Histórico do programa

O Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (PPGS/FAFICH/UFMG) resultou da integração dos já consolidados cursos de Mestrado em Sociologia e Doutorado em Sociologia e Política. O Mestrado em Sociologia foi criado em 1981, no âmbito do Departamento de Sociologia e Antropologia da FAFICH-UFMG, e no momento em que se visou a fusão dos dois Cursos, já havia titulado 146 mestres nas áreas de sociologia urbana, do trabalho, da cultura, da religião, das organizações, da ciência, bem como da criminalidade e do pensamento social brasileiro. Já o Doutorado em Sociologia e Política, criado em 1994 a partir dos esforços dos Departamentos de Ciência Política e de Sociologia e Antropologia, vinha oferecendo formação teórica – metodológica concentrada nas seguintes linhas de pesquisa: Pensamento Social e Político Brasileiro; Desigualdades e Mudança Social; Modernização, Estado e Políticas Públicas; Instituições Políticas e Democracia; Sociedade Civil e Movimentos Sociais; além de Cultura e Sociedade.

Os primeiros passos na direção da integração vertical entre os Cursos de Mestrado e Doutorado foram dados através da junção das grades curriculares dos respectivos cursos, possibilitando a oferta conjunta de disciplinas optativas, e a unificação de suas linhas de pesquisa, o que permitiu o estreitamento da cooperação entre estudantes e professores dos dois níveis quanto às atividades de investigação científica.

O passo seguinte foi dado quando foi criado, em 1999, sob a coordenação do Doutorado e do Centro de Pesquisas Quantitativas em Ciências Sociais (CPEQS), o Programa Intensivo de Metodologia Quantitativa (nacionalmente conhecido pela sigla MQ), nos moldes dos cursos oferecidos pelo Institute for Social Research (ISR), da Universidade de Michigan. Esse curso, realizado entre junho e agosto de cada ano, naquele momento com financiamento da Fundação Ford, era e é aberto à comunidade acadêmica de todo o país (bem como de países da América Latina) e tem como intuito colaborar para o aprimoramento da formação em metodologia. Desde o início do convênio com a Universidade de Michigan, vários surveys começaram a se desenvolver com amostras probabilísticas representativas da população de Belo Horizonte, como o survey dos Usos do Tempo, com patrocínio do CNPq, e a Primeira pesquisa por Amostragem Probabilística da Região Metropolitana de Belo Horizonte, vinculada ao Social Hubble, realizada em 2002, e replicada posteriormente em 2005 e 2008 (pesquisa esta realizada de forma comparativa na Cidade do Cabo, em Detroit e em Belo Horizonte). O MQ possibilitava, assim, ampla participação de alunos de mestrado, doutorado e graduação em pesquisas, e rico treinamento em metodologias.

Em 2013, com o desmembramento do departamento de Sociologia e Antropologia (SOA), que passou a ser Departamento de Sociologia (DSO) e Departamento de Antropologia e Arqueologia (DAA), a área da sociologia cresceu e passou a contar com novos docente o que diretamente beneficiou o PPGS, uma vez que este, em função de reconhecido destaque em termos de produção intelectual, já puderam ser cadastrados como colaboradores da Pós- Graduação.

Até meados de 2014, o Programa estava dividido em quatro linhas de pesquisa, sendo: Conhecimento, religião e sociedade; Desigualdades socioeconômicas, organizações e trabalho; Gestão urbana e criminalidade; e Participação social e políticas públicas.

Em 2015, depreendeu-se considerável esforço para que essas linhas fossem reorganizadas, de modo a incluir novos docentes e compatibilizar as investigações e interlocuções que vinham sendo fortalecidas pelas parcerias estabelecidas entre os docentes mais antigos.

Ao longo do tempo foram implantadas mudanças importantes dentro do Programa de Pós Graduação, dentre elas podemos destacar a criação da resolução de credenciamento do PPGS de 2018, que estabeleceu índices de produções bibliográficas para que o docente se tornasse professor permanente do Programa.