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DEFESA DE TESE DE DOUTORADO DA 1ª COTISTA DO PPGAN – JAQUELINE DE OLIVEIRA E SILVA

segunda-feira, 25 de outubro de 2021, às 12:34

É com muito prazer que convidamos a todas e a todos para participarem da defesa de doutorado da primeira cotista negra do PPGAn.

Título da tese:

“DANÇAR E SER DANÇADA: circularidades do dançar nos ritos de iniciação e nas associações de tufo em Moçambique”

A defesa será realizada no dia 29 de outubro de 2021, sexta-feira às 13 hs, com transmissão simultânea pelo youtube no canal PG-ANTROPOLOGIA UFMG.

A defesa contará os seguintes membros da banca examinadora:

Eduardo Viana Vargas (Orientador) – PPGAn/UFMG
Denise F. Costa Cruz (Coorientadora) – UNILAB
Leda Maria Martins – Aposentada pela UFMG
Denise Moraes Pimenta – FIOCRUZ/BA
Érica Renata de Souza – PPGAN/UFMG
Andrei Isnardis Horta – PPGAN/UFMG

E contará ainda com a participação especial de:

Chapane Mutiua do Centro de Estudo Africanos da Universidade Eduardo Mondlade, Moçambique

RESUMO DA TESE:

As experiências que constituem as reflexões dessa tese versam sobre um fazer antropológico atento às impermanências de quem nasceu e viveu nas margens, que não se encaixa num lado nem em outro do binarismo colonial, mas num corpo que transita entre vários mundos. O cruzo, aqui, é o nome dado ao produto da intersecção, da encruzilhada, o fruto do encontro, o que está no entre.
São reflexões marcadamente corporificadas feitas por uma mulher negra,
amefricana em diálogo com mulheres moçambicanas sobre o dançar, o cantar e o aconselhar. Nesta tese, meu olhar se concentra sob as danças realizadas nos ritos de iniciação femininos da puberdade, chamados em idioma local de emwali, e nas associações comunitárias femininas na região norte de Moçambique. Nas associações, a dança conhecida como tufo foi a principal performance investigada.
Explicito e escureço as questões acerca do processo de construção desta tese, uma meta-tese. O campo de pesquisa, a princípio realizado durante dois períodos em diferentes regiões de Moçambique, tornou-se um movimento contínuo de idas e vindas entre as memórias vividas tanto naquele país quanto no Brasil, informadas por leituras, experiências e reflexões que questionam formas coloniais de construir conhecimento e propõem paradigmas fundamentados em saberes erguidos fora do centro.