O que a gestualidade, as convenções narrativas, a teatralidade, o ensaiado, a cadência da oralidade, as expressões faciais, os objetos levados para a situação de entrevista ou a montagem do cenário em que ela ocorre dizem sobre as memórias que são comunicadas em história oral? Disposto a ouvir, documentar e debater as lembranças sobre o emblemático ano de 1968, a partir de um turbulento tempo presente – o ano de 2018 –, um grupo de pesquisadores se viu diante das performances narrativas de seus entrevistados. E, em diálogo com elas, produziu reflexões que tratam da (res)significação do tempo da ditadura militar, em discussões sobre a apresentação pública de memórias privadas; os marcadores sociais de diferença (gênero, classe e raça) e as formas como eles incidem na relação entrevistado-entrevistador-público para a produção de lembranças; os trabalhos linguístico e performático que possibilitam a comunicação da memória; e os desafios da promoção de uma “autoridade compartilhada” em história oral.
E-book disponível em: https://www.finotracoeditora.com.br/e-book-e-68-hein-performance-narrativa-em-historia-oral
