Auditório Baesse

O Auditório Baesse homenageia o professor Carlos Eduardo Baesse de Souza que foi professor do Departamento de Ciência Política da UFMG por 17 anos, no período entre 1977 e 1994.
Baesse, como era chamado pelos amigos, colegas e alunos, foi professor de teoria política com sólida formação filosófica. Apresentava destacado domínio das obras de Montesquieu, Voltaire, Diderot e Rousseau, além de ser um estudioso do idealismo alemão, tendo se dedicado nos últimos anos de vida ao estudo de Hegel. Baesse foi Diretor do Centro de Estudos Mineiros e membro da Congregação da FAFICH. Definido pelos colegas como inteligente, bem humorado, espirituoso, afetuoso e respeitoso, Baesse foi um intransigente defensor da democracia, mas não era engajado apenas politicamente, sendo profundamente dedicado às suas aulas e aos estudos.

Segundo a ex-professora Laura da Veiga, Baesse “…transformava a inquietude intelectual em trabalho, em esforço profundo para o entendimento dos desafios e paradoxos colocados pela filosofia, ciência política, história, sociologia e antropologia e, inclusive, literatura…”. Baesse faleceu prematuramente em 1994, ainda com menos de 50 anos, e sua ausência causou grande comoção na FAFICH, tendo sido seu nome atribuído pouco tempo depois ao auditório localizado no 4º andar. Na visão da professora Fátima Anastasia, “Baesse viveu entre nós e morreu. E a marca que ele deixou no mundo, não a deixou nas coisas, mas nas pessoas: nos seus amigos, nos seus alunos, em todos nós, gravadas indelevelmente com a sua lembrança e condenados à tristeza da sua ausência … A excelência dele era algo natural, que fluía na sua fala e nos seus atos e iluminava sua expressão. O convívio com ele era sempre uma experiência fascinante, e quem teve esse privilégio sabe que é impossível esquecer Baesse”.
Por tudo isso, quase que imediatamente após a morte prematura de Baesse, os alunos, professores e funcionários da FAFICH foram unânimes em homenagear Baesse como o nome de um dos auditórios.