedita labore et studio. Veneza: Hertz. (Contém a nota: “He Do Seminario De Mariana)”.

Spinola, F. A., SI. (1738). Compendio delle meditazioni sopra la vita di Gesú Cristo per ciascun giorno dell’ anno del Padre Fabio Ambrogio Spinola della Compagnia Di Gesú con le meditazioni appartenenti alla vita purgativa del medesimo autore poste distesamente nel fine ed una breve istruzione per bem meditare cavata dagli Esercizi Di Sant’ Ignazio Di Loyola. Veneza: Simone Occhi.

Spinola, F. A., SI. (sem data). Compendio delle Meditazioni del Padre Fabio Ambrogio Spinola della Compagnia di Gesú, 2 Volumes. Veneza: Baglioni.

Surian, M. (1778). Sermons de Md Surian, Eveque de Vence, pretre de L’oratoir Petit Caresme. Paris: Nyon.

Torné, Ab. (1765). Sermones prechés devant le roi pendant de la caresme de 1764; Par Abbé Torné. Dois Tomos. Paris: Saillant.

Tourdupin, R. (1778). Sermoens De Jacques Francisco Rene De La Tourdupin, Abade Commend. De Nossa Senhora De Anburnai Pregador ordinario de sua magestade, traduzido em portugues. Quatro tomos. Lisboa: Bulhoes. (Contém anotação: “Augusto De Correia”).

Trublet, M. (1755). Panegyriques Des Saints precedes de reflections sur l’eloquence, en general et sur elle de la chaire en particulier, Par Messier Abbé Trublet, Arquidiacono. Paris: Briasson.

Vanalesti, S., SI. (1742). Prediche Quaresimali del Padre Saverio Vanalesti, Della Compagnia Di Gesu. Veneza: Pasquali. (Contém a notação: “Livraria Do Bispo De Mariana”).

Vários Autores (1747). Universalis Concionandi Scientia seu Dictionarium Morale, ubi alphabeto ordine invenire est quidquid Graeci, Latinique Patres Sacrorum Bibliorum interpretes, Theologi e Concionatores tum Galli, cum Itali, Aliorumque Gentium solidius, atque curiosos in verii morum discipline argumentis dixere ex Gallico Sermone Latini Reditum. Veneza: Typographia. Baleoniana.

Vaugirauld, J. (1771-1776). Conferences D’Angers Sur Les Dons de Dieu, Vol 1, 1776, Conferences D’Angers Sur le Mariage, 1771 Vol 2; Conferences D’angers sur de les cas reservés, Vol 2, 1771; Conferences D’angers sur de les cas reservés, Vol.3, 1771; Conferences Ecl.Du Diocese  D’angers, Vol 1, 1776.

Vieira, A (1679–1694). Sermones Do Antonio Vieria Da Compagnia De Jesus Pregador De Sua Magestade. Oito tomos. Lisboa: Miguel Deslandes.

Vivian, M. (1717; 1729). Tertullianus Praedicans., Pdua: Typographia Seminarii. Dois Tomos.

Voragine, J., OP (1712). Sermones Aurei em Dominisca et Ferias Quadragesime, Antuerpia: Hentico Cornelio Verussen.

Vossii, G.J. (1721). Rhetorices Contractae Sive Partitionum Oratoriarum Libri Quinque. Lipsia: Weidmanni.

Vrai. M.J.B. (1695). Homilies ou explications litterales. Cinco volumes.

Zuanelli, G. (1752). Le Prediche Quaresimali. Veneza: Baglioni.

Anexo B: Lista de Livros de Frei D. Pontenevel Bispo de Mariana (1779-1793)

A Lista é preservada no Arquivo da Cúria de Mariana:

1. sermões de Vieira ed. de 1679 em 19 tomos; 2. Institutio concionatorum de Alex. Natalis,  1 tomo, Delphi, 1701; 3. frei Manoel da Epifhania, Verdadeiro Methodo de pregar, 1 tomo, 4 ed. Lisboa, 1759; 4. Bartholomeu do Quental, Sermões 1 tomo, 4 ed. Lisboa, 1741; 5. Formentieri, Giovanni, Luigi, Panegiricos e sermones, 3 tomo, 4 ed, Venezia, 1745; 6. Abbade de Breteville, Sermones, 6 tomos, 4 ed, Padova, 1754; 7. Badia Carlo Francesco, Sermones, dois tomos, 4 ed Venezia, 1750; 8. Sebastiano Paulo, Orationi, um tomo de quatro, Venezia, 1751; 9. Agostino Maria della Rovere, Sermoni, um tomo, Venezia, 1752; 10. Gaetano Zuanelli, Le prediche, um tomo, Venezia, 1752; 11. Vanalenti Saverio, Prediche, um tomo, Venezia, 1742; 12. Marcus Antonius Murettus, Orationes et epistholae ad usum scholariourum, dois tomos, Venezia, 1782; 13. Seneca, Opera omnia, dois tomos Venezia, 1695; 14. Esprit Flechier, Sermones, cinco tomos, Lyon, 1752; 15. frei Sebastião de Sant’Antonio, Sermones, um tomo, Lisboa, 1764; 16. Segaud, Sermones, seis tomos, Paris, 1750; 17. Luis de Granada, Obras em espanhol e em latin, quatro de vinte e sete tomos, Madrid, 1756; 18. Bernard Lamy, Art de parler, um tomo, 1757; 19. Claude Colombiere, Sermones, seis tomos, Lyon, 1757; 20. La Rue Sermoens, quatro tomos, Lyon, 1751; 21. Bretoneau, Sermones, cinco tomos, Paris, 1749; 22. Collet, Sermoens, dois tomos, Lyon, 1763; 23. Cheminay, Sermons, três tomos Paris, 1741; 24. Giroust, Sermons, três tomos, Bruxelles, 1742; 25. Chaucemer, Françoies, Sermons,um tomo, Paris, 1709; 26. Trublet, Panegyriques, um tomo, Paris, 1755; 27. Antonio Manuel Pacheco, Discursos políticos, éticos, etc., um tomo Lisboa 1777.

Notas

(1) Agradecemos a Fapesp e o CNPq cujos auxílios financeiros possibilitaram a realização desta pesquisa. [volta]

(2) Uma exposição extensa acerca da contribuição da oratória sagrada para a elaboração do saber psicológico no período colonial e das conceituações acerca da possibilidade de mobilização do dinamismo psíquico pela palavra pregada poderá ser encontrada no livro de Massimi, M. (2005). Palavras, almas e corpos no Brasil Colonial. São Paulo: Loyola. [volta]

(3) Uma consulta aos responsáveis do Arquivo Geral da Ordem em Roma assinalou a possibilidade de encontrar no referido arquivo a documentação procurada, o que implicará na necessidade de desenvolver futuras pesquisas no referido local. [volta]

Nota sobre a autora

Marina Massimi, formada em psicologia pela Universidade de Padova (Itália), mestra e doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo, docente junto ao Departamento de Psicologia e Educação da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, Campus de Ribeirão Preto; especialista em história da psicologia e das idéias psicológicas. Contato: mmassimi3@yahoo.com

 

Data de recebimento: 04/01/2006
Data de aceite: 29/04/2006

 

Memorandum 10, abr/2006
Belo Horizonte: UFMG; Ribeirão Preto: USP
ISSN 1676-1669
http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a10/massimi04.htm

 

 

 

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