Níveis de Desenvolvimento da
Consciência
I. Título |
|
II.
Autor |
|
III.
Objetivos |
|
III.1 Objetivo
primário |
|
III.2 Objetivo
secundário |
|
IV .
Metodologia |
|
| |
IV. 2 Platão |
|
IV.3 Plotino |
|
IV. 4
Hegel |
|
IV. 5 Wilber |
|
IV.6 As
questões |
|
| |
V.
Cronograma |
|
VI.
Bibliografia |
|
VI. 1
Platão |
|
VI.2
Plotino |
|
VI. 3 Hegel |
|
VI. 4 Wilber |
|
I. Título: Níveis de
Desenvolvimento da Consciência
II.
Autor: Leonardo Alves Vieira
A
meta primordial consiste em investigar, do ponto de vista filosófico, os níveis
de consciência, desde o seu início no patamar mais elementar, passando pelos
estágios intermediários, até atingir a sua estação última e mais desenvolvida. A
intenção, portanto, é determinar a quantidade e qualidade desses níveis, tal
como elas são abordadas nos filósofos escolhidos para o estudo dessa questão:
Platão (427-347 a. C.), Plotino (204-270), Hegel (1770-1831) e Wilber
(1949-).
O
estudo da qualidade e quantidade dos níveis de consciência estará associado aos
seus aspectos ontológicos, antropológicos, axiológicos e gnosiológicos. Caberá
ao desenvolvimento desse projeto de pesquisa aqui apresentado determinar, tanto
em cada nível como também ao longo dos níveis de consciência identificados, os
problemas relativos aos aspectos supramencionados, tendo em vista verificar as
eventuais contribuições do estudo sobre os níveis de consciência para a
ontologia, antropologia filosófica, moral e epistemologia.
O
projeto ora proposto pretende desenvolver, em uma primeira etapa, o estudo dos
problemas acima mencionados através do confronto entre a Fenomenologia do
Espírito de Hegel e as Enéadas de Plotino.
IV.1
Introdução: a gênese do problema a ser investigado
A
tradição da filosofia perennis ou da “grande cadeia do ser”[1],
partilhada por filosofias e religiões tanto orientais quanto ocidentais, após,
por assim dizer, um grande período de hibernação, provocado pela vaga
empírico-materialista tornada bastante volumosa a partir do século XVIII, começa
a ressurgir das cinzas, agora sob a forma do Projeto da Consciência Humana
(PCH), contraparte consciencial do Projeto do Genoma Humano (PGH). Aquele
projeto “envolve centenas de pesquisadores de todas as partes do mundo, envolve
uma série de abordagens multidisciplinares, multiculturais e polimodais, as
quais, em conjunto, prometem um mapeamento exaustivo do inteiro espectro da
consciência, a seqüência inteira dos “genes” da consciência”[2].
O projeto de pesquisa que ora apresento pretende refletir sobre as questões
filosóficas envolvidas no Projeto da Consciência Humana, visto que a própria
história da filosofia ocidental, mesmo que a pesquisa ora apresentada se limite
a apenas alguns dos seus momentos, é testemunha de correntes filosóficas que
abraçaram as versões anteriores do Projeto da Consciência
Humana.
Minha
trajetória intelectual levou-me gradativamente ao estudo dos níveis de
consciência. Após a conclusão do doutorado, que teve como objeto a Filosofia do
Direito de Hegel e sua coordenação com a Ciência da
Lógica (Freiheit als
Kultus. Aporien
und Grenzen der Auffassung der menschlichen Freiheit bei
Hegel
(Liberdade enquanto culto. Aporias
e limites da concepção hegeliana da liberdade).
Würzburg, Königshausen & Neumann, 1996), direcionei minha pesquisa ao estudo de
questões éticas, já que elas constituíam então o cerne dos problemas com os
quais me ocupava. Publicações deste período foram as seguintes:
1)
A herança kantiana da concepção hegeliana
do Direito e da Moral. In: Síntese
Nova Fase, v. 24, n. 77, Belo Horizonte, pp. 163-179, 1997;
2)
Direito e Justiça em Kant e Schelling:
uma controvérsia paradigmática. In: Anais do Simpósio Internacional sobre a
Justiça. Florianópolis, Insular, 1998, pp. 175-196.
3)
Coerção em Kant e Schelling:
fundamentação e conseqüência. In: Veritas, v. 43, no. 4 (Simpósio
Internacional sobre Dialética), Porto Alegre, pp. 843- 871, 1998.
Uma
segunda fase iniciou-se com a investigação dos textos do jovem Schelling
(1794-1796). Nesse período chamou-me a atenção as análises de Schelling em torno
da filosofia de Kant, visto que aquele identificava neste algumas teses que
ocultavam pressupostos capazes de explicar as próprias conclusões alcançadas
pelo filósofo de Königsberg. As publicações desse período testemunham os frutos
obtidos pela pesquisa:
1)
Filosofia prática e Incondicionado. In: Síntese Nova Fase, v. 26, n. 84, Belo
Horizonte, pp. 13-30, 1999.
2)
Substância e subjetividade. Duas formas de reconciliação. In: Síntese Nova Fase, v. 26, n. 84, pp.
33-57, 2000.
3)
Liberdade, dialética e intuição intelectual. In: Brito, E. e Chang, L. (Orgs.).
Filosofia e método. Loyola, São
Paulo, 2002, pp. 19-62.
4)
Filosofia e Absoluto no jovem Schelling. In: Oliveira, M. e Almeida, C. (Org.).
O Deus dos filósofos modernos. Vozes,
Petrópolis, 2002, pp.223-239.
5)
O início do sistema de filosofia de Schelling. In: Domingues, I., Margutti, P. e
Duarte, R. (Orgs.). Ética, política e
cultura. Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2002, pp. 211-228.
O
estudo dos problemas abordados nos textos acima listados revelou-me a
importância das pesquisas acerca dos níveis de consciência e seus elementos
correlatos: ontologia, antropologia, axiologia e gnosiologia, pois neles já se
mostrava a gradação dos níveis de consciência representados pelo 1) eu empírico,
2) eu transcendental e 3) Eu absoluto. Paralelamente
ao estudo dos textos do jovem Schelling, trabalhava também na obra do pensador
norte-americano contemporâneo, K. Wilber (1949-), cujo propósito é a eventual
fecundidade teórica da filosofia perennis diante das complexas questões do mundo
hodierno.
A
convergência desses trabalhos levou-me, pois, ao projeto de pesquisa que passo
agora a detalhar.
As
filosofias que lidam com “a grande cadeia do ser” formam uma longa tradição que
já dura aproxidamente 2600 anos, se levarmos em consideração apenas a filosofia
ocidental[3].
Em virtude disso, é impossível abordá-las em sua completude nesse projeto. Com
efeito, a análise da integralidade dessas correntes filosóficas pode bem ser uma
meta a ser atingida a longo prazo. A curto e médio prazos, no entanto, quero
concentrar-me, primeiramente, naqueles pensadores que venho estudando mais
assiduamente nos últimos anos: Platão (427-347), Plotino (204-270), Hegel (1831)
e Wilber (1949-).
Platão
pode ser considerado como o primeiro filósofo no Ocidente a ter explicitado
detalhadamente os níveis de consciência em sua famosa parábola da linha do saber
(República, 509 c – 511 e) [4],
na qual a alma tanto mais ingressa nos níveis superiores do ser quanto mais ela
se aprofunda no conhecimento de si mesma.
A linha do saber coordena os planos multidimensionais do ser com as
pluridimensionais faculdades da alma, de tal forma que essa articulação, levada
a cabo pela matemática, nos oferece
o objeto de nossa investigação.
Em
primeiro lugar, a alma faz a experiência das deficiências do mundo sensível, o
mundo da opinião (dóxa). Esse mundo tem, por assim dizer, dois andares. No
primeiro, a alma aprende relacionar a imagem (eikasía) com os objetos
objetivamente percebidos. No segundo, que representa um saber superior ao
anterior, a alma é portadora de uma convicção ou crença (pístis),
simultaneamente formadora dos e formada pelos fenômenos. Ambos planos cognitivos
e, também inevitavelmente, seus respectivos objetos devem ser abandonados, uma
vez que, em primeiro lugar, toda a esfera da dóxa é dependente das esferas
ideais superiores. Em segundo lugar, justamente em razão dessa dependência, os
planos cognitivos do mundo sensível esbarram em problemas cuja solução, todavia,
exige a transcendência da eikasía e da pístis. Essa é a razão pela qual Sócrates
realiza a “segunda navegação” (a passagem para o plano do inteligível), deixando
para trás toda o mundo da dóxa, o “mar” da primeira navegação[5].
O
plano suprasensínvel possui também, por assim dizer, dois andares. Imediatamente
acima dos fenômenos e sua contraparte subjetiva, a convicção ou crença,
encontram-se os objetos matemáticos e a ciência que lida com eles: o saber
dianoético (diánoia), o qual desempenha o papel de mediação entre o mundo da
dóxa e o mundo das idéias. A ciência dianoética, porém, não está em condições de
dar as razões (lógon didónai) de seus últimos pressupostos, visto que eles têm
sua fundamentação em um plano cognitivo superior, a saber, o noético. Este
inclui em si o campo das Idéias e da Idéia do Bem. Nessa Idéia a alma alcança a
estação suprema de sua viagem, pois a Idéia do Bem não carece de um outro
princípio capaz de explicá-la, sendo ela mesma, enquanto incondicionado, o
elemento intranscendível.
Resumidamente,
a corresponência entre os planos do ser e do conhecer podem ser assim
apresentados:
Planos do ser e acima do ser
/ Planos do
conhecer
Mundo
a) Idéias e Idéía do
Conhecimento noético
Inteligível
Bem (=Uno)
ou intelecção (nóesis)
Ciência
(epistême)
b) Objetos matemáticos Conhecimento
dianoético (diánoia)
Mundo
c) Fenômenos Crença (pístis)
Sensível
Opinião
(dóxa)
d) Imagens sensíveis
Imaginação (eikasía)
Plotino,
por sua vez, seguindo a tradição platônica, fala de três homens (anthropoi) (VI
7, 6, 11-18): “o homem que se encontra no espírito e existe antes de todos os
homens”. Este é, portanto, o primeiro homem que vive em contato direto com as
Idéias e as Formas. O segundo homem é o homem enquanto anima, alma, o meio-termo
entre o primeiro homem e o terceiro. Esse é o homem enquanto corpo, o homem
corpóreo ou empírico, “de carne e osso”, o homem em sua materialidade
físico-biológica[6].
A
fim de evitar mal-entendidios, é necessário ressaltar que não se trata de três
homens, propriamente falando, mas de um único homem que se realiza nos três
planos do espírito, da alma e do mundo empírico. Além disso, deve ser ainda
sublinhado que eles não são três partes ou componentes acoplados ou agregados um
ao outro de forma externa, mas potencialidades de atuação de um mesmo Eu,
adaptadas ao plano em que essas potencialidades têm a sua própria atualização e
desenvolvimento. Assim, por exemplo, a vida espiritual do primeiro homem é a
realidade, tal como constituída pela subjetividade inteligente e a objetividade
inteligível, pelo pensador espiritual e pelo objeto pensado espiritual, pelo
Espírito e pelas Idéias. Trata-se de uma realidade alcançável, na medida em que
o homem eleva-se para além de suas potencialidade como homem anímico e homem
corpóreo, a fim de vivenciar a si mesmo como unidade entre o puro pensar e o
puro pensado.
Como
dito acima, o homem-alma ou simplesmente alma ocupa uma posição intermediária na
antropologia plotiniana, que também implica uma ontologia, uma gnosiologia e uma
axiologia. Em razão disso, à alma é possível mergulhar no mundo empírico e
esquecer-se do Espírito ou elevar-se ao mundo do Espírito e deixar-se penetrar
por seu esplendor. Enquanto o olhar do homem dirigir-se exclusivamente ao chão
do mundo sensível, o poder do homem espiritual, poder este disponível à alma,
não poderá afirmar-se. Apenas a atualização de sua mais radical potencialidade
facultará à alma fazer a experiência da união com o Uno.
Os
três planos de desenvolvimento do homem, segundo Plotino, podem ser assim
apresentados:
A
questão acerca dos planos do ser e do conhecer em Platão relativamente à unidade
e multiplicidade do homem e seus respectivos planos de atuação em Plotino
permanece como um ponto a ser investigado. Afinal: a tese de Plotino apresenta
algo novo em relação a Platão ou é somente uma repetição de sua posição? Qual a
eventual correspondência entre as atividades cognitivas da alma em Platão e os
três tipos de ser humano em Plotino? Quais as conseqüências dessa
correspondência para a ontologia, antropologia, gnosiologia e
axiologia?
O
homem empírico de Plotino pode ter uma certa semelhança com a certeza sensível
da Fenomenologia do Espírito de Hegel. A série de figuras da consciência e,
especialmente, a última estação dessas figuras são, todavia, bastante
diferentes. Se considerarmos o último capítulo da Fenomenologia do Espírito, o
saber absoluto, no qual Hegel resumidamente expõe todo o movimento da
consciência, perceberemos dois membros de um único e mesmo movimento convergindo
para o mesmo resultado. Isto constitui o que Hegel denomina “a reconciliação da
consciência com a consciência de si”
[7].
Um
membro do movimento (o da consciência de si) começa com o capítulo “consciência”, passando pela
“consciência de si”, avança até o capítulo intitulado “razão” e termina,
finalmente, no capítulo “espírito”. O final deste movimento parcial assinala o
espírito que é e permanece em si mesmo, apesar de ter passado pela alteridade.
Ele significa a auto-afirmação do espírito, a certeza que ele tem de si próprio;
ou ainda: ele tem a forma correta, mas lhe falta o conteúdo, já que ele é a
autoderterminação vazia, a subjetividade em seu puro poder autotético. A figura
da bela alma, enquanto uma das figuras da consciência, ilustra a “consciência da
vacuidade”.
Outro
membro do movimento (o da consciência) inclui o transcurso do movimento da
consciência no capítulo “religião”: a religião natural, a religião da arte e a
religião revelada. Este movimento parcial resulta no espírito que tem o conteúdo
absoluto, religiosamente apresentado como Deus. Em oposição ao movimento do
espírito certo de si mesmo, o espírito religioso não é privado de conteúdo e
expressa a plena manifestação material do Absoluto. A deficiência desse
movimento consiste em representar o Absoluto como exterioridade, como alteridade
absolutamente outra em relação à consciência.
Se
o primeiro movimento, portanto, tinha sua excelência na forma, mas falhava no
conteúdo, o segundo, por sua vez, prima pelo conteúdo, mas é deficitário na
forma. O saber absoluto consiste, pois, na união (Vereinigung) da forma e
conteúdo corretos: “ nela (união, Vereinigung) o espírito chega a conhecer a si
mesmo, não apenas como ele é em si ou
segundo seu conteúdo absoluto, nem
apenas como ele é para si, segundo
sua forma privada de conteúdo ou de acordo com o lado da consciência de si, mas
como ele é em si e para si”[8].
De acordo com o
anúncio feito pelo próprio Hegel no Jenaer Algemeine Literatur-Zeitung, vinte e
oito de outubro de 1807, ao apresentar a Fenomenologia do Espírito, as figuras
do espírito mostram-se, prima facie, como um caos que parece subtrair-se a toda
e qualquer ordem. A intenção da Fenomenologia, ao contrário, consiste em
demonstrar a conexão necessária entre as figuras, de tal forma que “ as figuras
imperfeitas se dissolvem e passam às superiores, que são sua mais próxima
verdade”[9]. Assim sendo,
essas figuras formam uma hierarquia, de acordo com a qual as manifestações da
consciência podem ser identificadas relativamente ao nível de desenvolvimento
por ela alcançado. Característica dessa organização hierárquica reside no fato
de que ela está presente tanto no lado conteúdo, o da consciência, quanto no
lado da forma, o da consciência de si. Ambos lados convergem para o mesmo ponto:
o saber absoluto. Aqui é identificável uma ordenação do movimento da consciência
diferente do que se encontra em Platão e Plotino. Além disso, a inclusão da
história no percurso fenomenológico da consciência é, sem dúvida, uma grande
vantagem no estudo do espectro da consciência. A consideração do elemento
histórico não parece claramente evidenciado, se é que alguma vez aparece, nas
investigações empreendidas por Platão e Plotino.
Com base no que
foi visto acima, a exposição da consciência em sua manifestação pode ser
esquematicamente assim apresentada:
Conciência
Religião Natural
Conciência
de si
Religião da Arte
Razão
Religião Revelada
Espírito
(Forma > lado da consciência de si) (Conteúdo > lado da conciência)
Saber Absoluto
Tendo
a vantagem de poder lançar um olhar retrospectivo à philosophia perennis e, ao
mesmo tempo, poder confrontar-se com a crítica a ela dirigida, Wilber empreende
a pesquisa sobre os níveis de desenvolvimento da consiência, levando em conta a
constelação teórica moderna e pós-moderna. Seu propósito consiste em formular
uma teoria integral capaz não só de reconstruir as etapas da evolução
consciencial, mas também coordená-las com os âmbitos da cultura, organização
social, política e tecnológica. Daí resulta sua teoria dos quatro quadrantes e
dos níveis de desenvolvimento em cada um desses quadrantes.
1)
O quadrante superior esquerdo diz respeito aos “aspectos individuais e
interiores da consciência humana (mas não só da humana), tal como ela é estuda
pela psicologia do desenvolvimento, tanto em suas formas de manifestação
convencionais como também contemplativas[10]”.
Ele contem todo o espectro do desenvolvimento consciencial e refere-se à
primeira pessoa do singular, porque ele relata e interpreta as vivências
internas de cada indivíduo.
2)
O quadrante superior direito expressa a contraparte objetiva e externa ao
quadrante superior esquerdo. Trata-se da base atômica, molecular, orgânica,
biológica e corpórea, enfim, objetiva com a qual a experiência intencional da
consciência interage. A linguagem correspondente a esse quadrante relata os
fatos científicos do organismo individual.
3)
Wilber também não negligenciou a passagem do “eu” para o “nós”, também levada em
consideração por Hegel na abordagem da experiência fenomenológica da
consciência. O quadrante inferior esquerdo tematiza a pluralidade dos sujeitos,
o mundo dos valores, as visões de mundo, o ethos compartilhado pelos indivíduos,
a esfera subjetivo-coletiva. O “eu” coletivo vivencia também uma evolução que
expressa a contraparte intersubjetiva do desenvolvimento da consciência
individual.
4)
Finalmente, o quadrante inferior direito corresponde, na esfera coletiva e
objetiva, ao quadrante inferior esquerdo, assim como o quadrante superior
direito corresponde ao quadrante superior esquerdo. A vivência cultural da
humanidade não está obviamente dissociada de sua base social, institucional e
tecnológica[11].
Esse quadrante tem por meta refletir sobre a evolução das várias formas de
organização social, institucional e tecnnológica construídas pela humanidade ao
longo de sua história.
Esquematicamente,
esta poderia ser uma representação dos quatro quadrantes[12]:
|
|
|
|
Não
pretendo fazer um estudo dos quatro quadrantes. Meu propósito limita-se ao
estudo do quadrante superior esquerdo, pois ele se enquadra no objetivo da
pesquisa acima enunciado, embora a vinculação entre os quadrantes seja inegável.
Essa vinculação, no entanto, nos colocaria questões que extrapolariam em muito
as metas propostas para a pesquisa. Objeto de estudo será, portanto, o quadrante
superior esquerdo, ou seja, as etapas do desenvolvimento consciencial em sua
faceta interior-individual.
O
primeiro nível é o do eu físico, o qual, primeiramente, encontra-se em unidade
indiferenciada com o meio-ambiente material. Esse tipo de eu ainda não está em
condições de se distinguir do meio-ambiente material, instaurando uma relação
diferenciada com ele, bem como não sabe ainda separar-se de um outro eu. O
momento final dessa etapa sinaliza, entretanto, a saída da unidade
indiferenciada, de tal forma que o eu físico começa gradativamente a afirmar-se
diante da realidade objetiva. Isto lhe permite, então, separar-se do outro
subjetivo ou objetivo a fim de poder lidar com ele, sem sentir-se perdido e, por
assim dizer, “totalmente atolado” no outro [13].
Se,
no entanto, uma primeira dissociação tem lugar, então o eu se vê diante de uma
outra tarefa, a saber, construir seu mundo emocional. À primeira dissociação tem
de seguir uma segunda, a fim de que a consciência possa afirmar seus sentimentos
frente a outros objetos e outros seres humanos, ao invés de confundir seus
sentimentos com sentimentos alheios.
Assim
como ocorreu anteriormente uma diferenciação na fisioesfera, o mundo do eu
físico, assim também há uma diferenciação na bioesfera, o mundo do eu emocional.
Em ambos mundos, o eu transcende, de um lado, a sua completa assimilação pelo outro,
sem, no entanto, eliminá-lo. Se o outro fosse totalmente negado, então o eu se
relacionaria apenas consigo mesmo. Se o eu fosse totalmente assimilado, então
não haveria uma subjetividade relativamente independente. A afirmação
físico-impulsiva e biológico-emocional do eu pressupõe a relação entre sujeito e
objeto e a entre sujeito e um outro sujeito, nas quais sujeitos e objetos
mantenham suas respectivas posições, sem que um seja reduzido ao outro. A
deficiência, a qual consiste em tanto não saber distinguir os elementos
existentes nessas relações quanto em não saber interligá-los em sua múltipla
unidade ou multiplicidade una, conduz a patologias[14].
No
terceiro nível de seu desenvolvimento o eu encontra um outro desafio, a saber,
avançando para além da bioesfera e, simultaneamente, conservando-a, ele
estabelece-se em sua faculdade mental, a nooesfera. No mundo mental a linguagem
desempenha um papel muito importante, pois ela capacita o eu a distanciar-se da
imediatez das pulsões e emoções e, com isso, controlá-las e, em casos mais
graves, reprimi-las. A consciência está, portanto, em condições de se separar
delas, mas também de integrá-las.
A
diferença entre corpo e nooesfera é apenas o início de um movimento no qual a
consciência individual progride em direção ao mundo coletivo e social. Graças ao
incipiente domínio da linguagem o eu pode tomar sobre si uma virtude fundamental
para a convivência social e, portanto, distanciar-se de um mundo centrado
exclusivamente no eu. Trata-se do fato de colocar-se no lugar do outro,
desempenhar o papel do outro, entender e praticar o intercâmbio de
papéis.
Em
virtude disto, começa a quarta etapa da evolução da consciência: a consciência e
as vivências de seus papéis. A identidade concentrada no corpo, em suas pulsões,
emoções e desejos, portanto, centrada na natureza é substituída pela identidade
relacionada com o intercâmbio de papéis. O indivíduo que se encontra nessa fase
aprende tanto a representar seu próprio papel quanto a distingui-lo dos papéis
de outros seres humanos. Ao eu que alcançou essa etapa de sua evolução surge a
esfera social, na qual sua identidade determinada por normas e leis de seu
contexto está entrelaçada e interligada com as identidades de outros sujeitos. A
consciência individual permanece
ainda, por assim dizer, fundida ao ethos coletivo, de tal forma que ela assume
uma identidade e um papel atribuídos pelo eu coletivo, o “nós”. Isto caracteriza
o nível convencional de moralidade, segundo o qual o eu se adapta ao padrão de
valores conjuntamente vivenciados em uma determinada sociedade. Trata-se de
internalizar leis, prescrições e normas, mediante as quais ele faz o que ele
deve fazer.
Na
próxima (quinta) fase de desenvolvimento as leis e normas que até então regiam
as vivências da consciência são questionadas. Não se trata mais de saber o que é
bom para minha família, o grupo social ou o povo, aos quais alguém está ligado.
Antes de mais nada, trata-se de determinar o que é justo para todos os povos,
apesar e levando em conta as suas diferenças. A identidade da consciência
centrada em um círculo social acanhado é abandonada em favor de uma identidade
focada em todo o planeta. Um horizonte de novas possibilidades é aberto, na
medida em que a totalidade das normas e leis está em questão e torna-se
problemática. Assim, pela primera vez, surgiu um nível de consciência no qual
ela, liberta do seu narcisismo, egocentrismo e etnocentrismo, tomo como seu
próprio interesse o mundo como tal, justiça e condições materais de vida dignas
para todos. Com isso, um moralidade pós-convencional surgiu, graças a qual o
indivíduo se orienta pelo bem-estar da humanidade.
Na
sexta estação, que aprofunda ainda mais a integração entre corpo e faculdade
mental, o eu inicia a objetivação do corpo e da faculdade mental, a sua
tematização, bem como o progressivo distanciamento do corpo e da mente. Ela é
denominada a estação da lógica sistêmica, visto que ela considera os objetos
como um todo formado por uma multiplicidade de sistemas, dentro do qual e em
relação a outras totalidades os objetos ganham sentido. Na medida em que a
consciência torna-se testemunha do corpo e da faculdade mental, também sua
faculdade reflexiva torna-se mais ativa, de tal forma que ela começa a
transcender corpo e nooesfera. Esse eu pode ser qualificado como eu sistêmico.
Em termos de filosofia hegeliana, o eu sistêmico equivale à razão (Vernunft) em
oposição ao entendimento (Verstand).
Isto
acarreta o aprofundamento do ponto de vista pós-convencional, de tal modo que as
posições com base em normas e leis de determinada sociedade não encontram mais
legitimação para ele. Há, pois, um grande risco de que o eu sistêmico perca-se
nas múltiplas perspectivas que lhe são abertas, afundando-se em um completo
relativismo. A pluralidade das perspectivas não significa, contudo, que todas
são igualmente corretas, já que valores orientados segundo uma perspectiva
global são melhores do que aqueles orientados de acordo com uma perspectiva
centrada apenas no indivíduo ou em apenas um povo. Aqui, portanto, reside o
perigo de uma “doença existencial”, em que a consciência, insatisfeita com todas
as razões capazes de dar sentido à vida, não consegue mais coordenar as diversas
perspectivas.
A
superação dessa dificuldade é viabilizada pela passagem do eu à próxima (sétima)
estação de sua evolução: o nível psíquico de desenvolvimento. Essa nova estação
é aquela em que a identidade da consciência não repousa mais na união com o
próprio eu, a sociedade ou o planeta. O novum nessa estação reside no fato de
que a consciência se sente una com todos os seres, humanos e não-humanos, com
toda a natureza cósmica interpretada como manifestação do Absoluto. O eu
transcende as limitações de seu geocentrismo, a fim de considerar o cosmo como
uma comunidade formando uma só irmandade. Todos os seres são penetrados pela
supra-alma, a qual, como uma luz, irradia-se através dele. A consciência
individual, ao participar da vida dessa supra-alma, mostra-se como superando
todas suas identificações.
À
supra-alma está associado um novo tipo de moralidade, a saber, a compaixão com
todos seres. A compaixão não é uma coação para a ação, mas uma ação espontânea e
gratuita. Ao levar a cabo a integração da fisioesfera, bioesfera e nooesfera, o
nível psíquico leva a efeito a experiência consciencial supramental da unidade
dessas três esferas. Não é por acaso que esse nível tanto transcende quanto
inclui a última estação.
A
oitava estação da evolução consciencial é a internalização e refinamento das
aquisições da última etapa. E justamente em virtude disto provem a dificuldade
de descrevê-la. Exemplo do que se passa nessa fase Wilber vê nas experiências
místicas de Tereza de Ávila. Há sentido falar em refinamento da experiência da
consciência, já que a consciência está diante de um mundo que extrapola toda a
natureza cósmica do nível psíquico. A realidade com a qual ela se defronta é,
então, chamada nível sutil, posto que ela tem a experiência de fenômenos tão
sutis que parecem desvanecer. Há sentido também em falar de internalização,
porque a consciência aprofunda o seu avançar para dentro de si mesma, o qual,
por sua vez, a conduz a um amigável abraço com toda a natureza cósmica e sua
origem. Ao universo físico é acrescido o mundo sutil que, enquanto fonte desse
próprio universo físico, se manifesta, como matéria densa, no cosmo físico.
Comparando com a filosofia de Plotino, o plano sutil corresponde ao da alma,
pois essa é a raíz da esfera material. Em consonância com a sutileza dessa
etapa, a oposição entre sujeito e objeto torna-se cada vez menor, extremamente
pequena, enfim, sutil.
A
evolução da consciência ainda não alcançou seu estágio final. A nona estação
eleva-a ao plano causal. Ele é o plano das formas, a partir das quais os níveis
inferiores são moldados. Na tradição filosófica ocidental esse nível encontra
sua correspondência no mundo das Idéias de Platão e na hipóstase do Espírito, de
acordo a filosofia plotiniana. Ela sinaliza tanto a identidade do pensamento com
o ser quanto a totalidade do ser e, nessa medida, contem as Formas (Idéias) que estruturam
toda “a grande cadeia do ser”. Aqui estão as condições “formais” que conferem a
todos os seres sua figura ontológica específica.
Finalmente,
a consciência faz a sua experiência decisiva que a leva a transcender todas as
formas em direção ao sem-forma, acima de toda discursividade e dualidade: o Uno
em Plotino, o nirguna (ausência de qualidade) na tradição do vedanta, o shunyata
(vacuidade) na tradição budista. O sem-forma não pode mais entrar no jogo dos
atributos, já que, enquanto incondicionado, ele tem de ser privado de toda
forma, a fim ser a fonte de todas as formas. Nesse específico sentido, ele é a
vacuidade simples ou o puramente negativo: nem isto, nem aquilo. O sem-forma não
pertence mais a um plano consciencial específico. Ele é simplesmente aquilo em
que a consciência e seu objeto se encontram, também aquilo do qual eles surgem e
também aquilo para o qual eles retornam. Ele é “simultaneamente” imanente e
transcendente a todos os níveis de desenvolvimento consciencial. Nenhum desses
níveis é capaz de exaurí-lo, pois o sem-forma constantemente os põe e
transpõe.
Eis
um esquema que pode representar o que acima foi dito:
As questões
colocadas pela teoria da evolução consciencial serão agrupadas em quatro
categorias: a antropológica, a ontológica, a gnosiológica e axiológica. Em
primeiro lugar, abordarei as questões principais que dizem respeito às quatro
categorias de questões em seu conjunto. Depois, investigarei as questões
relativas à primeira fase da pesquisa: às filosofias de Plotino e
Hegel.
Categoria
antropológica
Inevitavelmente
essa categoria se encontra diante da tarefa de analisar as imagens do anthropos
originadas dos pensadores acima tratados. As questões que ela deve responder são
as seguintes:
1) Quais são as
imagens do ser humano resultantes dessas teorias?
2) São elas
compatíveis?
3) Elas podem
contribuir para uma visão simultaneamente una e diferenciada do ser
humano?
4) Caso a
resposta à pergunta formulada no item de número três seja positiva: pode aquela
visão ensejar o desenvolvimento das diferentes faculdades humanas (a
físico-biológica, a emocional, a mental, a anímica e a espiritual), de tal modo
que possa ser levado a cabo um novo tipo de educação capaz de levar em contar
essas faculdades, ao invés de restringir o ser humano a algumas dessas
faculdades?
Categoria
ontológica
Enquanto um
temática tradicional da filosofia e talvez seu ponto central, um teoria sobre o
ser não pode ser negligenciada. Às teorias que acolhem as múltiplas dimensões do
ser são colocadas muitas questões. Primeiramente, salta aos olhos a diferença
quantitativa dos níveis de evolução consciencial, mesmo que a pesquisa proposta
se restrinja aos pensadores acima listados. Daí, a
questão:
1) Quais são as
razões para essa diferença?
Também as
questões relativas às diferenças qualitativas não podem ser
descuradas:
2) Como são
constituídos os níveis de ser nessas teorias?
3) Eles formam
unidades contínuas ou descontínuas? O que esclarece sua eventual continuidade ou
descontinuidade?
4) Eles são
estruturados de forma hierárquica? Em caso positivo: como ela é
construída?
Categoria
gnosiológica
Interessantes
são também as questões que têm como objeto o saber. Elas se ocupam não apenas
com o desempenho cognitivo da consciência, mas também inclui as outras
categorias. Chama atenção a relação entre níveis ontológicos e níveis
cognitivos, visto que cada plano de ser corresponde a um determinado nível
cognitivo. Obviamente, essa relação também se estende às questões colocadas na
categoria antropológica:
1) Quais são as
faculdades cognitivas da consciência?
2) Como se
relacionam as faculdades cognitivas com os níveis de ser e nossas
potencialidades antropológicas: a físico-biológica, a emocional, a mental, a
anímica e a espiritual?
3) Como ocorre
o desenvolvimento do saber através dos níveis ontológicos e
antropológicos?
4) O que
impulsiona a consciência a abandonar uma determinada estação do saber em favor
de uma outra e superior?
Categoria
axiológica
A esfera ética
merece ser destacada, não apenas porque ela tematiza um aspecto fundamental de
nossa existência, mas também porque a análise dessa esfera produz uma inevitável
interconexão com as categorias antropológica, ontológica e gnosiológica.
Portanto, essa interconexão não pode ser deixada de lado:
1) Há uma
correspondência entre nível ontológico e nível de
moralidade?
2) Há uma
evolução moral que, partindo da faculdade físico-biológica, avançando pelas
faculdades emocional, mental e anímica, alcança seu último estágio na faculdade
espiritual?
3) A evolução
gnosiológica e axiológica formam uma unidade, de tal modo que cada novo nível
gnosiológico superior traz necessariamente consigo um novo nível superior de
moralidade correspondente àquele nível gnosiológico?
4) Ou podem
esses níveis se relacionarem de maneira diferente, fazendo com que o indivíduo
que alcançou um alto padrão de moralidade tenha um baixo desempenho
cognitivo?
5) O caso
contrário pode também ocorrer: um indivíduo cognitivamente bastante
desenvolvido, mas relativamente atrasado em termos de evolução ética? Por
exemplo: ações terroristas praticadas por indivíduos, grupos e estados podem ser
explicadas, de tal forma que os perpretadores de tais atos possuam um alto grau
de conhecimento técnico, portanto, se encontram em um nível avançado de
performance cognitiva, mas, do ponto de vista moral, não são tão desenvolvidos
quanto seu arsenal gnosiológico?
IV. 7 Primeira
etapa da pesquisa
O objeto de
pesquisa proposto é obviamente bastante amplo. As respostas às questões
propostas demandam tempo e não podem ser respondidas na sua integralidade apenas
em uma única fase de pesquisa. Isto, então, leva-me a trabalhar por etapas,
concentrar-me, a cada etapa, em algumas questões e, depois, avançar para o
estudo de outros pensadores e outras questões.
Em virtude de
minha aproximação histórica a esses problemas, ocupo-me, primeiramente, com o
contexto teórico envolvendo as filosofias de Plotino e Hegel. Além dessa razão
histórica, fui também motivado por uma observação de Klaus Düsing, segundo a
qual a interpretação hegeliana dos neoplatônicos não foi tão intensamente
trabalhada quanto a interpretação hegeliana de Platão e Aristóteles[15]. E,
finalmente, uma terceira razão motivou-me a começar o estudo com Hegel e
Plotino. Em ambos filósofos há uma base comum que serve como eixo para que as
duas filosofias possam ser aproximadas, sem naturalmente deixar de lado suas
diferenças. Tenho em mente o caminho e suas mediações que a consciência natural
na Fenomenologia do Espírito e a alma nas Enéadas têm de percorrer, a fim
alcançar a última estação: o saber absoluto na Fenomenologia do Espírito e o Uno
nas Enéadas.
Ao começar esse
estudo com Plotino e Hegel, quero concentrar-me nos aspectos ontológicos e
gnosiológicos, embora reconheça que eles estejam inextricavelmente entrelaçados
com os outros dois. Parto do pressuposto – a ser confirmado ou refutado na
realização do projeto – de que os aspectos ontológico e gnosiológico são os mais
adequados para vincular as Enéadas com a Fenomenologia, visto que na exposição
do movimento da consciência natural e da alma alcança-se um novo nível cognitivo
sempre que aquela ou esta penetra um novo plano de ser. Aqui é, por assim dizer,
o locus no qual a pesquisa tem de se estabelecer. O campo epistêmico formado
pelas questões ontológicas e gnosiológicas tem de ganhar uma especificidade, já
que elas serão tratadas em sua relação com a Fenomenologia e as Enéadas, as
quais, por sua vez, lhes conferem um colorido próprio.
Dois pontos
resultantes da crítica de Hegel a Plotino caracterizam esse campo
epistêmico.
O primeiro
refere-se à crítica de Hegel à imediatez absoluta. Segundo Hegel, todo saber
possui tanto imediatez quanto mediação, de tal forma que um saber exclusivamente
imediato ou um saber absolutamente mediatizado devem ser excluídos. A primeira
experiência da consciência natural na Fenomenologia do Espírito, a certeza
sensível, é exemplo dessa deficiência, posto que a opinião da certeza sensível,
segundo a qual o ser sensível é absolutamente imediato, é refutada ao longo de
sua experiência. Diferentemente de Hegel, no entanto, Plotino defende a tese,
segundo a qual o Uno é privado de dualidade e, portanto, também de mediações.
Ele é simplicidade ou imediatez absoluta. Ele consititui a exceção, visto que as
outras hipóstases são marcadas pela dualidade e, conseqüentemente,
mediação.
Daí, as
perguntas: todo saber é, de fato, simultaneamente imediato e mediatizado? Seria
a contemplação do Uno pela alma, na medida em que esta contemplação fosse
interpretada como uma forma de saber, a exceção? Seria a posição de Hegel uma
posição plotiniana mitigada, já que Plotino aceita as duas formas de saber, a
imediata e a mediatizada?
O segundo diz
respeito à necessidade do movimento da alma em direção ao Uno. Na Fenomenologia
do Espírito a passagem de uma figura para uma outra tem lugar, quando um saber
se mostra deficiente e, portanto, indefensável. Se uma determinada figura do
saber tornou-se incapaz de manter sua posição ou seu critério de verdade, então
surge uma nova figura do saber capaz de superar a deficiência da última figura e
fazer avançar o saber. A necessidade de passar de uma forma inferior de saber
para uma outra superior impulsiona a consciência em seu
movimento.
De acordo com
Hegel, um tal necessidade está ausente em Plotino. Com base em imagens e não no
conceito são descritos o progresso da alma em direção ao Uno, o surgimento do
espírito, da alma e da matéria a partir do Uno. Se pertinente, a crítica de
Hegel sinaliza, então, uma deficiência da filosofia de Plotino – deficiência
essa capaz também de dificultar ou até impossibilitar a interpretação da
vinculação entre ser e saber em Plotino.
Questões: é
sustentável a crítica de Hegel à falta de necessidade do movimento da alma para
o Uno e do surgimento das hipóstases a partir do Uno? Em caso negativo: quais as
diferenças entre a necessidade defendida por Plotino nas Enéadas e a defendida
por Hegel na Fenomenologia do Espírito?
Pretendo uma
estadia de seis (06) meses (setembro/2004 a fevereiro/2005) em Bochum, Alemanha,
sede do Hegel-Archiv. No Hegel-Archiv terei acesso ao material indispensável à
pesquisa acima relatada.
Durante o
período de seis meses tenho em mente três objetivos:
A
O primeiro
consiste em recolher os textos diretamente relacionados ao contexto da análise
hegeliana da filosofia de Plotino: a) textos do próprio Plotino e sobre a
filosofia de Plotino, utilizados por Hegel em seu confronto com o pensamento
plotiniano; b) textos de Hegel sobre Plotino; c) textos da literatura secundária
que investigam a interpretação hegeliana de Plotino.
B
O segundo
consiste na avaliação dos textos coletados, de tal modo que as questões acima
colocadas referentes ao confronto das filosofias hegeliana e plotiniana possam
ser respondidas.
C
O terceiro é a
publicação dos resultados obtidos. Tenho a intenção de 1) concluir, ao final de
minha eventual estadia na Alemanha, a redação de um artigo que apresente os
primeiros resultados da pesquisa e enviá-lo para publicação em revista de
filosofia internacionalmente reconhecida (p. ex., a Hegel-Studien).
Posteriormente,
é meu propósito continuar aprofundando o material recolhido no Hegel-Archiv, a
fim de poder cotejá-lo, de um lado, com pesquisadores nacionais e estrangeiros
que se dedicam ao estudo dos níveis de consciência; de outro lado, compará-lo
também com os resultados a serem obtidos da pesquisa sobre Platão e Wilber. Um
futuro desdobramento dessa pesquisa a ser realizado a longo prazo e envolvendo
uma grande equipe de pesquisa seria elaborar um mapa do espectro da consciência
da população brasileira.
Parto do
pressuposto que os objetivos A e B podem ser alcançados em um período de quatro
a cinco meses, ao passo que a redação do artigo apresentando os primeiros
resultados da pesquisa pode ser concluída em um período de um a dois
meses.
Literatura
primária
(Eigler, G. Hrsg.). Platon. Werke in acht Bänden.
Griechisch und Deutsch. Darmstadt:
1990.
Literatura
secundária
Albert,
Karl. Über Platons Begriff der
Philosophie. St. Augustin:
1989. (Beiträge zu Philosophie I).
___. Sul conceito di
filosofia nel “Fedro” di Platone. In:
Rivista di filosofia neoscolastica, 81(1989), 219-223.
___.
Über Platons Begriff der Philosophie.
Sankt Augustin: 1989.
Beierwaltes,
W. Il paradigma neoplatonico nell’
interpretazione di Platone. Nápoles: 1991.
Berti,
E. Struttura e significato del “ Parmenide” di Platone. In:
Giornale di Metafisica, 26 (1971),
495-526.
Cherniss,
H. Aristotle’s Criticism of Plato and the
Academy. Baltmore: 1944.
___.
The Riddle of the Early Academy.
Berkeley-Los Angeles: 1945.
___.
A Much Misread Passage of the “Timaeus”(Timaues 49 C7 - 50 B 5). In: Americam Jounal of Philology”, 75
(1954), 113-130.
Conford,
F.M. Plato’s Theory of Knowledge. Londres:
1935.
___.
Plato’s cosmology. The Timaeus of Plato
Translated with a Running Commentary. Londres:
1937.
Diels,
H. und Kranz, W. Die Fragmente der
Vorsokratiker Griechisch und Deutsch. 3 Bde. ( I u. II : Berlin
1951, III : 1952).
Diès, A. Autour de Platon. Essais de critique et d’
histoire. Paris:
1927.
Döring,
K. und Kullmann, W. Studia Platonica.
Festschrift für H. Gundert. Amsterdam. 1974.
Düsing,
K. Ontolgie und Dialektik bei Plato und Hegel. In: Hegel Studien 15 (1980),
95-150.
Edelstein,
L. Platonic Anonymity. In: American
Journal of Philology 83, 1962, 1-22.
Erler,
M. Hilfe und Hintersinn. Isokrates’
Panathenaikos und die Schriftkritik im Phaidros. In:
Understanding the Phaedrus. Proceedings of the II Symposium
Platonicum,
edited by Livio Rossetti ( International Plato Studies I ). St.
Augustin: 1992.
___.
Der Sinn der Aporien in den Dialogen
Platons. Übungsstücks zur Anleitung im philosophischen Denken
(Untersuchungen zur antiken Literatur und Geschichte 25). Berlin:
1987.
Findlay,
J. Plato. The written and unwritten
doctrines. London: 1974.
__.
Hegelianism and Platonism. In: Hegel and
the history of philosophy. (Malley, J. Algozin, K., Weiss, F., Eds.). The
Hague: 1974, 62-76.
Fritz,
K. The philosophical passage in the seventh Platonic letter and the problem of
Plato’s esoteric philosophy. In:
Fritz, K. Schriften zur griechischen
Logik. Stuttgart: 1978 (Bd. 1, Logik und Erkenntnistheorie).
Gadamer,
H. Platos dialektische Ethik.
Phänomenologische Interpretationen zum Philebos. Leipzig:
1931.
___.
Dialektik und Sophistik im siebenten
Platonischen Brief, Sitzungsberichte der Heidelberger Akademie der
Wissenschaften; 2, Philosophisch-Historische Klasse, Jahrg. 1964.
Heidelberg: 1964.
___.
Platos dialektische Ethik, und andere
Studien zur Platonischen Philosophie. Hamburg: 1968.
__.
Platons ungeschriebene Dialektik. In: Gadamer, H. Kleine Schriften III. Tübingen: 1972,
27-49.
__.
Die Idee de Guten zwischen Plato und
Aristoteles (Sitzungsberichte der Heidelberger Akademie der Wissenschaften,
Philos. – histor. Klasse 1978,3). Heidelberg: 1978.
Gaiser,
Konrad (Hrsg.). Das Platonbild. Zehn
Beiträge zum Platonverständnis. Hildesheim: 1969.
Gadamer,
H. und Wolfgang S. Idee und Zahl; Studien
zur Platonischen Philosophie. Vol. Pt. 2, Abhandlungen der Heidelberger Akademie
der Wissenschaften, Philosophisch-Historische Klasse. Heidelberg:
1968.
Gaiser, K. Platone come scritore filosoico. Saggi
sull’ermeneutica dei dialoghi platonici, com una premessa di Marcello
Gigante ( Instituto Italiano per gli Studi filosofici. Lezioni
dell Scuola di Studi Superiori in Napoli 2). Napoli: 1984.
___.
Platons ungeschriebene Lehre. Studien zur
systematischen und geschichtlichen Begründung der Wissenschaften in der
Platonischen Schule. Stuttgart: 1963.
__.
La teoria dei principi in Platone. In: Elenchos 1 (1980),
45-75.
Griswold,
Jr., Charles, L. Self-Knowledge in
Plato’s Phaedrus. New
Haven- London: 1986.
Hösle,
V. Platons Grundlegung der Euklidizität der Geometrie. In: Philologus 126 (1982),
180-197.
__.
Zu Platons Philosophie der Zahlen und deren mathematischer und philosophischer
Bedeutung. In: Theologie und
Philosophie 59 (1984), 321-355.
Krämer,
H. Arete bei Platon und Aristoteles. Zum
Wesen und zur Geschichte der Platonischen Ontologie (Abhandlungen der
Heidelberger Akademie der Wissenschaften, Philos.-histor. Klasse, 1959, 6).
Heidelberg: 1959.
___. Fichte,
Schlegel und der Infinitismus in der Platondeutung. In: Deutsche Vierteljahrsschrift für
Literaturwissenschaft und Geistesgeschichte. 62, 1988, 583
–621.
___.
Platone e i fondamenti della metafisica.
Saggio sulla teoria dei
principi e sulle dottrine non scritte di Platone con una raccolta dei documenti
fondamentali in edizione bilingue e bibliografia, introduzione e traduzione di
Giovanni Reale (Publicazioni del Centro di
Ricerche di Metafisica. Sezione di metafisica del Platonismo nel suo sviluppo
storico e nella filosofia patristica. Studi e testi I), Milano:
1982.
__. Der Ursprung der Geistmetaphysik.
Untersuchungen
zur Geschichte des Platonismus zwischen Platon und Plotin.
Amsterdam: 21967.
__.
Neues zum Streit um Platons Prinzipientheorie. In: Philosophische Rundschau 27 (1980),
1-38.
Merlan,
P. From Platonism to Neoplatonism.
Den
Haag: 1953.
Moreau, J. La construction de l’ idéalisme
platonicien. Paris: 1939.
__.
Le sens du Platonisme. Paris: 1967.
Reale, G.. Per una nouva interpretazione di Platone.
Rilettura della metafisica dei grandi dialoghi alla luce delle Dottrine non
scritte (Publicazioni del Centro di Richerche die Metafisica Sezione di
Metafisica del Platonismo. Studi e testi 3). Milano:
1991.
__.
Platons protologische Begründung des Kosmos und der idealen Polis. In: Rudolph,
E. (Hrsg.). Polis und Kosmos.
Naturphilosophie und politische Philosophie bei Platon. Darmstadt:
1996.
Reale,
G. (Hrsg.). Verso una nuova immagine di
Platone. Nápoles: 1991.
Robin,
L. la théorie platoniciencne des idées et
des nombres d’après Aristote. Étude
historique et critique.
Paris: 1908.
Ross,
W. Plato’s Theory of Ideas.
Oxford:
1951.
Schaerer,
R. La question platonicienne. Étude sur
les rapports de la pensée et de l’expression dans les dialogues (Mémoires
d’Université de Neuchâtel IO). Paris-
Neuchatel: 1938.
Stein,
H. Sieben Bücher zur Geschichte des
Platonismus. Untersuchungen über das System des Plato und sein Verhältnis zur
späteren Theologie und Philosophie. Frankfurt a.M.: 1965. (3
Teile).
Stenzel,
J. Platon der Erzieher. Leipzig:
1928.
Szlezák,
T. Die Lückenhaftigkeit der akademischen prinzipientheorien nach Aristoteles’
Darstellung in Metaphsik M und N. In: Andreas Graeser (Hrsg.). Mathematics and metaphysics in Aristotle.
Mathematik und Metaphysik bei Aristoteles. Akten des X. Symposium Aristotelicum
Sigriswil, 6-12. September 1984 (Berner Reihe philosophischer Studien 6), Bern –
Stuttgart: 1987, 45-67.
___.
Platon und die Schriftlichkeit der
Philosophie. Interpretationen zu den frühen und mittleren Dialogen. Berlin-
New York: 1985.
___. Unsterblichkeit und Trichotomie der Seele im
zehnten Buch der Politeia, in: Phronesis 2I, 1976,
31-58.
___. Sokrates’ Spott über Geheimhaltung.
Zum Bild des filovsofoV in Platons Euthydemos. In: Antike und Abendland 26, 1980,
75-89.
__.
Psyche – Polis – Kosmos. In: Rudolph, E. (Hrsg.). Polis und Kosmos. Naturphilosophie und
politische Philosophie bei Platon. Darmstadt:
1996.
Taylor,
A. Plato: The Man and his work.
London: 1926.
Vogel,
C. On the Neoplatonic character of Platonism and the Platonic character of
Neoplatonism. In: Mind 62 (1953),
43-64.
Wilpert,
P. Zwei aristotelische Frühschriften über
die Ideenlehre. Regensburg: 1949.
Wippern,
J. (Hr.) das Problem der ungeschriebenen
Lehre Platons. Beiträge zum Verständnis der Platonischen
Prinzipienphilosophie.
Darmstadt: 1972.
Wyller,
E. Der späte Platon. Hamburg:
1970.
Literatura
primária
P. Henry e
H-R. Sch
wyzer. (Hrgs.) Plotini Opera. Oxford: 1984. (Editio
minor).
Literatura
secundária
About,
P. Plotin et la quête de l’un. Paris:
1973.
Alfino.
M. Plotinus on the possibility of non-propositional thought. In: Ancient Philosophy,
8,
273-284.
Andolfo,
M. L'ipostasi della psyche in Plotino :
struttura e fondamenti, introd. di Giovanni Reale. (Pubblicazioni del Centro
di Ricerche di Metafisica, Temi metafisici e problemi del pensiero antico, 54).
Milano: 1996.
__. Essere e tempo nella riflessione plotiniana. In: Rivista di Filosofia Neo-Scolastica (91, 2), 1999, 273-283.
Anton,
J. Plotinus and Augustine on cosmic alienation : Proodos and Epistrophe. In: The Journal of Neoplatonic Studies (4,
2), 1996, 3-28.
Armstrong, A. Emanation in Plotinus. In: Mind 46, 1937,
61-66.
__.
Plotinus and India. In: Classical
Quartely, 1936, 30, 22-28.
__. The architecture of the intelligible
universe in the philosophy of Plotinus. Cambridge:
1940.
__.
Neoplatonic valuations of nature, body and intellect. In: Augustinian Studies, 1972, 3,
33-39.
__.
Form, individual, and person in Plotinus. In: Dionysius, 1977, 1,
49-58.
__.
Negative Theology. In: Downside
Review, 1977, 95, 176-189.
__.
Two views of freedom: a Christian objection in Plotinus Enneads VI 8(39) 7,
11-15. In: Livingston (1982),
397-406.
__.
Dualism Platonic, Gnostic and Christian. In: Runia (1984),
29-52.
Aubenque, P. Plotin et le dépassement de
l’ontologie grecque classique. In: Néoplatonisme. Mélanges offert á Jean
Trouillard. Fontenay-aux-Roses: Les Cahiers de Fontenay, 1981,
101-108.
Baine,
R. El misticismo racional de Plotino. In: Epimeleia (4, 7), 1995,
109-120.
Beierwaltes,
W. Hegel und Plotin. In: Revue internationale de philosophie
(24), 1968, 247-251.
__. Platonismus und Idealismus.
Frankfurt/M: 1972.
__.
Denken des Einen: Studien zur
neuplatonischen Philosophie und ihrer Wirkungsgeschichte. Frankfurt/M:
1985.
__.
Plotin, Geist-Idee-Freiheit. Hamburg:
1990.
__. Selbsterkenntnis und Erfahrung der Einheit :
Plotins Enneade V 3. Text, Übersetzung, Interpretation, Erläuterungen.
Frankfurt/M: 1991.
__.
Plotin Über Ewigkeit und Zeit (Enneade
III.7). Frankfurt/M: 1967.
__.
Andersheit: Grundriss einer neuplatonischen Begriffsgeschichte. In: Archiv für Begriffsgeschichte, 1972, 16,
166-197.
__. Der Übergang zur Neuzeit und die Wirkung von
Traditionen. Göttingen:
1997.
__. Platonismus im Christentum. Frankfurt/M:
1998.
__.
Causa sui, Platons Begriff des Einen als Ursprung des Gedankens der
Selbstursächlichkeit. In:
Traditions of Platonism, Essays in honour
of John Dillon. (Edited by J.J. Cleary). Aldershot (Hampshire): 1999.
191-226.
__.
Das wahre Selbst. Studien
zu Plotins Begrif des Geistes und des Einen,
Frankfurt a.M.: 2001.
__.
Das Eine als Norm des Lebens. Zum metaphysischen Grund neuplatonischer
Lebensform. In: Metaphysik und
Religion. Akten des Internationalen Kongresses vom 13.-17. März 2001 in
Würzburg, Herausgegeben von Theo Kobusch und Michael Erler, K München:
2002,
121-151.
Blumenthal,
H. Did Plotinus believe in ideas of individuals? In: Phronesis, 1966, 11,
61-80.
__.
Soul, world-soul and individual soul in Plotinus. In: Néoplatonisme. Mélanges offerts à Jean
Trouillard. Fontenay-aux-Roses: Les Cahiers de Fontenay, 1981,
55-63.
__.
Plotinus’ Psychology: his doctrine of the
embodied soul. The Hague: 1971.
__.
Plotinus’ Psychology: Aristotle in the Service of Platonism. In: International Philosophical
Quarterly, 1972, 12, 340-363.
__.Nous
and soul in Plotinus: some problems of demarcation. In:
Plotino e il Neoplatonismo in Oriente e
in Occidente. Atti
del Convengo Internazionale, Roma, 5-9 ottobre 1970.
Rome: 1974, 203-219.
__.
Plotinus’a adaptation of Aristotle’s Psychology: sensation, imagination and
memory. In: Harris, R. (Ed.) The
significance of Neoplatonism. New York: 1976.
__.
Plotinus and the Platonic theology of Proclus. In: Proclus et la théologie platonicienne.
(Ed. par Alain Philippe Segonds et al.). Leuven: 2000,
163-176.
Brisson,
L. Le logos chez Plotin. In: Ontologie et dialogue. Mélanges en
hommage à P. Aubenque avec sa collaboration à l'occasion de son 70e
anniversaire, textes réunis par Nestor L. Cordero. Paris: 2000,
47-68.
Castillo, P. Plotino (204/5-270). Madrid: 2001.
Chiaradonna, R. Plotino interprete di Aristotele : alcuni
studi recenti. In: Rivista di filologia
di istruzione classica (126, 4), 1998, 479-503.
—. ousia ex ouk ousiôn. Forma e sostanza
sensibile in Plotino (Enn. VI 3 [44],
4-8). In: Documenti e Studi sulla
tradizione Filosofica Medievale (10), 1999, 25-57.
Chrètien,
J. Plotin et le mouvement. In:
Archives de philosophie (64, 2),
2001, 243-258.
Ciner
de Cardinalli, P. La participación y la mística en las Enéadas de Plotino.
Epimeleia (4), n. 7, 1995,
55-107.
Colette, B. Dialectique et Hénologie chez Plotin.
Bruxelles:
2002.
Crystal,
I. Plotinus on the structure of self-interpretation. In: Phronesis (43, 3), 1998,
264-286.
Emilsson,
E. Remarks on the relation between One and Intellect in Plotinus. In: Traditions of Platonism, Essays in honour of
John Dillon. (Edited by J.J. Cleary). Hampshire: 1999,
271-290.
Diamond,
E. Hegel on being and nothing : some contemporary neoplatonic and sceptical
response. In:
Dionysius (18), 2000, 183-216.
Ferrari,
F. La collocazione dell'anima e la questione dell'esistenza di idee di individui
in Plotino. In: Rivista critica di storia
della filosofia (53, 4), 1998, 629-653.
Galluzzo,
G. Il tema della verità in Plotino, fonti platoniche e presupposti filosofici.
In: Documenti e Studi sulla tradizione
Filosofica Medievale (10), 1999, 59-88.
García
Bazán, F. Filosofía del lenguaje y ontología según Plotino. In: Epimeleia (1), n. 1-2, 1992,
61-90.
Gerson,
L. Plotinus. London:
1994.
Guidelli,
C. Plotino: La vita come pensiero. Una prospettiva estetica. In: Hegel e il neoplatonismo. Atti del Convegno
internazionale di Cagliari (16-17 Aprile 1996). A cura di G. Movia,
Università degli studi di Cagliari. Pubblicazioni del
Dipartimento di filosofia e teoria delle scienze umane, 3, Cagliari: 1999,
179-194.
Hadot, P. Les niveaux de
conscience dans les états mystiques selon Plotin. In: Journal de Psychologie, 1980, 77,
243-266.
__. Exercises spirituals et philosophie
antique. Paris:
1981.
__.
L’union de l’âme avec l’intellect divin dans l’experience mystique plotinienne.
In:
Proclus et son influence. Actes du
Colloque de Neuchâtel, juin 1985. Zurich:
1987.
__.
Plotin ou la simplicité du regard.
Paris: Gallimard, 1997
___.
Plotin, Porhyre. Études
néoplatoniciennes. Paris: 1999.
Inge,
W. The philosophy of
Plotinus.Westport: 1968 (Vols. 1 and 2).
Kèlsssidou,
A. Atteindre l'Un selon Platon et Plotin: Délivrance féconde et supraconscience.
In: Diotima (28), 2000,
26-29.
Klimis,
S. L'ambivalence de l'hénologie chez Plotin. In: Diotima (28), 2000,
43-60.
Menn,
S. Plotinus on the identity of knowledge with its object. In:
Apeiron (34, 3), September 2001,
233-246.
Mesch, W.
Neuere Literatur zu Plotins Metaphysik. In: Philosophische Rundschau (47, 1), 2000,
1-20. ( Besprechung von sechs Veröffentlichungen aus den Jahren
1992-1996).
Molinu.
N. Phughè mónou pròs mónon. Plotino, Spinoza, Hegel. In: Hegel e il neoplatonismo. Atti del Convegno
internazionale di Cagliari (16-17 Aprile 1996). A cura di G. Movia,
Università degli studi di Cagliari. Pubblicazioni del
Dipartimento di filosofia e teoria delle scienze umane, 3, Cagliari:1999,
129-178.
Movia, G. (Hrsg.) Hegel e il neoplatonismo. Atti
del Convegno internazionale di Cagliari (16-17 Aprile 1996).
Università
degli studi di Cagliari. Pubblicazioni del Dipartimento di filosofia e teoria
delle scienze umane, 3. Cagliari:
1999..
O’Meara,
D.J. Neoplatonist Conceptions of the Philosopher-King. In: Plato and Platonism: Studies in Philosophy
and the History of Philosophy, Volume 33. (Van Ophuijsen, J. Ed.) Washington
DC: 1999.
Rappe,
S. Reading Neoplatonism. Non-discursive
thinking in the texts of Plotinus, Proclus and Damascius. New
York: 2000.
Reale,
G. Fundamentos, estructura dinamicro-relacional y caracteres esenciales de la
metafisica de Plotino. In: Anuario
Filosófico (33, 1), 2000, 163-191.
___.
Plotino, Erma bifronte. Appunti per una rilettura sistematica delle "Enneadi".
In:
Metaphysik und Religion, Akten des
Internationalen Kongresses vom 13.-17. März 2001 in Würzburg. Herausgegeben von Theo Kobusch und
Michael Erler, K. München: 2002, 453-475.
Rist,
J. Moral Motivation in Plato, Plotinus, Augustine, and Ourselves. In:
Plato and Platonism: Studies in
Philosophy and the History of Philosophy, Volume 33, (Van Ophuijsen, J.
Ed.). Washington
DC: 1999.
Santa
Cruz, M. Filosofía y dialéctica en Plotino. In:
Cuadernos de Filosofía (24), 1993,
5-21.
Scharfstein,
B. Hierarchical Idealism: Plotinus/Proclus, Bhartrhari; Essays in Honour of
Frits Staal. In: India and Beyond:
Aspects of Literature, Meaning, Ritual and Thought. (Meij-Dick-van-der,
Ed.), New York: 1997, 439-470.
Smith,
A. The Significance of Practical Ethics for Plotinus. In: Traditions of Platonism, Essays in honour of
John Dillon. (Edited by J.J. Cleary). Hampshire: 1999,
227-236.
Sen,
J. Souls. In: Ancient Philosophy (20,
2), 2000, 415-424.
Dodds, E., Theiler, W. et alii. Sources de Plotin,. Les Dix exposés et
discussions. Entretiens sur lántiquité classique V,
1960.
Szlezák,
Th. Platon und Aristoteles in der
Nuslehre Plotins. Stuttgart: 1979.
__.
L’ interpretazione di Plotino della teoria platonica dell’a anima. In: Rivista de filosofia neo-scolastica,
1992, 84, 325-339.
Tazzolio,
F. Du lien de l'Un et de l'Être chez
Plotin. Paris: 2002.
Trotta,
A. Il problema del tempo in Plotino.
Introduzione di Werner Beierwaltes. (Pubblicazioni del Centro di ricerche di
metafisica, Temi metafisici e problemi del pensiero antico). Milano:
1997.
White,
D. and Pang White, A. On the Generation of Matter in Plotinus' Enneads. In: Modern Schoolman (78, 4), May 2001,
289-299.
Neoplatonism
and Nature, Studies in Plotinus’ Enneads. International Society for
Neoplatonic Studies. Michael F. Wagner Editor, 8. New York , 2002.
Neoplatonism
and Indian Philosophy,
International Society for Neoplatonic Studies. Paulos Mar Gregorios Editor, 9.
New York:, 2002.
Neoplatonism
and Contemporary Thought, Part I.
International Society for Neoplatonic Studies, R. Baine Harris Editor, 10. New
York: 2002.
Neoplatonism
and Contemporary Thought, Part II,
International Society for Neoplatonic Studies. R. Baine Harris Editor, 11. New
York: 2002.
Neoplatonism
and Western Aesthetics,
International Society for Neoplatonic Studies, Aphrodite Alexandrakis, Editor,
Nicholas J. Moutafakis Associate Editor, 12. New
York: 2002.
VI. 3
GEORG WILHELM FRIEDRICH HEGEL
Literatura
primária
Hegel,
G. Phänomenologie des Geistes. In: Georg
Wilhelm Friedrich Hegel. Werke in
zwanzig Bänden. Auf der Grundlage der Werke von 1832-1845. neu ediert. Red.
E. Moldenhauer und K. M. Michel. Frankfurt/M.: 1969-1971 (Die Suhrkampausgabe,
heute stw 601-620).
Hegel.
Phänomenologie des Geistes. Herausgegeben von W. Bonsiepen und R. Heed. In: Gesammelte Werke. In Verbindung mit der
Deutschen Forschungsgemeinschaft, herausgegeben von der Nordrhein-Westfällischen
Akademie der Wissenschaften. Hamburg: 1980. Bd. 9.
Literatura
secundária
d’Abbiero,
M. “Alienazione” in Hegel. Usi e
significati di Entäußerung, Entfremdung, Veräußerung. Roma:
1970.
Aschenberg,
R. Der Wahrheitsbegriff in Helgels “Phänomenologie des Geistes”. In: Die ontologische Option. Studien zu Hegels
Propädeutik, Schellings Hegel-Kritik und Hegels Phänomenologie des Geistes.
(Hartmann,
K. Hrsg.). Berlin: 1976, 211-308.
Astrada,
C. Valoración de la fenomenología del
espíritu. Buenos Aires: 1965.
__.
Trabajo y alienación. Buenos
Aires: 1966.
Becker,
W. Hegels Begriff der Dialektik und das
Prinzip des Idealismus. Zur systematischen Kritik der logischen und
phänomenologischen Dialektik. Stuttgart: 1969.
__.
Idealistiche und materialistiche
Dialektik. Das Verhältnis von “Herrschaft und Knechtschaft” bei Hegel und
Marx. Stuttgart: 1970.
__.
Hegels Dialektik von “Herr” und “Knecht”. In: Hegel-Studien. Beiheft 11 (1974),
429-439.
Bloch,
E. Das Faustmotiv der Phänomenologie des Geistes. In: Hegel-Studien 1 (1961).
155-171.
Boeder,
H. Das natürliche Bewußtsein. In: Hegel-Studien 12 (1977),
157-178.
Boey,
C. L’aliénation dans “La Phénoménologie
de l’Espirt” de G.W.F. Hegel. Paris: 1970.
__.
Die Grundlagen der Bildung. In: Hegel-Jahrbuch 1972,
280-291.
Bonsiepen,
W. Zu Hegels Auseinandersetzung mit Schellings Naturphilosophie in der
‘Phänomenologie des Geistes’. In: Schelling. Seine Bedeutung für eine
Philosophie der Natur und der Geschichte. Referate und Kolloquien der
Internationalen Schelling-Tagung 1979. (Hasler, L. Hrsg.) Stuttgart – Bad
Cannstatt: 1981, 167-172.
Borel,
A. Hegel et le problème de la
finitude. Paris: 1972.
Brudner,
R. Problemgeschichte und systematischer Sinn einer Phänomenologie. In.
Hegel-Studien 5 (1969), 129-159.
Burbridge,
J. Man, God and Death in Hegel’s Phenomenology. In: Philosophe and Phenomenological Research
42 (1981). 183-196.
Chiereghini,
F. La Fenomenologia dello spirito nell’ interpretazione di M. Heidegger. In: Verifiche 15 (1986). N. 4.
365-393.
Claesges,
U. Darstellung des erscheinenden Wissens. Systematiche Einleitung in Hegels
Phänomenologie des Geistes. In:
Hegel-Studien. Beiheft 21, Bonn
1981.
Costantino,
S. Hegel. La dialettica come linguaggio.
II problema dell’individuo nella fenomenologia dello spirito. Milano:
1980.
Cramer,
K. Bemerkungen zu Hegels Begriff vom Bewußtsein in der Einleitung zur
Phänomenologie des Geistes. In: Der
Idealismus und seine Gegenwart. Festschrift fü. Werner Marx zum 65.
Geburtstag. (Guzzoni, U. Lang, B. u. Siep, L., Hrsg.) Hamburg: 1976, 75-100.
Dončev,
G. “Wer denkt abstrakt?” und die “Phänomenologie des Geistes”. In: Hegel-Studien 12 (1977).
190-200.
van
Dooren, W. Die Bedeutung der Religion in der Phänomenologie des Geistes. In: Hegel-Studien. Beiheft 4 (1969).
93-101.
__.
Der Begriff der Bildung in der Phänomenologie des Geistes. In: Hegel-Jahrbuch 1973. Köln: 1974,
162-169.
__.
Der Begriff der Materie in Hegels Phänomenologie des Geistes. In: Hegel-Jahrbuch 1976. Köln: 1978,
84-89.
__.
Einige Interpretationen der Phänomenologie des Geistes. In: Hegel-Studien 16 (1981),
251-256.
Drescher,
W. Die dialektische Bewegung des Geistes
in Hegels Phänomenologie. Speyer:
1938.
Dubarle,
D. De la foi au savoir selon la “Phénoménologie de l’esprit”. In:
Revue des sciences philosophiques et
théologiques 59 (1975). 3-36, 243-277, 399-425.
Düsing,
E. Intersubjektivität und
Selbstbevußtsein. Behavioristische, phänomenologische und idealistiche
Begründungsteorien bei Mead, Schütz, Fichte und Hegel. Köln:
1986.
Düsing,
K. Die Bedeutung des antiken
Skeptizismus für Hegels Kritik der sinnlichen Gevißheit. In: Hegel-Studien 8 (1973),
119-130.
____.
Hegel und die Geschichte der Philosophie;
Ontologie und Dialektik in der Antike und Neuzeit. Darmstadt:
1983.
Ferrari,
O. Hegel: rapport entre ‘Phénoménologie de l’Esprit’ et ‘Science de la logique’.
In: Philosophie 11 (1985),
143-153.
Filippe,
A. Análisis critico de la dialéctica del conocimiento en la “Fenomenologia del
espíritu” de Hegel. In:
Diánoia 16 (1970),
66-96.
Fink,
E. Hegel, Phänomenologische
Interpretation der “Phänomenologie des Geistes”. (Hrsg. u. mit einem
Nachwort versehen v. J. Holl). Frankfurt a.M.: 1977.
Fink-Eitel,
H. Hegels phänomenologische Erkenntnistheorie als Begründung dialektischer
Logik. In: Philosophisches Jahrbuch
85 (1978): 242-258.
Fulda,
H. Das Problem einer Einleitung in Hegels
Wissenschaft der Logik. Frankfurt a.M.: 1965.
__.
Zur Logik der Phänomenologie von 1807. In: Hegel-Tage Royaumont 1964. Hegel-Studien.
Beiheft 3 (1966), 75-101.
__.
Hegels Dialektik als Begriffsbewegung und Darstellungsweise. In: Seminar: Dialektik in der Philosophie
Hegels. (Hortsmann, R. Hrsg.). Frankfurt a.M.: 1978,
124-174.
Gadamer,
H. Die verkehrte Welt. In: Hegel-Tage
Royaumont 1964. Hegel-Studien. Beiheft 3 (1966), 135-154.
__.
Hegels Dialektik des Selbstbewußtseins. In: Fulda, H. und Henrich, D. (Hg.). Materialien zu Hegels Phänomenologie des
Geistes. Frankfurt/M: 1973, 217 - 242.
Gauvin,
J. Entfremdung und Entäußerung dans la Phénoménologie de l’Esprit de Hegel. In:
Archives de Philosophie 25 (1962),
555-571.
__.
“Für uns” dans la Phénoménologie de l’Esprit. In: Archives de Philosophie 33 (1970),
829-854.
__.
Wortindex zu Hegels Phänomenologie des Geistes. Hegel-Studien. Beiheft 14, Bonn: 1977.
__.
Gestaltungen dans la Phénoménologie de l’Esprit. In: L’héritage de Kant. Mélanges philosophiques
offerts au Marcel Régnier. Paris: 1982, 195-208.
Gloy,
K. Bemerkungen zum Kapitel Herrschaft und Knechtschaft in Hegels Phänomenologie
des Geistes. In: Zeitschrift für
philosophische Forschung 39 (1985), 187-213.
Göhler,
G. Die wichtigsten Ansätze zur Interpretation der Phänomenologie. In: Hegel: Phänomenologie. (Göhler, G. Hrsg.)
591-623.
Goldford,
D. Kojève’s reading of Hegel. In:
International Philosophical Quarterly
22 (1982). N. 4., 275-293.
Graeser,
A. Hegels Kritik der sinnlichen Gewißheit und Platons Kritik der
Sinneswahrnehmung im ‘Teaitet’. In: Revue
de Philosphie Ancienne 3 (1985). N. 2., 39-57.
Guibal,
F. Dieu selon Hegel. Essai
sur la problématique de la “Phénoménologie de l’Esprit”.
Paris:
1975.
Gumppenberg,
R. Bewußtsein und Arbeit. Zu G.W.F. Hegels “Pnänomenologie des Geistes”. In: Zeitrschrift für philosophische
Forschung 26 (1972), 372-388.
Harris,
H. Les influences plantoniciennes sur la théorie de la vie et du désir dans la
phénoménologie de l’esprit de Hegel. In: Revue de Philosophie Ancienne 3 (1985).
N. 2, 59-94.
Hegel-Tage
Royaumont 1964. Beiträge zur Deutung der “Phänomenologie des Geistes”. (Gadamer,
G. Hrsg). In: Hegel-Studien. Beiheft 3. Bonn
1966.
Heidegger,
M. Hegels Begriff der Erfahrung, In: M.
H. Holzwege. Hrsg. v. F.-W. v. Herrmann. Gesamtausgabe. I. Abt. Bd. 5.
Frankfurt a.M.: 1978.
__.
Hegels Phänomenologie des Geistes.
Hrsg. v. I. Görland. Gesamtausgabe. II. Abt. Bd. 32. Frankfurt a.M.:
1980.
Heinrichs.
J. Die Logik der “Phänomenologie des
Geistes”. Bonn: 1974.
Holz,
H. Herr und Knecht bei Leibniz und Hegel.
Zur Interpretation der Klassengesellschaft. Neuwied u. Berlin:
1968.
Holzleitner
M. Selbsterfahrung und Erfahrung des Selbst. Ein Denkgang mit Hegel. In: Archiv für Religionspsychologie 16
(1983), 269-281.
Horn,
J. Zwei anthropologische Angeln in Hegels
Phänomenologie. In: Sinn und Geschichtlichkeit. Werk und Wirkungen Theodor
Litts. Hrsg. v. J. Derbolav, Cl. Menze u. Fr. Nicolin. Stuttgart: 1980,
78-91.
Hyppolite,
J. La signification de la Révolution Française dans la “Phénoménologie” de
Hegel. In: Revue philosophique de France
et l’étranger 128 (1939), 321-352.
__.
Genèse et structure de la “Phénoménologie
de l’esprit” de Hegel. T. 1. 2. Paris: 1946.
__.
L’Existence dans la phénoménologie de Hegel. In:
Etudes Germaniques 1 (1946), 131-141.
__.
Situation de l’homme dans la phénoménologie hegelienne. In:
Les temps modernes 2 (1974),
1276-1289.
__.
Vie et prise de conscience de la vie dans la philosophie hegelienne à Iena. In:
Revue de Métaphysique et de Morale 45
(1938), 45-61.
__.
Note sur la Préface de la Phénoménologie de l’Esprit et le Thème: L’Absolu est
Subject. In:
Hegel-studien. Beiheft 4 (1969),
75-80.
Jaeschke,
W. Die Vernunft in der Religion. Studien
zur Grundlegung der Religionsphilosophie Hegels. Stuttgart-Bad Cannstatt:
1986. (Bes. 198-218: Die Religionsphilosophie als Moment der Phänomenologie des
Geistes).
Jamme,
Ch. Platon, Hegel und der Mythos. Zu den Hintergrüden eines Diktums aus der
Vorrede zur ‘Phänomenologie des Geistes’. In: Hegel-Studien 15 (1980),
151-169.
Janke,
W. Herrschaft und Knechtschaft und der absolute Herr. In: Philosophische Perspektiven 4 (1972),
211-231.
Jauß,
H. R. Der dialogische und der dialektische ‘Neveu de Rameau’ oder: Wie Diderot
Sokrates und Hegel Diderot rezipierte. In: Das Gespräch. Hrsg. v. K. –H. Stierle u.
R. Warning. München:
1984, 393-419.
__.
Hegel’s theory of aesthetics in the “Phenomenology”. In: Idealistic Studies 2 (1972),
81-94
__.
Recent Interpretations of Hegel’s Phenomenology. In:
Hegel-Studien 16 (1981),
245-251.
Kainz,
H. Hegel’s Phenomenology. Part
I: Analysis and Comementary. Part II: The Evolution of Ethical and Religious
Consciousness to the Absolute Standpoint.
London: 1976-1983.
Lauer,
Q. A Reading of Hegel's Phenomenology of
Spirit. 2nd
ed. Fordham: 1993.
Kimmerle,
G. Sein und Selbst. Untersuchungen zur
kategorialen Einheit von Vernunft und Geist in Hegels “Phänomenologie des
Geistes”. Bonn: 1978.
Kojève,
A. Introduction à la lecture de Hegel.
Leçons sur la Phénoménologie de l’Esprit professées de 1933 à 1939 à l’Ecole des Hautes-Etudes. Reunis et
publ. par R. Queneau. Paris: 1947.
Krüger,
G. Die dialektiche Erfahrung des natürlichen Bewußtseins bei Hegel. In: Hermeneutik und Dialektik. Hrsg. v. R.
Bubner, K. Cramer, R. Wiehl. Tübingen: 1970. Bd. 1,
285-303.
Labarrière,
P.-J. Structures et mouvement dialectique
dans la Phénoménologie de l’esprit de Hegel. Paris:
1968.
__.
La phénoménologie de l’esprit comme discours systématique: histoire, religion et
science. In: Hegel-Studien 9 (1974),
131-153.
__.
La phénoménologie de l’esprit de Hegel.
Introduction à une lecture. Paris: 1979.
Labarrière,
P. et Jarczyk, G. Absolu/sujet. Le
logique, le dialectique et le spéculatif. In:
Laval Théologique et Philosophique,
Volume 51, numéro 2 (juin 1995),
239-250.
Lauer,
J. Reading of Hegel’s “Phenomenology of
spirit”. New York: 1976.
__.
‘The Life of Consciousness and the World Come Alive’: Nature and
Self-Consciousness in Hegel’s Phenomenology. In: Hegel and Whitehead. Contemporary
Perspectives on systematic Philosophy. Hrsg. v. R. Lucas. New
York: 1986, 186-206.
Liebrucks,
B. Sprache und Bewußtsein. Bd. 5: Die
zweite Revolution der Denkungsart. Hegel: Phänomenologie des Geistes.
Frankfurt a.M.: 1970.
Lim,
S. Der Begriff der Arbeit bei Hegel.
Versuch einer Intrpretation der “Phänomenologie des Geistes”. Bonn:
1963.
Lugarini,
L. Sull’argomento della Fenomenologia dello spirito. In: Pensiero 15 (1970),
15-45.
Marcuse,
H. Hegels Ontologie und die Theorie der
Geschichtlichkeit. Frankfurt a.M.: 1932. (Bes. 257-362: Leben als
Seinsbegriff in der “Phänomenologie des Geistes”).
Mariani,
L. Immediatezza, relazione, mediazione in Hegel. La “Fenomenologia”. In: Teoresi 35 (1980),
49-84.
Marotzki,
W. Der Bildungsprozeß des Menschen in Hegels “Phänomenologie des Geistes. In: Goethe Jahrbuch 104 (1987),
128-156.
Marx,
W. Hegels Phänomenologie des Geistes. Die
Bestimmung ihrer Idee in “Vorrede” und “Einleitung”. Frankfurt a.M.: 1971.
__.
Aufgabe und Methode der Philosophie in Schellings System des transzendentalen
idealismus und in Hegels Phänomenologie des Geistes. In: Marx, W. Schelling: Geschichte, System, Freiheit.
Freiburg: 1977, 63-99.
__.
Das Selsbstbewußtsein in Hegels
Phänomenologie des Geistes. Frankfurt a.M.: 1986.
Massolo,
A. ‘Entäußerung’, ‘Entfremdung’ nella Fenomenologia dello Spirito. In: Hegel-Studien. Beiheft 4 (1969),
81-91.
Maurer,
R. Hegel und das Ende der Geschichte.
Interpretationen zur “Phänomenologie des Geistes”. Stuttgart: 1965.
Norman,
R. Hegel’s Phenomenology. A philosophical
introduction. London: 1976.
Nusser,
K. Die Französische Revolution und Hegels Phänomenologie des Geistes. In: Philosophisches Jahrbuch 77 (1970), 276-296.
__.
Hegels Dialektik und das Prinzip der
Revolution. München:
1973.
Okrent,
M. Consciousness and objective spirit in Hegel’s ‘Phenomenology’. In:
Journal of the History of Philosophy
18 (1980), 39-55.
Ottmann,
H. Das Scheitern einer Einleitung in
Hegels Philosophie. Eine Analyse der Phänomenologie des Geistes. München:
1973.
__.
Herr und Knecht bei Hegel. Bemerkungen zu einer mißverstandenen Dialektik. In:
Zeitschrift für philosophische
Forschung 35 (1981), 365-384.
Pinkard,
T. Hegel's Phenomenology: The sociality
of reason. Cambridge: 1994.
Pöggeler,
O. Hegels Idee einer Phänomenologie des
Geistes. Manchen: 1973.
__.
Selbstbewußtsein und Identität. In: Hegel-Studien 16 (1981),
189-217.
__.
Phénoménologie et logique selon Hegel. In: Philosophie et Métaphysique.
Ed.
par J. L. Marion et G. Planty Bonjour. Paris: 1984, 17-36.
Puntel,
X. Hegel heute. Zur “Phänomenologie des Geistes”. In: Philosophiches Jahrbruch 80 (1973),
133-160.
Riedel,
M. Hegel und die antike Dialektik.
Franfurt/M. 1990.
Scheier,
C. Analytischer Kommentar zu Hegels
Phänomenologie des Geistes. Die Architecktonik des erscheinenden Wissens.
Müchen: 1980.
Schmitz,
H. Der Gestaltbegriff in Hegels “Phänomenologie des Geistes” und seine
geistesgeschichtliche Bedeutung. In: Gestaltprobleme der Dichtung. Festschrift f
ür Günter Müller. Bonn: 1957, 315-334.
__.
Die Vorbereitung von Hegels “Phänomenologie des Geistes” in seiner “Jenenser
Logik”. In: Zeitschrift für
philosophische Forschung 14 (1960), 16-39.
__.
Hegels Begriff der Erinnerung. In: Archiv
für Begriffsgeschichte 9 (1964), 37-44.
Schöndorff,
H. Anderswerden und Versöhnung Gottes in Hegels ‘Phänomenologie des Geistes’.
Ein Kommentar zum zweiten Teil von VII. C. ‘Die offenbare Religion’. In: Theologie und Philosophie. Frankfurt a.
M.: 1982, 550 - 567.
Schwarz,
J. Die Vorbereitung der Phänomenologie des Geistes in Hegels Jenenser
Systementwürfen. In: Zeitschrift für
deutsche Kulturphilosophie 2 (1936), 127-195.
Seba,
J. Histoire et fin de l’histoire dans la ‘Phénoménologie de l’Esprit’ de Hegel.
In:
Revue de Métaphysique et de Morale 85
(1980), 27-47.
Secrétan,
P. Le Thème de la mort dans la “Phénoménologie de l’esprit” de Hegel.
In:
Freiburger Zeitschrift für Philosophie
und Theologie 23 (1976), 269-285.
Seibold,
J. R. Pueblo y saber en la ‘Fenomenología del Espíritu’ de Hegel. In:
Stromata 36 (1980). N. 3-4,
199-214.
Shklar,
J. Freedom and Independance. A Study of
the Political Ideas of Hegel’s “Phenomenology of Mind”. London:
1976.
Siep,
L. Der Kampf um Anerkennung. Zu Hegels Auseinandersetzung mit Hobbes in den
Jenaer Schriften. In:
Hegel-Studien 9 (1974).
155-207.
__.
Zur Dialektik der Anerkennung bei Hegel. In: Hegel-Jahrbuch 1974. Köln 1975,
366-373.
Sobotka,
M. Die Auffassung des Gegenstandes in Hegels “Phänomenologie des Geistes”. In:
Wiener Jahrbuch für Philosophie 8
(1975). 133-153.
Solomon,
R. Hegel’s Concept of “Geists”. In:
Hegel – A Collection of Critical
Essays. Ed. by A. MacIntyre. New York: 1972, 125-149.
Solomon,
R. In the Spirit of Hegel: A Study of
Hegel's Phenomenology of Spirit. Oxford:
1983.
Stiehler,
G. Die Dialektik in Hegels
“Phänomenologie des Geistes”. Berlin:
1964.
Taylor,
Ch. The opening arguments of the Phenomenology. In: Hegel – A Collection of Critical Essays.
Ed. by A. MacIntyre. New York: 1972,151-187.
Taylor,
M. Journeys to selfhood: Hegel and
Kierkegaard. Berkeley:1980.
Toth,
I. Die nicht-euklidische Geometrie in der Phänomenologie des Geistes. In: Philosophie als Beziehungswissenchaft.
Festschrift für Julius Schaaf. Hrsg. v. W.F. Nebel u. D. Leisegang.
Frankfurt
a. M.. 1972, 3-92
Tommaso,
G. Vita e lavoro nella sezione autoscienza della “Fenomenologia” hegeliana. In:
Pensiero 20 (1975),
97-120.
__.
Il Lavoro nella figura hegeliana della “Coscienza infelice”. In: Pensiero 21 (1976),
55-80.
Valls
Plana, R. Del yo al nosotros. Lectura de
la Fenomenología del Espíritu de Hegel. Barcelona:
1971.
Vaught,
C. Subject, Object and Representation. A critique of Hegel’s Dialectic of
Perception. In: International
Philosophical Quarterly 26 (1986), 117-129.
Wahl,
J. Le malheur de la conscience dans la
philosophie de Hegel. Paris: 1929.
Westphal,
M. History and Truth in Hegel’s
“Phenomenology”. New Jersey: 1979.
Wiehl,
R. Über den Sinn der sinnlichen Gewißheit in Hegels “Phänomenologie des
Geistes”. In: Hegel-Tage Royaumont
1964. Hegel-Studien. Beiheft 3
(1966), 103-134.
__.
Phänomenologie und Dialektik. In: Hegel-Studien. Beiheft 11 (1974),
623-634.
__.
Seele und Bewußtsein. Zum Zusammenhag von Hegels “Anthropologie” und
“Phänomenologie des Geistes”. In: Der
Idealismus und seine Gegenwart. Festschrift für Werner Marx zum 65.
Geburtstag.
Hamburg: 1976, 424-451.
Wolf-Gazo,
E. Negation and Constrast: The Origins of Self-Consciousness in Hegel and
Whitehead. In: Hegel and Whitehead.
Contemporary Perspectives on systematic Philosophy. Hrsg. v. G. R. Lucas.
New
Cork: 1986, 207-218.
Yon,
E. D. Esthétique de la contemplation et esthétique de la transgression. A propos
du passage de la religion au savoir absolu dans la “Phénomenologie de l’esprit”
de Hegel. In: Revue philosophique de
Louvain 74 (1976), 549-570.
Literatura
primária
The
collected Works of Ken Wilber.
Boston: 1998ss.
Literatura
secundária
Alexander,
C. and Langer, E. (Eds.). Higher
stages of human development.
New York: 1990.
Anthony,
D., Ecker, B. and Wilber, K. Spiritual
choices. New York: 1987.
Arieti,
S. The intrapsychic self. New York:
1967.
Bateson,
G. Mind and nature. New York:
1979.
Berman,
M. Coming to our senses. New York:
1989.
Bull,
N. The moral judgment from childhood to
adolescence. Beverlly Hills: 1969.
Brown,
D. A model for the levels of concentrative meditation. In: International J. Clinical and Experimental
Hypnosis 25: 236-273.
Bruner,
J. In search of mind. New York:
1983.
Carilho,
M. Rationalités. Les avatars de la raison
dans la philosophie contemporaine.
Paris: 1997.
Chalmers,
D. The puzzle of conscious experience. Scientific American. December:
1995.
Churchland,
P. Matter and consciousness.
Cambridge: 1984.
Collins,
A. The nature of mental things. Notre
Dame, Ind.: 1987.
Crittenden,
J. Beyond individualism. Oxford:
1992.
Damasio,
A. The feeling of what happens: body and
emotion in the making of consciousness. Harcourt Brace: 1999.
Deikman,
A. The observing self. Boston:
1982.
Denett,
D. Consciousness explained. Boston:
1991.
Dumont,
L. Essais sur l'individualisme - Une
perspective anthropologique sur l'idéologie moderne. Paris:
1983.
Edinger.
Ego and archetype. Boston:
1992.
Ehrenberg,
A. La fatigue d'etre soi. Odile
Jacob: 1998.
Evans,
D. Spirituality and human nature.
Albany: 1993.
Ferguson,
K. The man question: visions of
subjectivity. Berkeley: 1993.
Feuerstein,
G. Structures of consciousness. Lower
Lake, Calif.: 1987.
Fingarette,
H. The ego and mystic selflessness. In:
Psychoanalytic Review 45: 5-40.
Flanagan,
O. The science of the mind.
Cambridge: 1984.
Forman,
R. (Ed.). The problem of pure
consciousness. New York: 1990.
Fowler,
H. Stages of faith: The psychology of
human development and the quest for meaning. San Francisco:
1981.
Gardner,
H. The quest for mind. New York: 1972.
Gebser,
H. The ever-present origin. Athens:
1985.
Gergen,
K. The saturated self. New York:
1991.
Gilligan,
C. In a different voice. Cambridge:
1982.
Goleman,
D. The varieties of meditative
experience. New York: 1977.
__.
The meditative mind. Los Angeles:
1988.
Grof,
S. Realms of the human unconscious.
New York: 1975.
__.
Beyond the brain. Albany:
1985.
__.
The adventure of self-discovery.
Albany: 1988.
Hekman,
S. Moral voices, moral selves: Carol
Gilligan and feminist moral theory. Cambridge: 1995.
Jackendoff,
R. Consciousness and the computational
mind. Cambridge: 1987.
Jacobson,
E. The self and object world. New
York: 1964.
Jain,
E. Lebensphilosophie und west-östliche Mystik. In: Jain, E. und Margreiter, R.
(Hrsg.). Probleme philosophischer Mystik.
Festschrift für Karl Albert. Sankt Augustin: 1991.
Jain,
E. und Margreiter, R. (Hrsg.). Probleme
philosophischer Mystik. Festschrift für Karl Albert. Sankt
Augustin: 1991.
Johnson,
M. The body in the mind: the bodily basis
of meaning, imagination, and reason. Chicago: 1990.
Joravsky,
D. Body, mind and machine. New York
Review of Books, Oct. 21, 1982.
Kegan,
R. The evolving self. Cambridge:
1982.
__.
In over our heads. Cambridge:
1994.
Kenneth,
G. The saturated self: dilemmas of
identity in everyday life. Basic Books: 1992
Koestler,
A. The ghost in the machine. New
York: 1976.
Kohlberg,
L. The meaning and measurement of moral
development. Clark University Press: 1980.
__.
Essays on moral development. San
Francisco: 1981. (Vol. 1).
__. The philosophy of moral development. San
Francisco: 1981.
Kohlberg,
L. and Armon, C. Three types of stage models. In: Commons, M. et al. Beyond formal operations. New York:
1984.
Kohlberg,
L. et al. Moral stages: a current
formulation and response to critics. Basel: 1983.
Kohlberg,
L. and Ryncarz, R. Beyond justice reasoning. In: Alexander, C. and Langer, E.
(Eds.). Higher stages of human
development. New York: 1990.
Kohut,
H. The analysis of the self. New
York: 1971.
Kramer,
D. Post-formal operations? In: Human
Development, 1983, 26, 91-105.
__.
The restoration of the self. New
York: 1977.
Loevinger,
J. Paradigms of Personality.New York:
1987.
___.
Ego development. San Francisco:
1976.
Loevinger
et al. (Eds.) Measuring ego development.
Parts 1 & 2. San Fransciso: 1970.
Lovejoy,
A. The great chain of being.
Cambridge: 1964.
Lukacs,
G. The destruction of reason.
London:
1980.
Maffesoli,
M. Eloge de la raison sensible.
Grasset:
1996.
Mahler,
M. On human symbiosis and the
vicissitudes of individuation. New
York: 1968.
Mall,
R. Philosophie als Denken- und Lebensweg. In: Jain, E. und Margreiter, R.
(Hrsg.). Probleme philosophischer Mystik.
Festschrift für Karl Albert. Sankt Augustin: 1991.
Margreiter,
R. Von der Metaphysik zur Mystik. Überlegungen mit und gegen Karl Albert. In:
Jain, E. und Margreiter, R. (Hrsg.). Probleme philosophischer Mystik.
Festschrift
für Karl Albert.
Sankt Augustin: 1991.
Maslow,
A. Religions, values, and peak experiences. New York:
1970.
__.
The farther reaches of human nature.
New York: 1971.
Masterson,
J. The search for the real self.
New
York: 1988.
Mercier,
A. Ecrire sur la mystique? Jain, E. und Margreiter, R. (Hrsg.). Probleme philosophischer Mystik. Festschrift
für Karl Albert. Sankt
Augustin: 1991.
Modgil,
S. and Modgil, C. Lawrence Kohlberg:
consensus and controversy. Philadelphia: 1985.
Murphy,
M. The future of the body. Los
Angeles: 1992.
Neumann,
E. The origins and history of
consciousness. Princeton: 1954.
Nucci,
L. Moral development and character
education. Berkeley: 1989.
Lyons,
J. The invention of self. Illinois:
1978.
Mead,
G. Mind, self and society. Chicago:
1934.
Pascual-Leone,
J. Reflections on life-span intelligence, consciousness, and ego development.
In: Alexander, C. and Langer, E. (Eds.). Higher stages of human development. New
York: 1990, 258-285.
Popper,
K. and Eccles, J. The self and its
brain. London: 1983.
Richards,
F. and Commons, M. Postformal cognitive-developmental theory and research. In:
Alexander, C. and Langer, E. (Eds.). Higher stages of human development. New
York: 1990, 139-161.
Ricouer,
P. Oneself as another. Chicago:
1992.
Rothberg,
D. Contemporary epistemology and the study of mysticism. In: Forman, R. (Ed.).
The problem of pure consciousness.
New York: 1990.
__.
The crisis of modernity and the emergence of socially engaged spirituality. In:
ReVision, 1993, 15 (3):
105-115.
Scherer,
G. Die Welt als Grundverhältnis und die Grenzen der Mystik. In: Jain, E. und
Margreiter, R. (Hrsg.). Probleme
philosophischer Mystik. Festschrift für Karl Albert. Sankt Augustin:
1991.
Schuon,
F. Logic and transcendence.
New
York: 1975.
Scott,
A. Stairway to the mind. New York:
1995.
Simondon,
G. l'Individu et sa genese
physico-biologique. Paris:
1964.
Sinnot,
J. Post-formal reasoning. In: Commons, M. et al. Beyond formal operations. New York:
1984.
Smith,
H. Forgotten truth. New York:
1976.
Smuts,
H. Holism and evolution. New York:
1926.
Souvaine,
E., Lahey, L., and Kegan, R. Life after formal operation. In: Alexander, C. and
Langer, E. (Eds.). Higher stages of human
development. New York: 1990, 229-257.
Sternberg,
R. (Ed.) Wisdom: its nature, origins, and
development. New York: 1990.
Spretnak,
C. States of grace: the recovery of
meaning in the postmodern age. San Francisco: 1991.
Taylor,
C. Sources of the self. Cambridge:
1989.
Wade,
J. Changes of mind: a holonomic theory of
the evoluton of consciousness. New York: 1996.
Thomas,
L., Brewer, S., Kraus, P. and Rosen, B. Two patterns of transcendence: An
empirical examination of Wilber’s and Washburn’s theories. In: Journal of Humanistic Psychology 33(3):
66-82.
Vaillant,
G. The wisdom of the ego. Cambridge:
1993.
Varela,
F. Principles of biological autonomy.
New York: 1979.
Varela,
F., Thompson, E., Rosch, E. The embodied
mind. Cambridge: 1993.
Vieillard-Baron,
J.L. L’expérience philosophique fondamentale et la mystique chez Bergson et
Lavelle. In:
Jain, E. und Margreiter, R. (Hrsg.). Probleme philosophischer Mystik.
Festschrift
für Karl Albert.
Sankt Augustin: 1991.
Wallace,
R. Physiological effects of transcendental meditation. In: Science, 167,
1751-1754.
Walsh,
R. Can western philosophers understand asian philosophies? In: Crosscurrents (34):
281-99.
__.
The spirit of evolution: a review of Ken Wilber’s Sex, ecology, spirituality.
In: Noetics Sciences Review, Summer
1995.
Walsh,
R. and Vaughan, F. Paths beyond ego.
Los Angeles: 1993.
Washburn,
M. The ego and the dynamic ground.
Albany: 1995.
Watts,
A. The supreme identity. New York:
1972.
Wilber, K., Engler, J. and Brown, D. Transformation of consciousness:
Conventional and contemplative perspectives on development. Boston:
1986.
Zimmerman,
M. Eclipse of the self. Athens:
1981.
[1] Lovejoy, A. The great chain of being. Cambridge:
1964.
[2] Wilber, K. The eye of spirit, p. 445-446. In: The collected Works of Ken Wilber. Boston: 1998s.
[3]
Plotino data o seu início com Parmênides; v. Enéadas, V 1, 8-9.
[4] V. tb. Gaiser, K. Platons Ungeschriebene Lehre. Studien zur
systematishchen und geschichtlichen Begründung der Wissenschaften in der
Platonischen Schule. Stuttgart: Klett-Cotta, 1998.
91s.
[5] Platão, Fédon, 95e – 102a.
[6] V. tb. auch Hadot, P. Plotin ou la simplicité du regard.
Paris: Gallimard, 1997. 25-44.
[7] Hegel. Phänomenologie des Geistes. Frankfurt/M:
Suhrkamp, 1996. 579; u.Vieira, L. Freiheil als Kultus. Aporien und Grenzen der menschlichen Freiheit
bei Hegel. Würzburg: Königshausen & Neumann, 1996. 64s.
[8] Hegel. Phänomenologie des Geistes. Frankfurt/M:
Suhrkamp, 1996. 579.
[9] Hegel. Phänomenologie des Geistes. Frankfurt/M:
Suhrkamp, 1996. 593.
[10] V. website: the world of ken
Wilber/german section:
http://www.worldofkenwilber.com.
[11] V. Wilber, Integral Psychology,
494. In: Wilber, K. The collected works
of Ken Wilber. Shambhala: Boston, 1998s.
[12]V. website: integral world -
portuguese section.
[13]
O período de tempo necessário para que o indivíduo percorra todas as etapas de
sua evolução e a complete não será considerado no resumo que ora apresento.
Para maiores detalhes v.
Wilber. Sex, ecology and spirituality: the spirit of evolution, 218ff. In: Wilber, K. The collected works of Ken Wilber.
Shambhala: Boston, 1998s.
[14]
Patologias podem acontencer em todos os níveis da evolução do eu. Neste contexto, contudo, não as
investigarei. V. Wilber, Integral
psychology, 627; Sex, ecology and spirituality: the spirit of
evolution, 218ss. In: Wilber, K. The collected works of Ken Wilber.
Shambhala: Boston, 1998s.
[15] Düsing, K. Hegel und die Geschichte der
Philosophie. Darmstadt: Wissenschatliche Buchgesellschaft,
1983. 135.