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maio
13
sex
Defesa de Tese TATIANA PEDROZO DE SOUSA PINTO @Versões do Ponto de Basta
maio 13@08:30

TÍTULO: Versões do Ponto de Basta

RESUMO: Nesta tese, apresenta-se o conceito de Ponto de Basta, enquanto estabilizador da realidade discursiva, e sustenta-se a hipótese de que tal conceito nunca foi abandonado por Lacan, possuindo uma continuidade em sua obra. Com base no pressuposto de que o significante só adquire sentido a partir de sua posição em uma cadeia, a significação sempre resta para além, isto é, a cada adição de um novo significante, há a modificação retroativa do sentido da frase. Diante dessa propriedade, foi deduzida a necessidade de se criar um Ponto de Basta, conceito concebido por Lacan no seu terceiro seminário, relacionado 2) àquilo que não engana, elemento de autoridade, com o qual não se discute, e que está apagado do campo que ele organiza; 2) ao campo pulsional: estaria atrelado a Bejahung, com a representação libidinizada introjetada pelo sujeito inaugurando o funcionamento psíquico. Enquanto palavra que forja um ponto de encontro entre significante e significado, é o Ponto de Basta que confere a coerência interna do discurso. Refletir sobre a evolução desse conceito implica considerar com o que o sujeito pode contar para se ancorar no campo movediço do significante. A partir de uma revisão bibliográfica da obra de Lacan e comentadores, foi possível observar que o Ponto de Basta, é inicialmente atrelado ao conceito de ‘significante puro’ e ‘significante valor zero’, presentes na teorização levi-straussiana. Demonstra-se também, nesta tese, que esses últimos dois conceitos foram primordiais para a criação da ideia lacaniana de Nome-do-Pai, que teve seu estatuto modificado a partir do momento em que se percebe a impossibilidade de supor a existência de um significante especial que conferiria estabilidade ao campo do Outro desde o lado de fora. Assim sendo, esse significante especial passou a ser atrelado a ideia de significante éxtimo, ao mesmo tempo interno e externo ao campo do Outro em função de sua relação com o real, dimensão pulsional. O significante éxtimo tem um caráter especial porque ele inaugura o campo do significante, do Outro enquanto tesouro significante, a partir do apagamento violento de sua vertente correlativa ao real. A conclusão possível é de que aquilo está na origem do significante também guarda relação com o que pontua a cadeia, o Ponto de Basta. Há ainda uma segunda consequência dessa mudança, coerente com a evolução da teorização lacaniana, em que a ênfase passa a recair sobre a dimensão pulsional. A tese apresenta esse deslocamento teórico em que se passa a sublinhar que para a psicanálise o que permite criar um ponto de capitonagem para o ser falante é o real do gozo.

Comissão Avaliadora:

Prof. Antônio Márcio Ribeiro Teixeira (UFMG)
Prof. Márcia Maria Vieira Rosa Luchina (UFMG)
Prof. Guilherme Massara Rocha (UFMG)
Prof. Marcelo Frederico Augusto dos Santos Veras (UFBA)
Prof. Cleyton Sidney de Andrade (UFAL)

jun
3
sex
Defesa de Dissertação LUANA XAVIER PIZARRO @Qual a perda implicada em um filho que não nasceu?
jun 3@09:30

TÍTULOQual a perda implicada em um filho que não nasceu?

RESUMO:  Este trabalho explora o estudo freudiano que conduz o percurso desde o querer ser mãe até a falta de satisfação do bebê. Os textos sobre a organização libidinal da mulher permitiram partir da mãe e da mulher, passando pela adolescente,  atente, menina e, por fim, pelo neonato, investigando o que, em cada uma dessas passagens, a mulher perde, bem como os modos pelos quais ela faz suplência, mesmo que parcialmente, a essas perdas. A escolha deste caminho reverso teve o ponto de partida na maternidade. Dessa forma, foi possível explorar o início da relação mãe e filho, ainda na gravidez, considerando a interação entre as manifestações fisiológicas do corpo da mulher e o imaginário da gestante, ou seja, o que antes do encontro de fato com seu filho já opera como conjunção a ele. A pesquisa buscou investigar, a partir do aporte teórico da psicanálise, sobretudo das obras de Freud, os possíveis impactos da perda do filho sobre os investimentos maternos da gestação e problematizar a construção e a elaboração do luto. A investigação se deteve, mais especificamente, na hipótese, muitas vezes aventada pela puérpera, de retorno ao estado gestacional. Supõe-se que esse retorno parece significar, para as mães que perdem seus bebês durante a gestação, uma possibilidade de suplantar imediatamente a dor da perda, como alternativa ao luto que esta mobiliza. Conclui-se que a perda de um filho que não nasceu pode responder pela perda do objeto de satisfação primária.

COMISSÃO EXAMINADORA

Prof. Angela Maria Resende Vorcaro (UFMG)
Prof. Ariana Lucero (UFES)
Prof. Cristina Abranches Mota Batista (Centro de Atendimento e Inclusão Social)