Algumas idéias de
Henri Berr
Três temas
inter-relacionados caracterizam o pensamento de Henri Berr
(1): a noção de síntese em história, a escola histórica alemã e a
vitória do espírito francês sobre o germânico
(2). É provável que a primeira
menção à síntese tenha sido na tese L’Avenir de la philosophie.
Esquisse d’une synthèse des connaissances fondée sur l’histoire, de
1899, volume ainda não localizado em bibliotecas brasileiras. Por síntese
Berr entendia a “unificação da ciência a partir da definição de uma
metodologia integradora fundada sobre a história” (Gemelli, 1987 p. 228).
Mas propor uma ciência fundada sobre a história exigia, antes, que a
própria história fosse ciência e, portanto, implicava em superar pelo
menos três aspectos que caracterizavam o saber histórico daquela época: um
deles, a identificação entre história e erudição, e cujo resultado eram
estéreis compilações de documentos e fatos, extensas notas de rodapé
comprobatórias e monografias de árdua leitura. Outro aspecto diz respeito
às formas literárias dos relatos históricos e que em nada se assemelhavam
ao procedimento científico. Por fim, a divisão comumente aceita entre
ciências físicas e naturais, de um lado, e ciências humanas e históricas
de outro, cisão esta que impossibilitava à história conquistar o status de
ciência. Berr admite que o atraso das ciências históricas em relação às
ciências naturais se devia a tais fatores, motivo pelo qual também pesavam
sobre a história acusações de não ter contato com a realidade, ser
excessivamente científica (no sentido de erudita e de buscar fatos) e não
levar a lugar algum (Berr, 1946, p. 5-9). Porém, Berr desviou esses
limites ao defender que a história científica deveria se ater à
atualidade, à vida, tal como sugere o seguinte trecho:
Ao interesse profundo que
apresenta o problema da história-ciência vem juntar-se um interesse de
atualidade. (...) Do ponto de vista de pura ciência, não há problema mais
urgente e mais central do que a organização da história – organização
interna e lógica, organização externa e prática. Resolvendo-o, fica
resolvido, do mesmo passo, o problema da concordância da história com a
vida (Berr, 1946, p.6).
É provável que este
interesse pelo atual a partir de uma perspectiva historicamente orientada
configure pelo menos parte da noção de síntese, que seria, segundo Gemelli,
“uma interciência de fronteiras disciplinares flexíveis” (1987, p. 228).
Embora pareça não haver uma definição clara do termo nos textos
consultados, Berr explica o que a síntese não é ao diferenciá-la da
síntese erudita e da filosofia da história: esta última seleciona exemplos
que confirmem a previsão sobre o curso dos eventos; a outra organiza o
trabalho analítico e associa dados, daí obtendo resultados sobretudo
parciais (Berr, 1946, p.23). A síntese em história, por outro lado, tem
como tarefa coordenar, agrupar e confirmar generalizações hipotéticas (Berr,
1946, p.55) e, desse modo, justifica uma ciência histórica que se
caracteriza como “pesquisa de causalidades diversas e da relação que entre
si mantém essas causalidades” (1911, p. 55).
Na história-ciência
de Berr são três os tipos de causas em jogo nos fatos humanos (1946, p.
190): a contingência, a necessidade, a lógica – que ele também denomina,
respectivamente, fatos contingentes, leis, razões; ou Os fatos, O social,
As idéias. A principal novidade desta proposta foi ter atribuído à relação
causal um fator inusual, ou o caso único, como elemento realmente capaz de
alterar o curso dos eventos. Isto porque do primeiro nível de causalidade,
a contingência, Berr diferencia o puro acaso do acaso histórico,
imprevisto este que “se é ... sem passado, não é necessariamente sem
futuro” (1953, p. 53); ele conceitua e denomina estas possíveis
ocorrências casuais, coincidências, da seguinte maneira: “É a
multiplicidade e a duração dos efeitos produzidos, e a intensidade da
repercussão no espaço e no tempo que caracterizam o acontecimento” (1953,
p. 66). Porém, ele também atribui este caráter fortuito ao conceito de
individualidade, e este passa a ser um “intermediário entre o puro acaso e
a necessidade” (Berr, 1911, p. 67). Mas a necessidade, já foi dito, é
equivalente a leis e O social; ou seja, a própria individualidade, de
certa forma, é um acontecimento desenhado entre o acaso, as leis e o
social. Se a individualidade é contingencial, por extensão conclui-se que
as diversas conceituações sobre o humano também o serão. Disse ele a este
respeito:
Se um grande número
de sentenças históricas fizeram sobressair o papel do meio, de raça, dos
grandes homens, de dois destes elementos, ou dos três simultaneamente,
muitas vezes os filósofos da história enganaram-se quanto à extensão
explicativa dessas causas puramente contingentes (Berr, 1946, p. 68).
Tudo indica que Berr
se preocupou profundamente com a noção de causa; há inclusive algumas
extensas notas de rodapé tratando deste assunto, citando diversos autores
de diferentes áreas de saber no livro de 1911. Mas seu intuito, vale
lembrar, era fazer da história uma ciência, e ele acertadamente passou a
analisar as características da história de sua época, ou seja, a erudição,
o relato literário e a filosofia da história. Porém, ocorre que nelas a
causalidade abrange ora um encadeamento tão forte e progressivo que
passa-se a conhecer o porvir, como propõe a filosofia da história; ora
busca-se uma causa tão específica que se perde a noção de conjunto, de
encadeamento, como acontece na história erudita; e ora a causa provém de
uma fragilidade atribuída principalmente à imaginação do escritor, como na
história literária. A conseqüência mais imediata da noção de acaso
histórico, provavelmente inaugurada por Berr, foi não só os sujeitos
históricos perderem o poder sobre a direção e previsão dos eventos, como
também o próprio curso da história escapar a quaisquer predições ou leis
pré-estabelecidas. Ou seja, estava criado um vínculo entre história e
contingência.
História e contingência
A
atitude de Berr ao introduzir elementos incomuns na determinação dos
eventos e
nas leis do desenvolvimento histórico, tinha como possível intenção
principal enfraquecer um modo de intuição histórica, dominante na época,
que permitia reconstruir com veracidade fatos passados. Tal provocação se
dirigia especialmente ao historicismo alemão, ou seja,
ao estudo das ‘individualidades’ específicas [onde] um
lugar privilegiado pertence aos Estados, idéias de origem divina,
encarnações de uma forma superior de moralidade que só podem ser
compreendidas a partir de sua especificidade intrínseca. Para apreender
essas ‘individualidades’ [deve-se] reconstituir o mais escrupulosamente
possível as intenções e os motivos dos atores da história, e depois tentar
buscar e apreender sua originalidade por intermédio da intuição e da
simpatia (François, 1993, p. 20).
O
uso do termo individualidade em Berr e no historicismo alemão merece
atenção. De modo geral, os historiadores alemães daquela época admitiam a
existência de um substrato de motivos e intenções comuns a todo e qualquer
homem, de modo que seria possível refazer a história a partir de uma
evocação subjetiva experimentalmente induzida; ou seja, a partir de uma
inspiração historicamente orientada apreender-se-iam os reais propósitos
de atos e motivações daqueles que decidiram os destinos humanos.
Apercepção estética, intuição histórica e imaginação poética, ou criadora,
foram as designações para esta aptidão em reconstituir fatos e intenções
humanas tal como realmente ocorreram (Berr, 1954, p. 194-195). Berr
debilitou este método quando introduziu o casual na constituição da
própria individualidade, de modo que este terceiro elemento
necessariamente passou a determinar aquelas individualidades que
legitimamente os modos da intuição histórica pretensamente diziam
apreender.
Esta
inovação de Berr contribuiu para que o ofício do historiador superasse o
esquema teórico até então vigente que priorizava o Estado, os fatos
políticos e econômicos, a enumeração dos grandes eventos e o relato sobre
personagens famosos. Como bem atestam os encontros por ele organizados, as
famosas “Semaines de Synthèse”, a pesquisa em história se abriu para temas
como A civilização, As origens da sociedade, A individualidade, A
multidão, A estatística, A mentalidade pré-histórica e A sensibilidade,
entre outros.
O
bônus teórico desta operação foi duplo: o acaso alçou status de dado; e a
história científica se liberou das causalidades da filosofia da história,
da intuição histórica e da erudição, assim como aceitou o convite de
direcionar sua atenção para o atual, para a vida. Entretanto, o custo foi
o historiador passar a necessitar do senso psicológico. Diz Berr a este
respeito
A
psicologia é indispensável ao historiador quando este faz a síntese. Esse
senso psicológico, ao mesmo tempo que senso histórico, quer dizer a
curiosidade por tudo quanto é humano, a inteligente simpatia para o
diferente, o mutável e o complexo da vida (1946, p. 210).
Pode-se perguntar se foi a recusa da evocação histórica ad infinitum
que conduziu Berr a incluir a contingência como fator da individualidade;
ou ao contrário, se foi a partir da relação causal que ele concluiu pela
fragilidade do método intuitivo e pela força do acaso na história. Essa
resposta, no entanto, em nada vai alterar um vínculo que se consumou entre
história e psicologia.
História
e psicologia
A relação entre
história e psicologia data de 1898, ano de defesa da tese L’Avenir de
la philosophie... Disse Berr naquela época:
O espírito é o
produto da história. A história é a concreção do pensamento. Psicologia da
humanidade, psicologia dos povos, psicologia biográfica: ensaios diversos
se multiplicam. E todas estas concepções aspiram a se fundir, absorvendo a
erudição. Há uma psicologia histórica que se elabora, sem ter encontrado
sua forma definitiva (citado por Chalus, 1961, p. IX).
Um aspecto
extremamente importante a ser analisado neste trecho é a inusitada relação
que Berr estabelece entre espírito, história e pensamento. Inusitada
porque se o espírito é produto da história, e a história é concreção do
pensamento, decorre que o espírito é realização de pensamento; ou seja,
ele adicionou à tradicional fórmula da época (história e espírito) um
terceiro termo, o pensamento. E eis que ele provavelmente se deparou com a
seguinte questão: como dotar o espírito de um novo atributo - concretizar,
materializar, exteriorizar o pensamento - sem exigir da pesquisa histórica
a contribuição da análise psicológica?
O vínculo entre
história e psicologia aparece apenas inicialmente como psicologia
histórica. Foi Berr quem provavelmente criou esta denominação, em 1898,
mas em textos posteriores ele usou os termos psicologia dos historiadores
(1921), historiador psicólogo (1939), psicologia coletiva ou psicanálise
(1949), psicologia genética (1953); um exemplo desta imprecisão ocorre no
seguinte trecho:
Eu quero assinalar ainda uma iniciativa interessante: como,
em sociologia, busca-se constituir, a precisar uma psicologia social, um
psicólogo engenhoso, I. Meyerson, criou uma psicologia do espírito humano,
tentativa original, distinta desta psicologia histórica que estuda o
caráter dos povos ou das épocas. (...) Esta psicologia histórica é um tipo
de síntese na Síntese (Berr, 1953, p. 291).
Se psicologia
histórica foi seu modo de anunciar a relação entre história e psicologia,
a confusão terminológica informa que Berr mais pressentiu do que
sistematizou um campo de pesquisas. Um primeiro motivo para tal variedade
de nomes se justifica pela própria dificuldade em precisar os limites
disciplinares de ambas. Disse ele a este respeito:
a
psicologia é auxiliar da história, e se teve razão em declarar que a
história é uma psicologia aplicada. Mas há uma relação mais profunda da
psicologia com a história. A história, em suma, é a própria psicologia: é
o nascimento, e é o desenvolvimento da psiquê (Berr, 1953, p. 161).
Outro provável
motivo para a dispersão de termos, e talvez o mais importante, foi seu
interesse gravitar em torno da noção de síntese; tanto que após a fundação
dos Annales a Revue de Synthèse suprimiu historique
do título. Porém, embora síntese fosse uma palavra comum para a época
(conforme Gemelli, 1987, p. 256), depois foi considerada um conceito
demasiado subjetivo e deu-se preferência, informa Carbonell (1983, p.
133), à designação construção histórica – descrédito que possivelmente
contaminou a compreensão das propostas de Henri Berr.
O que Berr mais
veementemente recusou foi o privilégio atribuído aos fatores claros e
evidentes determinando os eventos e a existência de um único vetor
dirigindo a relação causal. Este mesmo caráter contingencial se aplica ao
social, ou a segunda ordem de causas em jogo nos fatos humanos; para ele o
fato social é antes um resultado do que a origem da sociedade e, portanto,
a sociologia da época operava com um conceito de certa forma secundário.
Também por isso a primazia da psicologia, a exemplo da frase: “dos jogos
do acaso e das leis psicológicas nasce incessantemente a individualidade
pessoal” (Berr, 1946, p. 68).
O esforço de Berr,
no entanto, certamente não foi em vão. A vitória espírito francês sobre o
germânico, como ele mesmo a denominou, se fez ver principalmente na
Nouvelle histoire, da qual pode-se dizer que foi um dos mentores
intelectuais. A abertura da história para novos temas e disciplinas também
faz parte de sua herança; e o impulso em vincular história e psicologia,
principalmente como psicologia histórica foi consagrado por dois autores,
Lucien Febvre e Ignace Meyerson
(3).
Algumas observações finais
A opção de Berr pelo
espírito francês possivelmente se deve ao fato dele ter nascido na
Alsácia-Lorena, região sucessivamente anexada por alemães e franceses.
Outro aspecto em aberto é o percurso que o levou de sua atividade como
professor de literatura à filosofia e depois à história, à síntese.
Uma história da
psicologia histórica necessariamente passa por Berr, Febvre e Meyerson,
mesmo sem haver referências recíprocas entre eles. A título de exemplo,
basta lembrar as resenhas de Febvre à Revue de synthèse historique;
e que Meyerson não só participou das “Semaines de synthèse” como escreveu
a Berr dizendo que tentava aprimorar suas idéias. Berr, por outro lado,
parece ter abandonado a idéia de uma psicologia histórica em detrimento à
infeliz noção de síntese.
É certo que em cada
um dos itens e temas aqui abordados (ciências naturais e ciências humanas;
síntese; contingência; historicismo alemão; espírito, história e
psicologia) há nuances históricas e teóricas que por si só já valeriam
textos específicos. Porém, vale lembrar que os conteúdos derivam de dois
livros em especial (L’Avenir de la philosophie... e La synthèse
en histoire), um deles ainda inacessível. Portanto, são eles e seu
autor que inicialmente poderiam ser objeto de maiores pesquisas no sentido
de refinar o próprio contexto histórico de tais assuntos.
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(2003a). Do invisível ao visível: do visível ao invisível. Uma história de como os
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Tese de Doutorado.
Programa de Estudos
Pós-Graduados em Psicologia Social, Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo. São Paulo, SP.
Notas
(1)
O presente
artigo é versão modificada do texto Henri Berr (1863-1954) (Waeny,
2003a, pp. 59-65).(volta)
(2)
La synthèse
en histoire. Essai critique et
théorique
(1911), L’Histoire traditionelle et la synthèse historique (1921) e
La synthèse en histoire.
Son rapport avec la
synthèse générale
(1953, reedição do livro de 1911) confirmam o interesse na síntese. Quanto
ao segundo item ele opõe, “às tentativas alemãs de uma história universal,
uma empreitada concebida e realizada à francesa” (Berr, 1954, I, p. XI).
Le
germanisme contre l’esprit français
(1919), Les allemagnes. Refléxions sur la guerre et sur la paix
1918-1939 (1939), e Peut-on expliquer l’Allemagne?
Psychanalyse ou
psychologie historique?
(1949) sinalizam o projeto antialemão, uma vitória do espírito francês.(volta)
(3)
Sobre a
psicologia história e Ignace Meyerson consultar Waeny (1998; 2003a, pp.
66-75); há ainda o resumo A psicologia histórica de Ignace Meyerson
(Waeny, 2003) e o artigo
História, memória e abordagens históricas: situando um problema
(Waeny, 2002), publicado no no 2 desta mesma revista
Memorandum, cujo acesso imediato facilita um primeiro contato com a
abordagem meyersoniana.(volta)
Nota sobre a autora
Maria Fernanda Costa
Waeny
é doutora em Psicologia Social pela PUC-SP e pesquisadora do Núcleo de
Estudos em História da Psicologia da mesma instituição. Contato: R. João
Miguel Jarra, 253/4, CEP 05417-040, São Paulo-SP, Brasil;
fernandawaeny@uol.com.br.
Data
de recebimento: 24/07/2003
Data de aceite: 07/10/2003
Memorandum 5, out/2003
Belo Horizonte: UFMG; Ribeirão Preto: USP.
http://www.fafich.ufmg.br/~memorandum/artigos05/waeny02.htm