O papa cada vez mais pop

Com participação da professora Vera França, fundadora do Gris, a banca da dissertação “Da cultura de celebridade à cultura do encontro: um estudo sobre a comunicação do papa Francisco no Instagram” ocorreu no dia 22 de agosto, na avenida 31 de março, 1020, Belo Horizonte. A defesa de Francisco das Chagas dos Santos Galvão, agora mestre pela PUC Minas, contou também com as presenças da professora Maria Ângela Mattos (PUC Minas) e do orientador, professor Márcio Serelle, coordenador do grupo de pesquisa Mídia e Narrativa.

A pesquisa “objetiva investigar a produção simbólica do Papa Francisco em seu perfil do Instagram, em contexto de celebrização social e midiatização do fenômeno religioso, considerando o estilo carismático e o poder de afetação do Pontífice junto ao público”; analisando “o modo como os princípios da ‘cultura do encontro’ de sua doutrina estão ali mediados e articulados à própria noção de comunicação”.

Vera França ponderou que, das três categorias de análise propostas, a cultura do encontro é o diferencial da performance do papa. “Celebridade” enquanto “Carisma” é observável quando uma pessoa é “conhecida, reconhecida e cultuada”, o que pode ser constatado pelos números de seguidores e fãs, além do comportamento dos sujeitos em relação à figura célebre. Outra categoria proposta, “Midiatização”, é útil à guisa de conclusão: após a análise, é possível concluir como a midiatização acontece. França elogiou no trabalho o diálogo entre a teoria e a empiria – o primeiro mês do perfil do papa no Instagram.

No âmbito do Gris, uma pesquisa orientada pela professora Vera França teve também como tema a figura pública de Francisco. A dissertação de Maíra Lobato, “O Papa é Pop: O primeiro pontífice latino-americano como centro das atenções”, foi defendida em 2017, já compreendendo Bergoglio enquanto um líder religioso que alçou ao status de celebridade.

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