Área de Concentração em Estudos Psicanalíticos
O aluno que ingressa no Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFMG escolhe uma das três Áreas de Concentração em torno das quais o programa se organiza. As Áreas de Concentração, por sua vez, apresentam Linhas de Pesquisa que contemplam diversas áreas de investigação dentro da Psicologia.
Linha de Pesquisa
Conceitos Fundamentais em Psicanálise e Investigações no Campo Clínico e Cultura
Estudo da gênese e história dos conceitos psicanalíticos, considerando as dissidências e ramificações do movimento psicanalítico e investigações sobre o emprego do método psicanalítico em diversas condições institucionais e culturais.
Laboratórios e Núcleos de Pesquisa vinculados:
- Laboratório de Psicanálise
Docentes participantes: Ângela Maria Resende Vorcaro, Antônio Márcio Ribeiro Teixeira, Jésus Santiago, Márcia Maria Rosa Vieira, Oswaldo França Neto e Guilherme Massara Rocha, Nádia Laguárdia.
- O Núcleo PSILACS (Psicanálise e laço social no contemporâneo)
coordenado pela Professora Andréa Guerra, divide-se em três programas, abaixo sucintamente descritos:
- Programa Transmissão Lacaniana
Esse eixo visa discutir a proposta da teoria lacaniana em seus fundamentos, de forma a aplicá-las às manifestações sociais e sintomáticas na contemporaneidade, colaborando com a formação em psicanálise à comunidade de interessados. Mostra-se, para esse fim, imprescindível cernir os conceitos fundamentais da teoria psicanalítica de orientação lacaniana, bem como analisar casos que reflitam a direção trazida por essa orientação, o que orienta a oferta de suas atividades. Prioriza oferta de cursos de atualização, e é co-coordenado por Ernesto Anzalone e Mariana Vidigal, ambos egressos deste programa de pós-graduação.
- Programa Interfaces:
O Núcleo Interfaces se propõe a renovar a interface entre Psicanálise e Direito, e, ao fazê-lo, busca atualizar sua presença e seu impacto na realidade que atravessa as duas disciplinas, produzindo novos encontros que permitam, ao cernir um novo objeto, produzir novas formas de pensar e fazer. Fazer acontecer o sujeito político, sem excluir sua singularidade radical e não integralizável pelo sistema é o desafio que a universalidade do Direito e a clínica psicanalítica buscarão realizar nesse projeto, cuja interdisciplinaridade em ato se efetivará a cada ação acadêmica. Seu programa bianual inclui a realização de uma pesquisa, um congresso e um livro. O programa é co-coordenado por Camila Nicácio e Adriana Sena, professoras do Direito da UFMG, e por Marina Otoni e Paula Penna, respectivamente egressa e aluna deste programa de pós-graduação e conta com alunos, voluntários, e bolsistas de extensão ou de Iniciação Científica como apoio.
- Programa de Extensão Já É:
O Programa Já É articula ensino, pesquisa e extensão, na aplicação da Psicanálise à cidade, com vistas a contribuir com as políticas públicas de combate à violência e mortalidade juvenis dos setores da segurança pública, cultura e direitos humanos. Seu objetivo geral é produzir novos conhecimentos e intervenções junto a jovens em conflito com a lei, visando à produção científica e metodológica, bem como à mudança de seus sistemas de vida, promoção de direitos humanos, formação política e combate à mortalidade juvenil.Seus principais resultados são parcerias internacionais e nacionais de investigação, parcerias institucionais com setores públicos em projetos de formação, e avanços sobre as noções de segregação, violência, adolescência e laço social, registradas em livros e artigos científicos, além da validação de modelo de intervenção, articulando a dimensão política à dimensão subjetiva, determinada pelo inconsciente. É co-coordenado por Tatiana Goulart e Fídias Siqueira, respectivamente egresso e aluno do programa de pós-graduação. A estratégia metodológica se divide em três eixos, articulados, monitorados e avaliados permanentemente:
– JÁ É CLÍNICA: Atendimento psicanalítico individual a jovens em cumprimento de medida socioeducativa, realizado por psicanalistas formados e voluntários, no SPA/UFMG, sob supervisão, a partir de demanda do jovem ou encaminhamento da instituição socioeducativa.
– JÁ É INSTITUIÇÃO: Intervenções realizadas através de conversações psicanalíticas ou pesquisas-intervenção. Realizadas nos dispositivos socioeducativos, junto a equipes e/ou adolescentes autores de ato infracional, através de equipes voluntárias compostas por profissionais e alunos orientados pela psicanálise, a partir de impasses verificados na instituição.
– JÁ É CIDADE: Intervenção comunitária, construção do caso e formação permanente, realizada com equipe de psicanalistas e artistas quadrinistas, através de intervenções transdisciplinares, cursos de formação continuada, oficinas de produção de quadrinhos mangá ou utilização dos mesmos como dispositivos clínico-políticos.