A presente
contribuição (1) se articula em duas partes: A primeira, de caráter
epistemológico, se refere à fenomenologia e às ciências humanas. A segunda
apresenta a relação entre pesquisa científica e postura ética, passando
pela investigação no âmbito da antropologia filosófica como nexo entre
elas.
1.
Examinemos a relação entre o método fenomenológico e
psicologia. Como sabemos, quando Husserl começa suas pesquisas, a
psicologia e as chamadas ciências do espírito (ou, na expressão
anglo-saxã, ciências humanas) estavam se inserindo no ambiente
positivista característico da cultura alemã do final do século XIX. A
fenomenologia assumiu a tarefa de tematizar a exigência de fundamento
filosófico que desse um terreno de suporte tanto para a psicologia
quanto para as ciências do espírito.
A psicologia, naquele momento, buscava um método de
pesquisa e havia duas linhas de produção: tomar a mesma forma das ciências
físicas e matemáticas ou escolher uma linha humanista. As conseqüências
dessas escolhas ainda hoje estão presentes. A segunda via originou a
abordagem de pesquisa qualitativa.
No momento em que a fenomenologia de Husserl nasce, a
relação com a psicologia já está presente (cf. Husserl 1901/1991).
Matemático de formação, Husserl se interessa muito pela
filosofia e tem Franz Brentano como mestre, em Viena. Este, filósofo de
postura clássica que nutria grande interesse pela nascente psicologia, era
partidário de uma interpretação qualitativa (Brentano, 1874/1997).
Husserl começa a formar sua fenomenologia partindo de uma
base psicológica. A psicologia teve uma influência notável na sua
produção: na elaboração do método – que, naturalmente é filosófico –
formado de dois momentos fundamentais chamados por ele de “redução”.
Redução significa que se tira alguma coisa e coloca-se a atenção sobre
outra.
O primeiro passo é a redução à essência. Ao falar em
essência Husserl considera possível, ao ser humano, apreender, colocar em
evidência o que é essencial. Claro que com dificuldades: não é uma tarefa
simples, mas é possível captar a essência através de uma tarefa preliminar
de redução.
Mas essência de quê? De todas as coisas. (Aqui, o termo
“coisas” não tem um significado somente físico). Mas Husserl se interessa,
sobretudo, por aplicar essa redução à subjetividade humana. Sua importante
reflexão se refere a um tema que vinha sendo considerado em toda a
filosofia moderna: quem é esse que realiza a operação do conhecimento e da
própria filosofia? Quem é o ser humano que filosofa, que percebe o sentido
da realidade? Então, trata-se de examinar a esfera da subjetividade para
se ter a compreensão de toda a realidade que transcende a própria
subjetividade (natureza, ciências, Deus, por exemplo).
É o que Husserl realiza no primeiro momento, denominando de
“escavação arqueológica” (Cf. Ales Bello, 1998, 2004). Podem-se
fazer duas comparações: a de um explorador à procura de um caminho para
chegar a um ponto, e a do arqueólogo que escava a interioridade para
captar o sentido da realidade.
É justamente pela subjetividade que Husserl vai adentrando
um novo território. Em seus últimos escritos, redigido em 1936-37, Husserl,
no final da vida, como num testamento espiritual localiza sua posição
intelectual na história da filosofia ocidental (2). E ele se considera
dentro e fora da filosofia ocidental, por ter identificado o tão
buscado ponto de origem num novo terreno do ser, num novo território da
subjetividade. (Husserl, 2004).
Como a subjetividade vem a ser interpretada? Através de uma
complexa estratificação de momentos, ele inclui um elemento fundamental: a
esfera das vivências.
O termo “vivência” é adequado para traduzir a palavra alemã
Erlebnis utilizada freqüentemente por Husserl. Outras línguas, não
tendo esse termo, têm de usar a forma “aquilo que é vivido” ou
simplesmente “o vivido”; mas o particípio do verbo não expressa essa forma
substantiva da vivência.
Que são essas vivências, esse novo terreno que
Husserl apresenta? Didaticamente, proponho que se imagine uma espécie de
placa de vidro transparente sobre a qual se inscrevem as vivências. Ele
nos propõe refletir sobre o fato que nós, partindo dos atos perceptivos,
nos damos conta de ter consciência.
Husserl identifica essa esfera das vivências começando pela
vivência do ato perceptivo (diferenciando-o, por exemplo, do ato de
recordar), mas identifica a especificidade também de atos como os de
pensar, julgar, fantasiar, que – mantendo a imagem utilizada há pouco –
vão sendo escritas na placa de vidro. Husserl define esse território como
dimensão transcendental (já destacada pela filosofia alemã
precedente, mas interpretada por Husserl desse novo modo).
Através desse darmo-nos conta, dessa tomada de consciência,
chegamos às esferas constitutivas do ser humano. Daqui podem-se tirar
indicações importantes para uma antropologia filosófica, e é justamente o
que Husserl (1913/1992 e 1952/2002) faz em sua obra “Idéias para uma
fenomenologia pura e uma filosofia fenomenológica”, particularmente no
segundo volume. Ali se delineia uma antropologia filosófica de base
fenomenológica: daquela análise da consciência se chega à estrutura do ser
humano através da distinção qualitativa dos atos, estes agrupados em
diversas esferas.
Foram identificados atos perceptivos – referidos à esfera
da corporeidade – e sua análise conduziu à compreensão do corpo
vivo: corpo animado pela dimensão psíquica. Toda a análise das
vivências referidas à dimensão psíquica remete a outras vivências que
indicam uma nova esfera: a esfera do espírito.
Essa antropologia filosófica de base fenomenológica foi
desenvolvida principalmente por Edith Stein (1922/1999a; 1932-33/2000),
que começa justamente da análise das vivências para encontrar uma base não
somente para a constituição ou estrutura do ser humano, mas para a
compreensão daqueles territórios que as ciências humanas e a psicologia
buscavam pesquisar.
O que é a psique? Como dar uma base interpretativa, no
sentido filosófico, à dimensão da psique? O que são as ciências humanas,
as ciências do espírito? Mas o que é espírito? É necessária uma descrição
essencial dessa dupla versão: uma versão filosófica para a constituição do
ser humano e uma versão epistemológica para compreender quais são os
territórios das ciências humanas. A antropologia filosófica fenomenológica
nos permite uma abordagem interior para compreender a estrutura do ser
humano e também suas atitudes cognitivas e práticas (3).
Nessa complexa estratificação e tripartição – dimensões da
corporeidade, da psique e da do espírito – encontramos respostas que se
referem à nossa atitude individual mas que se abrem a uma dimensão
intersubjetiva, importante para se chegar a uma dimensão
comunitária. Esta última é justificada através das vivências vividas
reciprocamente e, particularmente, pelo ato da empatia ou entropatia:
capacidade de captar a alteridade. As análises de Husserl e principalmente
de Stein (1925/1999b; 1932-33/2000; cf. Ales Bello, 2000) permitem
justificar em nível filosófico descritivo essencial a estrutura da
associação humana, em particular a estrutura da comunidade e da sociedade
humana até chegar às análises que se referem à estrutura estatal política.
Abre-se, então, o problema do comportamento e, portanto, a
dimensão ética. (4)
Neste grande terreno da ética precisamos considerar a
complexidade do ser humano em suas estratificações – por um lado a
unidade, mas por outro lado a tripartição – para compreender o
comportamento humano no nível intersubjetivo.
A análise das vivências de caráter psíquico (impulsos,
tendências, tomadas de posição espontâneas, instintos) indica, segundo que
elas simplesmente nos “acontecem”, estão ali, nos são dadas juntamente com
nossa corporeidade (Stein, 1922/1999a). A consciência de atos de caráter
voluntário, ou atos de caráter cognitivo, são qualitativamente diferentes
daqueles de ordem psíquica ou de ordem física. Diversos fenomenólogos
(como Husserl, Stein e Conrad-Martius) têm feito comparações entre o mundo
vegetal, animal e humano. Para delinear o ser humano é necessária essa
comparação, tê-la como pano de fundo, justamente para contemplar as
diferenças; e isso pode justificar aquela afirmação de que o ser humano é
um ser espiritual: capaz de atos cognitivos, de caráter intelectual e de
caráter voluntário, que delineia uma esfera em que há liberdade.
E aí nasce a questão da ética, ou especificamente da moral,
porque se trata de assumir um comportamento, de avaliar as possibilidades
de assumi-lo, de escolher critérios e de decidir realizá-los ou não. É o
chamado ato de fiat: um ato espontâneo e livre, realizado por
motivações profundas (Stein, 1922/1999a). Somente o ser humano é capaz
dele. Nem sempre os seres humanos o colocam em ato, mas todos têm
condições de fazê-lo. Trata-se de uma possibilidade importantíssima para a
realização da vida humana.
Que é a vida moral? Para todo ser vivo, o importante é a
realização da vida; e no caso humano – um ser espiritual, consciente – é
necessária a realização da vida moral. Por que macaco não se suicida?
Porque não se pergunta sobre o significado da existência, e então não
elabora um projeto existencial. O ser humano é capaz de tomar sua vida em
mãos, analisá-la, identificar os critérios fundamentais para sua
realização. É sobre isso que a moral se fundamenta; não somente como
responsabilidade do ser humano sobre si mesmo, mas também como
responsabilidade diante dos outros, na dimensão intersubjetiva.
Então, como escolher? Como escolher uma realização da vida?
Mas de que vida? Vida a todo custo? Quais são os custos? São questões
muito importantes para resolver, questões de caráter político.
A comunidade é o lugar da realização da própria vida, mas
também da vida de outros. Somos responsáveis não só pela própria vida, mas
também pela vida de outros. Se uma ligação deste tipo não se estabelecer,
caímos no que Edith Stein chama de “massa” (1922/1999a, 1925/1999b; cf.
Ales Bello, 2000). Temos massa quando há apenas a afirmação de ligações
psíquicas. Essa análise poderia ser aplicada tanto à experiência amorosa
quanto às experiências comunitárias. Experiência de amor ou vinculações
comunitárias têm caráter espiritual e conferem valor à própria vida e à de
outros.
Naturalmente, nos
referimos aqui a um ideal, mas este precisa ser cultivado e mantido como
referência, como um critério, como um farol a alcançar, dentro de uma
projetualidade pessoal e coletiva.
2.
Gostaria de indicar como esse aspecto pode e deve estar
presente na pesquisa científica.
Antes de mais nada, no andamento da pesquisa mesma
há necessidade de valores como honestidade intelectual, disponibilidade
para revelar o que se apresenta com uma atitude livre de qualquer
preconceito e desejoso de compreender como as coisas são, sem adaptá-las à
própria pesquisa, aos próprios objetivos, aos próprios interesses e a
finalidades pré-constituídas.
Deste ponto de vista, a fenomenologia tem uma profundidade
ética extraordinária, justamente na eliminação dos preconceitos.
Colocar entre parênteses significa assumir uma atitude de grande
disponibilidade. Note que não se trata negação, mas de suspensão.
Estar disponível para colocar-se nessa perspectiva é uma primeira
honestidade intelectual. Por que é necessário que entremos no processo?
Justamente porque o processo depende de minha responsabilidade pessoal.
Porém nós trabalhamos em comunidade, na comunidade
científica; e ela precisa ser respeitada. E não abarca somente o presente:
é também comunidade de todos os pensadores do passado, em relação aos
quais nós temos de assumir a mesma atitude de disponibilidade, abertura e
respeito, sem projetar aquilo que nos agrada no pensamento deles. É um
grande esforço de compreensão. A limitação humana brota sempre. De fato,
não podemos chegar a compreender plenamente, mas devemos buscar
compreender, ler compreendendo ao invés de nos apropriar do que os outros
dizem. Citar as fontes é um grande sinal de honestidade intelectual e,
infelizmente, notamos que freqüentemente isso não acontece. Não se trata
de nos afirmarmos como grandiosos, mas de saber realmente o que é a
verdade, de buscá-la.
Eis o sentido da comunidade: sair de si, de modo que cada
um possa contribuir. Deste ponto de vista, a escola fenomenológica de
Husserl dá um belo exemplo. Ele queria trabalhar desse modo, queria
trabalhar com discípulo aos quais confiava tarefas de pesquisa e reunia os
resultados no seu Anuário. “Ser e Tempo” de Martin Heidegger e os
primeiros textos de Edith Stein, assim como os Hedwig Conrad-Martius,
foram primeiramente publicados no Jahrbuch für Philosophie und
phänomenologische Forschung.
Consideremos agora, a importância do resultado da
pesquisa.
Os resultados têm validade e podem mostrar sua verdade
quando divulgados. A apresentação dos dados revela se a necessidade do
pesquisador de se voltar à verdade está presente ou não. Na apresentação
podemos verificar também a aplicabilidade dos resultados: se os dados
funcionam, se são efetivos. Ali vemos imediatamente se no trabalho há
atitudes reducionistas. Se a complexa estratificação humana citada há
pouco tem algum de seus elementos negados, na aplicação notamos que os
resultados não são válidos.
Eis alguns exemplos: Permanecendo no campo da Psicologia,
Psiquiatria ou Psicopatologia (5) consideremos a complexidade do ser
humano: ser corpóreo, psíquico e espiritual. Precisamos nos perguntar o
que é a psique, e abre-se um problema: a psique pode cobrir todo o campo,
também aquele definido como espiritual? Esse é um problema decisivo no que
tange o cuidado humano, e portanto da psicoterapia também. É um problema
importantíssimo, seja no nível da práxis psicológica, como nos estudos
teóricos desenvolvidos ao longo do século XX. E o reducionismo, que quer
dizer aqui? Considerar o ser humano, por exemplo, apenas como um ser
corpóreo é um reducionismo. Considerar as doenças mentais como doenças do
cérebro é um exemplo disso. Obviamente não se quer dizer com isso que não
exista cérebro; certamente toda a estrutura neurológica que deve ser
analisada, ou seria um espiritualismo abstrato. Ao invés, seria um projeto
importantíssimo tomar os resultados das pesquisas das neurociências e
verificar como as dimensões psíquica e espiritual, nas suas específicas
qualidades, podem ser relacionadas com a base neurológica.
Em que sentido esse seria um momento ético? Não aceitando a
redução a somente um aspecto, seria necessária uma grande disponibilidade
da parte de todos para colocar os resultados das próprias pesquisas à
disposição para um debate conjunto. E seria necessário também estar de
acordo a respeito da estrutura antropológica fundametal além de uma
disponibilidade a escutar aqueles que dizem que apontassem outras
possibilidades (por exemplo, na psicopatologia fenomenológica ou
psicanalítica, opondo-se ao positivismo, frequentemente as questões de
caráter mais estritamente neurológico acabam sendo colocadas ou pouco ao
lado). É uma grande fadiga dispor-se a não querer resolver as questões de
modo unilateral, mas isso permite uma pesquisa comunitária.
Assim tocamos também no famoso problema da
interdisciplinaridade. Justamente por causa da fragmentação do saber, não
basta simplesmente reunir os resultados de áreas diversas.
Um outro exemplo, agora ligado à pedagogia: Hoje em dia
temos muitas disciplinas, e temos de tomar consciência delas,
valorizá-las. E a filosofia da educação, entendida como antropologia
filosófica, permite explicitar indicações éticas e morais no tocante ao
projeto existencial e ao desenvolvimento desse projeto diante de
alteridade que a pessoa do educando é para o educador. Mesmo as questões
técnicas estão carregadas de implicações éticas que a filosofia da
educação poderia ajudar a elucidar; basta pensar na didática. Com esta
implicação moral no plano da profissão, há também o cuidado com o
desenvolvimento técnico, que vem a requerer a competência.
Trabalhando em setores de pesquisa estanques, às vezes
ouvimos: “o problema antropológico não me interessa, é coisa de filósofos”
e não se compreende que sempre há uma antropologia implícita. E seria
muito melhor, tecnicamente, – e a honestidade intelectual requer –
explicitá-la. Aristóteles nos ensinou que forma e fim são conexos.
Um exemplo de aplicação de filosofia da educação ao âmbito
pedagógico é a obra “A estrutura da pessoa humana” de Edith Stein
(1932-33/2000).
Apresento, brevemente, três pontos com os quais concluo:
a) O importante papel da fenomenologia é, então, o de dar
indicações úteis para a pesquisa sobre a estrutura das ciências naturais e
humanas e sobre e estrutura mesma do ser humano.
b) O saber pode se apresentar fragmentado e freqüentemente
é absolutizado, mas, na realidade, o saber nos demanda uma globalidade.
Esta deve ser indagada para que se compreenda o significado da pesquisa
individual, única, parcial. E este é um aspecto da comunidade de
pesquisadores.
c) Nenhuma pesquisa
é neutra. Por sempre envolver o ser humano – o que realiza a pesquisa –
compromete-o pessoalmente mesmo quando se ocupa de temas impessoais.
Referências
bibliográficas
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M. D´Ambra, Trad.).
Roma: Città Nuova. (Original de 1932-33).
Notas
-
(1) artigo baseado numa conferência proferida pela autora
durante o III Seminário Internacional de Pesquisa e Estudos Qualitativos
/ V Encontro de Fenomenologia e Análise do Existir na Universidade
Metodista em São Bernardo do Campo – SP, Brasil, em 2006. Optou-se por
manter o estilo coloquial.
-
Tradução de Ir. Jacinta Turolo Garcia. Edição de Miguel
Mahfoud.
-
Agradecimentos aos pesquisadores de Iniciação Científica do
LAPS (Laboratório de Análise de Processos em Subjetividade / UFMG) pelo
cuidado com o registro e transcrição da conferência: Alyne Ali Scofield,
Bernardo Cury, Camila Freitas Canielo, Roberta Vasconcelos, Talita
Borges de Castro e Yuri Elias Gaspar. [volta]
(2) Há dois manuscritos intitulados
Teleologie
in der Philosophiegeschichte
publicados como texto n.32 no vol. XXIX da coleção Husserliana (opere di
Husserl) escritos em 1936 e 1937, traduzidos ao italiano em Husserl, 2004.
[volta]
(3) Naturalmente, pode-se fazer todo esse trabalho também
sobre as ciências da natureza, e alguns fenomenólogos o fizeram: por
exemplo, Conrad-Martius s/d. (cf. também Ales Bello, 2000). [volta]
(4) Na história da filosofia encontram-se os termos
ética e moral; palavras de origem grega e latina,
respectivamente, ambas significando costume. Sabemos que Kant e
Hegel – para citar exemplos apenas da filosofia alemã – utilizavam esses
termos. Proponho usar o termo ética num sentido amplo, isto é, como
comportamento em geral e comportamento que pode ser descrito através de
suas características; e reservar o termo moral para o comportamento
ligado a valores tidos como positivos. (Naturalmente, é uma escolha –
discutível – necessária para uma clara comunicação ao utilizarmos estes
termos). [volta]
(5) Cf. Ales Bello &
De Luca, 2005: As fontes fenomenológicas da psicologia. Cf. também
Dentone & De Luca, 2006: As fontes existenciais da psicologia. [volta]
Nota
sobre a autora
Angela
Ales Bello
Angela Ales Bello é Professora de História da Filosofia
Contemporânea na Faculdade de Filosofia da Pontifícia Università
Lateranense, Roma, Itália. Dirige o Centro Italiano di Ricerche
Fenomenologiche. Faz parte do corpo editorial de diverwsas revistas
científicas italianas e estrangeiras, dentre as quais “Per la filosofia”,
“Segni e Comprensione”, “Analecta Husserliana”, “Phenomenological
Inquiry”; collabora con “Recherches Husserliennes” e “Studien
zur interkulturellen Philosophie”. Contato: Pontificia
Università Lateranense, Facoltà di Filosofia, Piazza San Giovanni in
Laterano n.4, Città del Vaticano (00120).
Data de recebimento: 28/06/2006
Data de aceite: 15/10/2006
-
-
Memorandum 11, out/2006
Belo Horizonte: UFMG; Ribeirão Preto: USP
-
ISSN 1676-1669
-
http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/a11/alesbello04.htm