Entre os dias 17 e 21 de setembro aconteceu o 2º Colóquio Discente do Programa de Pós-graduação em Comunicação da UFMG e os pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Comunicação Raça e Gênero (Coragem) marcaram presença com destaque. O evento tem por objetivo propiciar um momento de trocas e compartilhamento entre os discentes e ex-discentes do PPGCOM e, nesta edição, teve como tema as relações raciais na academia.
A primeira participação aconteceu logo na mesa abertura do Colóquio, na qual a coordenadora do Coragem, Profa. Dra Laura Guimarães Corrêa, acompanhada de sua orientanda, a doutoranda Pâmela Guimarães-Silva, também integrante do grupo, ministraram a palestra “Contribuições teórico-conceituais das intelectuais negras para pensar a comunicação”.
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Na sequência, mais um integrante do Coragem, o doutorando Rafael Fialho, apresentou sua pesquisa na mesa “Diferentes formas de fazer e apreender a comunicação: epistemologias e metodologias de pesquisa”, mediada pelo professor Phellipy Jácome.
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Nos dias que se seguiram, a mestranda Lucianna Furtado, participou da mesa: “Processos de vulnerabilização e resistência”, na qual apresentou o trabalho: “‘Feminismo das preta’: tensões, conflitos e negociações nas enunciações do rap.
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Na quinta-feira(20), a mestra, ex-discente e também integrante do Coragem, Vívian Campos, participou da mesa: “Relações de poder e intolerância: entre o ódio, a violência e a morte” e apresentou o texto intitulado “‘A carne mais barata do mercado é a carne negra’: o racismo institucional definindo quem nasce e quem deixa de nascer no Brasil”.
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Por fim, a apresentação corajosa da mestranda Mayra Bernardes, encerrou as apresentações de trabalhos dos integrantes do Coragem. A pesquisadora apresentou o trabalho “O que temos na cabeça: mapeamento dos estudos sobre cabelos e comunicação no Brasil”. Em sua fala, Mayra apresentou dados que mostravam como os trabalhos acadêmicos que relacionam e tematizam o papel social dos cabelos de mulheres negras, a transição capilar e a publicidade de cosméticos se configuram como uma vertente importante da produção de saber feita por mulheres negras. Disse também, que esses trabalhos oferecem uma visão crítica e diferenciada dos modelos tradicionais de se fazer pesquisa, privilegiando métodos de escuta como empiria e a dimensão afetiva dos fenômenos comunicacionais como espaço de crítica das relações sociais, em especial a denúncia do racismo e do sexismo que perpassam esses fenômenos.
No dia seguinte, no encerramento do Colóquio, foi a vez da Profa. Dra Maria Aparecida Moura, também integrante do Coragem, compor a mesa “Práticas sociais e institucionais para a construção de uma agenda em torno das ações afirmativas: desafios e perspectivas” de encerramento do evento.